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A mostrar mensagens de dezembro, 2011

Os portugueses no Luxemburgo

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“Ó Horácio: há limas?” Foi isto que o viajante teve como resposta à pergunta que fez, depois de entrar no Hotel La Ville de Bruxelles , em Vianden, nos confins das Ardenas, no Luxemburgo. Logo ao passar a porta de entrada, tinha visto na parede um papel manuscrito onde se dizia “há caipirinha”. Em português, pediu uma. E o seu cálculo não foi errado, porque logo de seguida a empregada de mesa, com claro sotaque do nordeste transmontano, fez a pergunta ao rapaz moreno e baixo, de t-shirt de mangas cavas, que estava por detrás do balcão. E sim, havia limas. “Sabe”, explicou a rapariga, “estive de congée e só voltei hoje e por isso não sabia se havia”. O que também havia era sopa de cenoura, abóbora e couve galega – aliás bastante melhor que a caipirinha. E só mais tarde o viajante reparou que na porta do bar estava pendurada uma bandeira portuguesa e que a ementa era bilingue: em português e francês. E também que a ementa era verdadeiramente de cozinha de fusão, com grande densidade d

Nova Zelândia – os antípodas próximos

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  Literalmente do outro lado do mundo, geográfica e fisicamente, a Nova Zelândia é o país que fica mais distante de Portugal. Não obstante, encontrou lá o viajante um familiar porto de abrigo, do lado de lá da imensidão das culturas asiáticas e oceânicas que têm que se atravessar até lá chegar. Apesar do seu tamanho enorme – tem 270 mil quilómetros quadrados, o que equivale, mais ou menos, ao tamanho das ilhas britânicas –, a Nova Zelândia é um dos países mais isolados do globo. A próxima massa de terra (a Austrália) fica a 1600 km de distância de mar austral e navegação difícil. Além disso, geologicamente, as ilhas são novas: têm origem vulcânica e bem pode dizer-se que ainda estão em construção.   Desta juventude geológica resultou que, verdadeiramente, fosse das últimas terra do mundo a ser ocupadas e colonizada por humanos. Sabe-se que os seus primeiros ocupantes (o povo maori, originário das ilhas polinésias de Tonga e Samoa), apenas chegaram aqui há cerca de 1000 anos. O

El Calafate, Patagónia, Argentina

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  Calhou ao viajante passar em El Calafate, a caminho para o glaciar Perito Moreno, no Parque Nacional de Los Glaciares, na Patagónia, no sul da Argentina. Esta desconhecida terriola, com apenas algumas dezenas de anos, surgida quando surgiu o interesse na visita aos glaciares, está em pujante expansão. Não há muito, era apenas um lugarejo – pouco mais que uma quinta, como outras quintas ganadeiras que há na região. Actualmente, há aqui hotéis para todos os gostos e preços, restaurantes, bares, agências de viagens, bancos e imensas lojas, sobretudo de equipamento de montanha e para caminhar.   O nome da terra é o mesmo de um arbusto baixo e espinhoso que cresce em grande abundância pela estepe e nas encostas das faldas dos Andes. Este arbusto modesto dá flores amarelas na primavera, que depois se transformam em bagas que parecem uvas. Tão emblemático como o calafate, são as lengas, árvores enormes, com estrutura parecida às das faias, onde crescem folhas carnudas, de tonalidade verd

Florença, Itália

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A subida para a cúpula da Catedral de Santa Maria dei Fiore faz-se por uma íngreme e escura escada em caracol. Ao longo dela, os tradicionais escribas destes sítios, herdeiros dos homens das cavernas, mantêm viva a arte rupestre, assim perpetuando as pegadas dos seus membros anteriores na pedra daquele monumento. Pelos visto, já por lá passaram o Carlos e também a Cármen e o Agostinho, de “Ançã, Portugal”.