tag:blogger.com,1999:blog-139222982024-03-07T23:53:41.039+00:00Cadernos de ViagemAnotações e imagens daqui e dali.Unknownnoreply@blogger.comBlogger288125tag:blogger.com,1999:blog-13922298.post-89488623167726845472021-01-17T23:57:00.000+00:002021-01-17T23:57:30.381+00:00Capela do Monte, Barão de São João, Algarve<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><span style="font-family: arial;">Acredita o viajante que os grandes
génios se manifestam, mais do que em grandes obras, em pequenos nadas. E viu
esta convicção reforçada na visita à Capela do Monte, uma singela e inusitada construção,
ali para os lados de Lagos, no Algarve.<br /> É um edifício muito pequeno, que alberga
muito poucas pessoas. Quando muito, umas dezenas – escassas. Aliás, tem apenas
pouco mais de uma dúzia de lugares sentados. Mas a sua dimensão maior está em
tudo o que lá está construído ou instalado. Tudo foi muito bem pensado e realizado.
Vê-se que nada foi desleixado ou fruto do acaso. Há sentido e significado em
todos os pormenores, o que ainda se valoriza mais num edifício religioso.</span></div><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: arial;"><o:p></o:p></span></p><p>
</p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: arial;"><o:p></o:p></span></p><p>
</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjv5MfwB5viCZgTj32wkeeru_Y7ix46d0oiEgtVJnsy7hyYNV9lTpzjD93EB_i-5r9WpeUlcgB1xCQzb1cpbKH24TO6bMgiyHRAQS0W4WVGf6Dogr-85zGKwmi-mTE_TiwBaghe/s2048/1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: arial;"><img border="0" data-original-height="1049" data-original-width="2048" height="328" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjv5MfwB5viCZgTj32wkeeru_Y7ix46d0oiEgtVJnsy7hyYNV9lTpzjD93EB_i-5r9WpeUlcgB1xCQzb1cpbKH24TO6bMgiyHRAQS0W4WVGf6Dogr-85zGKwmi-mTE_TiwBaghe/w640-h328/1.jpg" width="640" /></span></a></div><p></p><div style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><span style="font-family: arial;">O espanto está no facto de esta
capela ter sido projetada por Álvaro Siza Vieira, agnóstico. Bem recorda o
viajante uma mesma fantástica experiência, na visita à célebre Catedral
Metropolitana de Brasília, projetada por Óscar Niemeyer, que era igualmente ateu
e comunista.<br /> Apenas se pode chegar a pé, por um
caminho de cabras, de difícil acesso a veículos automóveis. O caminho tem pois
que significar esforço pessoal. </span></div><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: arial;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: arial;"><o:p></o:p></span></p><p>
</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2FjDYkJH3f37MeWNfCvDMds-sQKLNrQBOJiqvuEP0VHCAuB77RJDgPMFq3soQRlj097Nv8BBExqot8ItO241xRnOyOsLEeHfWa42CuJY2dZxRCBU6-q4HT-Ls0AVtSrrzSSA1/s2048/2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: arial;"><img border="0" data-original-height="1294" data-original-width="2048" height="253" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2FjDYkJH3f37MeWNfCvDMds-sQKLNrQBOJiqvuEP0VHCAuB77RJDgPMFq3soQRlj097Nv8BBExqot8ItO241xRnOyOsLEeHfWa42CuJY2dZxRCBU6-q4HT-Ls0AVtSrrzSSA1/w400-h253/2.jpg" width="400" /></span></a></div></div><p></p><div style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><span style="font-family: arial;">Por fora, o cimento nu, de tom bege.
Contaram ali ao viajante que as paredes, de cimento e areia sem revestimento, foram
construídas com areia escolhida de entre 17 amostras da região. A ideia foi
escolher o tom que melhor encaixasse na paisagem.<br />Dentro, um paralelepípedo de um só
piso, sem instalação elétrica, aquecimento ou água corrente. A ventilação é
feita recorrendo a pequenas aberturas, por onde passa o vento, que arrefece no
verão e aquece no inverno. Os móveis, únicos e muito escassos (uma cruz, o altar
e alguns bancos e cadeiras), foram desenhados igualmente por Siza Viera e
executados pela carpintaria Serafim Pereira Simões, no Porto. Foi também Siza
quem desenhou dois ou três murais com cenas evangélicas (em painéis de azulejos
produzidos pela Fábrica Viúva Lamego).</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both;"><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><span style="font-family: arial;"><o:p></o:p></span></p></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuyDP3fDULF9ePno2d845AiahGKdp7MIyXbm4Ph02gy-5XuvGNPnq4mGqm2JODJsTxW_dOm_RCyunziTZ6AilDXUYsEuGr325Fu2FLS3RZu6M8PJfaT6mkhIz_7vJoXj4Y3O08/s2048/3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: arial;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1258" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuyDP3fDULF9ePno2d845AiahGKdp7MIyXbm4Ph02gy-5XuvGNPnq4mGqm2JODJsTxW_dOm_RCyunziTZ6AilDXUYsEuGr325Fu2FLS3RZu6M8PJfaT6mkhIz_7vJoXj4Y3O08/w246-h400/3.jpg" width="246" /></span></a></div><div style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><span style="font-family: arial;">A Capela do Monte insere-se num
projeto que pretende vir a ser um centro espiritual de retiros, ecuménicos e de
iniciativa privada, impulsionados por Matthias Stiefel e Rebecca Irvin, de
origem suíça e norte-americana, que vivem no Algarve desde a década de 1980. Foi
concluída e abriu em março de 2018.<br />Antes disso, um trabalho de dois
anos, de escolha do local (o mais elevado, numa propriedade de colinas, sobranceiras
a Lagos). A seguir, o convencimento do arquiteto – que terá anuído porque não
tinha ainda nenhum trabalho no Algarve e, sobretudo, porque lhe foi permitido desenvolver
um projeto de arquitetura puro. </span></div><div style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCBBs5VcY8a0Fs9a28Ha0keoXHCUL2VpqrdWXOKFlLP8_RZSZ5UXqqnjt3ZahMX8InweRE46eUk5QEfIk_U5a5at6u4R9ARxNU0ehwsLgtT5zKPyONauPbgMb_T0fxosBQZuJC/s2048/4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><span style="font-family: arial;"><img border="0" data-original-height="1172" data-original-width="2048" height="366" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCBBs5VcY8a0Fs9a28Ha0keoXHCUL2VpqrdWXOKFlLP8_RZSZ5UXqqnjt3ZahMX8InweRE46eUk5QEfIk_U5a5at6u4R9ARxNU0ehwsLgtT5zKPyONauPbgMb_T0fxosBQZuJC/w640-h366/4.jpg" width="640" /></span></a></div><div style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"></div><p></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: arial;">Esta capela não tem ainda serviço
religioso. E a visita tem que ser agendada (apenas no primeiro sábado de cada
mês). Quanto o viajante lá passou, era possível combiná-la na página da capela
na Internet (<a href="http://www.capeladomonte.org/">http://www.capeladomonte.org/</a>).</span></p><p></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13922298.post-54578986077680746992014-09-10T11:24:00.000+01:002014-09-10T11:24:16.814+01:00Pristina, Kosovo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7ki5iEoVmGTFQesOLnqThFWbOfkcyqaF31SAP484xNOJ-kaWBR5Q-517R9GLZXwqq8sLGhwoDzRK_thOEQajTiCVlc1C2fBLd52LMHa6eZfNS0RVueeb34gzQBNTSEDBnBzFF/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7ki5iEoVmGTFQesOLnqThFWbOfkcyqaF31SAP484xNOJ-kaWBR5Q-517R9GLZXwqq8sLGhwoDzRK_thOEQajTiCVlc1C2fBLd52LMHa6eZfNS0RVueeb34gzQBNTSEDBnBzFF/s1600/1.jpg" height="480" width="640" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif";">O Kosovo não é, certamente, um destino turístico
preferencial. Os viajantes que aqui passam, se vêm para visitar o país, é
porque gostam, com certeza, de fugir dos trilhos habituais. Porém, apesar de
não passarem por aqui muitos turistas, circulam pelo país muitos estrangeiros,
das mais diversas origem: militares de todo o mundo, integrantes da força
militar da ONU (os capacetes azuis da KFOR) e funcionários de agências
internacionais, que aqui se instalaram para apoiar a reconstrução do Kosovo,
após a guerra de 1999.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiw_7FkEBtsqaRGm_9CLeYWqC2eANBuzh9SthWdlW8t2WhgKXv0eTcySFauVaS70AaGivk2dr1LAO6YFoleJYur6bDQD6J947Q-eVdwzaSgiDwj_D4uVDsze-o1z6D6k0Wc031a/s1600/2.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiw_7FkEBtsqaRGm_9CLeYWqC2eANBuzh9SthWdlW8t2WhgKXv0eTcySFauVaS70AaGivk2dr1LAO6YFoleJYur6bDQD6J947Q-eVdwzaSgiDwj_D4uVDsze-o1z6D6k0Wc031a/s1600/2.JPG" height="265" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif";">Os estrangeiros são agora menos do que eram em 2006,
quando por aqui passou o viajante pela primeira vez. Nessa altura, sentia-se
uma num país saído de um conflito militar, a limpar os escombros das bombas e à
procura de ar fresco para respirar, entre a pressão das agências que
administravam a ajuda internacional, omnipresentes, e as forças coercivas
internacionais, igualmente omnipresentes. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUewOQcWpig56XD9Jy8NBRo6jZfVfwt5YOx-jEs3b_6op3K3yFyQc6soFa4eUrXosy2S8k7i3bYLkxqDET-qyQFdiGO9Hep4K_QNhTdbXTVfaxejxYCohVuZvlApZqE9K4jqxR/s1600/3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUewOQcWpig56XD9Jy8NBRo6jZfVfwt5YOx-jEs3b_6op3K3yFyQc6soFa4eUrXosy2S8k7i3bYLkxqDET-qyQFdiGO9Hep4K_QNhTdbXTVfaxejxYCohVuZvlApZqE9K4jqxR/s1600/3.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif";">Sentiu-se o viajante numa colónia, onde os colonos, que
falavam estrangeiro e tinham muito dinheiro, criavam à população local a
necessidade de responder a solicitações, ao mesmo tempo que criavam a
oportunidade de negócio que essas solicitações representavam. Mais recentemente,
encontrou o viajante um país maior, já emancipado. As oportunidades foram
aproveitadas e já não se percebe tanta fragilidade no tecido económico do país.
Pristina é uma cidade ativa, apesar do seu ar provinciano. Circulam pela cidade
muitos camponeses e habitantes de pequenas cidades dos arredores, que aqui vêm
vender coisas.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJLKAkn_vAJz_pm8mYXT0BJdjPWaSOlzCChUSS9BDTzf98WJOWRGxkxHAXq1heISN1Ptnc8VjbD36HMdLe117fwY0Cou1s4MrH6v7b79nGmyUO2Ll4NtSZgGfiwQPiiqi6x28Y/s1600/4.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJLKAkn_vAJz_pm8mYXT0BJdjPWaSOlzCChUSS9BDTzf98WJOWRGxkxHAXq1heISN1Ptnc8VjbD36HMdLe117fwY0Cou1s4MrH6v7b79nGmyUO2Ll4NtSZgGfiwQPiiqi6x28Y/s1600/4.JPG" height="210" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif";">Dos escombros da guerra, os habitantes locais têm
procurado reconstruir um país, copiando e cultivando o aspeto “ocidentalizado”
e internacional. Assim acontece quanto à forma como se comportam e com a sua
roupa, com o aspeto dos edifícios ou das lojas, que alinham pelos parâmetros
globais, de coca-cola e macdonals (por sinal, o Kosovo foi daqueles poucos raros
locais onde o viajante não encontrou McDonald’s – na vizinha Macedónia havia
um, mas falso, contrafeito). <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYm33sgrrB56NI6aRJ11dGm4lnRRVDo8F_uIRgLnk3ZRnd4kz_Ykbu6MQgPE2NVlgA7RZUFOqwm8wpHL96Dc6xYkkC7b_dgGn5FTWbBVQI7-scouUXobXXpw5pWf7v1O8KpGog/s1600/5.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYm33sgrrB56NI6aRJ11dGm4lnRRVDo8F_uIRgLnk3ZRnd4kz_Ykbu6MQgPE2NVlgA7RZUFOqwm8wpHL96Dc6xYkkC7b_dgGn5FTWbBVQI7-scouUXobXXpw5pWf7v1O8KpGog/s1600/5.JPG" height="300" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif";">Um dos ícones mais fotografados da nova capital deste
país que unilateralmente se declarou independente é um \enorme conjunto de
letras, em frente do Palácio dos Desportos construído no tempo da Jugoslávia, a
formar a palavra “NEWBORN”. Foram aqui colocadas aquando da independência, para
celebrar o nascimento do Kosovo independente e sublinhar a sua identidade
nacional, que aliás se vê reafirmada em muitos outros sítios. No entanto, é
curioso que em muitas casas e pequenas oficinas ainda predomina a bandeira
albanesa, como acontecia no passado.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzlS6mOfeWgdhHVp9jXKd628kTNtUtQhtY2vGsOwHE4G_0MJWo1uVssfy0Pc3mIVJ9zr8vvhItsNeqgdb-Bi1wb_HennPdlto06sV_U3RF6TunvRZcdD0Q92C5TwLd_-or3AuQ/s1600/6.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzlS6mOfeWgdhHVp9jXKd628kTNtUtQhtY2vGsOwHE4G_0MJWo1uVssfy0Pc3mIVJ9zr8vvhItsNeqgdb-Bi1wb_HennPdlto06sV_U3RF6TunvRZcdD0Q92C5TwLd_-or3AuQ/s1600/6.JPG" height="270" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif";">Mas Pristina é também uma cidade agitada. Como em
qualquer outra paragem do sul da Europa, ao fim da tarde, as ruas mais centrais
enchem-se de miudagem animada que volta das escolas e de gente adulta que volta
do trabalho. Na avenida Madre Teresa, que em parte é pedonal, há muitas lojas e
quiosques. Sinal dos tempos, viu o viajante numa banca de livros uma
compilação, em albanês, de anedotas sobre o antigo presidente e ditador Josip
Tito. Percebe-se que, em geral, quem anda pelas ruas está muito preocupado com
o seu aspeto. Mas respira-se ambiente de bairro de subúrbio, sem sofisticação.
Abundam os automóveis alterados, de escapes ruidosos e pinturas originais,
circulando com a música muito alta. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAiJ99qdCsT1ACplNwBPya4niGDfv3mc8-I9dUKbiJ3ttucVnSTr2HiUFgiJSls88AZraM2Ou-Gu6MGjxVP3mQgf3WcN9ifV49xnczjWcgh4ulEPkGlbKhIlzp9In7uMt3Oqhd/s1600/7.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAiJ99qdCsT1ACplNwBPya4niGDfv3mc8-I9dUKbiJ3ttucVnSTr2HiUFgiJSls88AZraM2Ou-Gu6MGjxVP3mQgf3WcN9ifV49xnczjWcgh4ulEPkGlbKhIlzp9In7uMt3Oqhd/s1600/7.jpg" height="217" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif";">A capital do Kosovo, com os seus 200 mil habitantes, não
é propriamente uma cidade turística: tem duas ou três referências nos guias:
algumas mesquitas antigas, uma ou duas igrejas ortodoxas (estava em construção
uma nova catedral católica), um pequeno museu sobre a história local e dois ou
três edifícios do tempo do regime jugoslavo socialista (em particular o
estranho edifício de cobertura de redes metálicas da Biblioteca da
Universidade). É daqueles sítios que não se visitaria se não houvesse uma outra
razão, que não a visita à cidade, para o fazer. Além disso, fica fora de mão e
é servida por muito poucas companhias de aviação.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwolCdp2hXrk6WFG_aXlK1lwEiz68DCN4EUlHzRGzQGv3wNQisRuiSZr8ehWEa3gCxjylurNg2MJWt_H94ZrgoQltZkC8jdismxB-zTE6QXHAbTw5-qhgPNkV5JXcSecfaorIF/s1600/8.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwolCdp2hXrk6WFG_aXlK1lwEiz68DCN4EUlHzRGzQGv3wNQisRuiSZr8ehWEa3gCxjylurNg2MJWt_H94ZrgoQltZkC8jdismxB-zTE6QXHAbTw5-qhgPNkV5JXcSecfaorIF/s1600/8.jpg" height="192" width="400" /></a></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13922298.post-17572007540205613602014-08-13T01:00:00.000+01:002014-08-13T01:00:43.043+01:00Liubliana, Eslovénia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-hv8f7A8W99WLX409Pj-xGVC6FdC50Zhs7tJWUCJclSyWAw5bjy4tWXhRbkRVTkCt0hvt7jhAFp09qHlWBRKXysnFoFkjFbQ7lU0hBNFgS7cHlpXXE-ybOIhU5q3ZjvfpcQiy/s1600/1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-hv8f7A8W99WLX409Pj-xGVC6FdC50Zhs7tJWUCJclSyWAw5bjy4tWXhRbkRVTkCt0hvt7jhAFp09qHlWBRKXysnFoFkjFbQ7lU0hBNFgS7cHlpXXE-ybOIhU5q3ZjvfpcQiy/s1600/1.JPG" height="315" width="640" /></a></div>
<strong><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11pt; font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">Chegou o viajante a Liubliana com uma grande
expetativa, criada pelas múltiplas chamadas de atenção que os media têm feitos
para esta cidade dos Alpes do sul, a caminho do Adriático. Não é que tenha
regressado desapontado, mas também não trouxe da pequena capital eslovena a
excitação que encontrou noutros lugares.</span></strong><br />
<strong><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11pt; font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;"></span></strong><strong><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11pt; font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">Esta novel capital é, talvez, em todo o caso,
a mais bonita de todas as que emergiram no universo da antiga Jugoslávia – Belgrado
será um caso à parte. É uma cidade aconchegada, percorrível a pé, com uma zona
antiga, de raiz medieval, separada pelo pequeno rio </span></strong><span style="color: black; font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11pt;">Ljubljanica
</span><strong><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11pt; font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">da zona mais moderna de traça
urbana germânica.</span></strong><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCMqQ5J9n2dXU1FKHVzYvBvS10rNfis_VLedCRgcYnAoSfOJOY78KNPsGMpestPZYfOxrQq_7QFUgh8E_3k7phL1Td7oUSMRZvbt4JMI0csqekayrmz55kRCMznA0-74BamALG/s1600/2.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCMqQ5J9n2dXU1FKHVzYvBvS10rNfis_VLedCRgcYnAoSfOJOY78KNPsGMpestPZYfOxrQq_7QFUgh8E_3k7phL1Td7oUSMRZvbt4JMI0csqekayrmz55kRCMznA0-74BamALG/s1600/2.JPG" height="213" width="400" /></a></div>
<strong><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11pt; font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">A capital da Eslovénia é uma cidade pequena e
caseira, com a qual rapidamente nos sentimos familiares. Aterrou o viajante no
aeroporto da capital, encaixado no verde e branco das montanhas calcárias, a
fazer lembrar os aeródromos dos livros do Tintim. Não tinha plano de transfer
para a cidade e já era noite. Mesmo sendo fim-de-semana, não foi difícil
arranjar boleia num dos autocarritos que fazem o percurso de cerca de meia hora.
O que não sabia nessa altura, era que estes minibuses fazem o percurso a
pedido, pelas casas de quem faz reserva: até chegar ao hotel teve o viajante
oportunidade de visitar vários bairros periféricos da cidade.</span></strong><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5qvGWSRHLJuB_A8sa85w7BhN8Gu870Y-_l-2n0OhoJOhJHHP5j71J32sjUgHU_dxWKu0b1nLSAF8UzboaGDvcmgqydEBB_D1Iao2OaFk1peBY-mW1kwm5vAA4KXmSeRdLGmHV/s1600/3.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5qvGWSRHLJuB_A8sa85w7BhN8Gu870Y-_l-2n0OhoJOhJHHP5j71J32sjUgHU_dxWKu0b1nLSAF8UzboaGDvcmgqydEBB_D1Iao2OaFk1peBY-mW1kwm5vAA4KXmSeRdLGmHV/s1600/3.JPG" height="247" width="400" /></a></div>
<strong><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11pt; font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">Quanto a visitas, os guias acabam por ser
redundantes: há muito que ver, mas há sobretudo dois locais imprescindíveis: o
castelo e a Praça Preseren.</span></strong><br />
<strong><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11pt; font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">O castelo de Liubliana fica num morro sobranceiro
à cidade. Sobe-se bem a pé, por caminhos florestados. Ou então, pelo funicular
moderno, envidraçado, que parte da base, em plena zona histórica (próximo da
Praça Vodnikov). O funicular é a melhor opção para subir: galgam-se os 70
metros de pendente em escassos minutos; a melhor opção para descer é vir a pé
(pode levar 15 a 20 minutos), por entre veredas verdes.<br />
<strong><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11pt; font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">Lá em cima, além da fortaleza, ela mesma, e das lojas e restaurantes, vale a pena a vista, sobre a cidade.</span></strong></span></strong><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGzFoePKX6yKp9xOW32z8HfhUHFIl7nH7o5AsaIQAeeXmPcJaAVyzhxyQTtaY_cJ7FDeJRziMdEqvP8Q0Q2uF4gJujHAgfl_Wv-fVJn8qy-rkXNqh3AG_l-yqHHXMnmNU9s799/s1600/4.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGzFoePKX6yKp9xOW32z8HfhUHFIl7nH7o5AsaIQAeeXmPcJaAVyzhxyQTtaY_cJ7FDeJRziMdEqvP8Q0Q2uF4gJujHAgfl_Wv-fVJn8qy-rkXNqh3AG_l-yqHHXMnmNU9s799/s1600/4.JPG" height="372" width="640" /></a></div>
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11pt; font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;"><strong><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11pt; font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">Porém, mais que do castelo, gostou o viajante
de deambular pelas ruas de calçada antiga, na base do morro da fortaleza,
naquela que será, porventura, a zona mais antiga da cidade. Nestas ruas e
praças, casas com mais que dois séculos alojam restaurantes e lojas gourmets,
lojas alternativas ou de design, que se enquadram no ambiente. Deste conjunto
fazem parte três ruas, embora com nome oficial de praças: a Mestni, a Ciril –
Metodov e a Vodnikov. Por sua vez, a rua Stritarjeva desemboca na Praça Preseren
(que tem o nome do mais renomeado poeta nacional</span></strong><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11pt;"> France
Prešeren)<strong><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">. É aqui que fica a conhecida ponte
tripla, o coração da cidade, para onde tudo flui e donde tudo parte. A praça é
marcada por um dos ícones fotográficos de Liubliana: a fachada cor de salmão da
Igreja da Anunciação, mas também por outros diversos edifícios do século XIX. O
ambiente, por sua vez, é animado pelos muitos bares e restaurantes, sobretudo
aqueles que se estendem ao longo do rio </span></strong><span style="color: black;">Ljubljanica.</span></span><br />
<span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11pt;"><span style="color: black;"></span></span><span style="color: black; font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 11pt;">Liubliana
é uma cidade interessante que, embora capital, tem ambiente provinciano, mas
claramente aberto para a modernidade.</span></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13922298.post-78312036916091752372013-07-13T18:35:00.003+01:002013-07-13T18:35:43.635+01:00Castelo de Noudar, Barrancos, Portugal<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidE0zgn2GMNcuJEqJrgeFZzDl1qT8OBQxyOJ-BK-LnO4sbdzUkDlT3cS7LNqHLpdbZortVjoAPsTG2Z-3FuxOsW2Er6_aPn9PZTgGqX5XEy4WzwUabvx95k6KoeIQ0kSr2NLnd/s1600/1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidE0zgn2GMNcuJEqJrgeFZzDl1qT8OBQxyOJ-BK-LnO4sbdzUkDlT3cS7LNqHLpdbZortVjoAPsTG2Z-3FuxOsW2Er6_aPn9PZTgGqX5XEy4WzwUabvx95k6KoeIQ0kSr2NLnd/s1600/1.JPG" height="338" width="640" /></a></div>
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Já há poucos paraísos destes em
Portugal. Noudar é daqueles sítios onde o viajante sentiu estar num lugar
distante, sem stress nem poluição, onde ainda é possível gozar de alguma
quietude, na serenidade campestre. O castelo fica longe e o acesso é difícil. A
distância têm-no preservado das hordas de turistas e outros visitantes
domingueiros que vão invadindo os highlights do Alentejo, como que colecionando
cromos.</span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEianMUippyWl3zkk-klRZIN2nwB-UV9ECljXXkw28I1nG4jHAptPit_EHz-7e80oq1-IfNSMPwQYcnIvZ8mgPbysThCziGMY3mK-D6U2rfO1h6B2vG4iOuCy1Pdslj5beeRXO6L/s1600/2.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEianMUippyWl3zkk-klRZIN2nwB-UV9ECljXXkw28I1nG4jHAptPit_EHz-7e80oq1-IfNSMPwQYcnIvZ8mgPbysThCziGMY3mK-D6U2rfO1h6B2vG4iOuCy1Pdslj5beeRXO6L/s1600/2.JPG" height="263" width="400" /></span></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;">Barrancos, em si mesmo, é já um
enclave, encaixado dentro da linha de fronteira com Espanha. Aliás, os seus
ícones locais são meio-andaluzes: touradas de morte e produtos derivados do
porco preto. É também o município com menos população em Portugal (apenas 1800
habitantes), se não se considerar o município do Corvo, nos Açores (que tem somente
430 habitantes).</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Chegar ao castelo de Noudar, a
partir de Barrancos, ainda supõe percorrer cerca de mais 10 quilómetros de estrada
rural, nem sempre pavimentada, atravessando montados de azinheiras e um que
outro sobreiro ou carrasco. Pelo caminho (e em toda a zona), teve o viajante a
ventura de encontrar passarada e pequenos carnívoros. Mencionam os guias
saca-rabos, doninhas, javalis, veados, gatos-bravos, lontras, texugos, coelhos
bravos e lebres. Contentou-se o viajante com uma raposita e deixou os linces
para quem sabe. Passarada, essa sim: muita e variada.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqv8CPIvStv09gnIKRtkpB2l8rqiXe5n2N_kuAyhQV0nfUpFFRuxDyOCbna-M1PvvX28UdD0Su3S-eBLb36iz5_plCkLB9YQi7NyJf3YEZj1ITUqeKlPjZUMDohiZf8aEgqmIw/s1600/3.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqv8CPIvStv09gnIKRtkpB2l8rqiXe5n2N_kuAyhQV0nfUpFFRuxDyOCbna-M1PvvX28UdD0Su3S-eBLb36iz5_plCkLB9YQi7NyJf3YEZj1ITUqeKlPjZUMDohiZf8aEgqmIw/s1600/3.JPG" height="200" width="320" /></span></a></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;">O castelo, propriamente, fica num
morro alto e escarpado, numa zona isolada, muito longe da próxima povoação. Lá
no fundo da ravina, caudaloso no inverno e quase seco no verão, corre o rio
Ardila, separando Portugal de Espanha. Em cima da escarpa, dominando o
horizonte, fica o antigo castelo, bastante arruinado (em virtude deste estado
de ruina está oficialmente fechado, mas é possível visitá-lo pela porta das
traseiras, que foi vandalizada). São poucas as fontes de informação sobre este
monumento. Mas não será difícil reconstruir aqui uma história de castelo de fronteira,
com origem no fossado, contra os mouros. E depois, ao longo da Idade Média, um bastião
de defesa da fronteira nacional, para fazer face à ameaça espanhola. O resto
intui-se: os castelos medievais sucumbiram com o advento da artilharia e da
guerra moderna. E ficaram abandonados quando o país pacificou e passou a ganhar
a vida de outra forma.</span> </span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZjhSF9Pk5YCteQeKvxU_Oj4c1u8rPuV2CWbuvHR8dh2ZgRgjmPKeFhP8NUfBrxuprS9F7pmYF1hQg6QxANKZVBBb-Ga88h17FxSMXYEmmHnCMyq5rRq1cqhOr7senVgEsyeLZ/s1600/4.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZjhSF9Pk5YCteQeKvxU_Oj4c1u8rPuV2CWbuvHR8dh2ZgRgjmPKeFhP8NUfBrxuprS9F7pmYF1hQg6QxANKZVBBb-Ga88h17FxSMXYEmmHnCMyq5rRq1cqhOr7senVgEsyeLZ/s1600/4.JPG" height="263" width="400" /></span></a></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;">A fortaleza fica integrada no
chamado Parque de Natureza de Noudar, onde fica também o Monte da Coitadinha,
um hotel rural muito simpático e confortável, embora a puxar para o carote.
Será, talvez, dos locais de pernoita mais isolados e remotos do país, no meio
do montado. À noite, a ausência de povoados e iluminação pública nas redondezas
propiciou um céu estrelado lindo.</span></span><br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">De Lisboa a Noudar são
cerca de 250 quilómetros. Até Évora, o percurso é fácil e conhecido. Depois, é
necessário prosseguir para Reguengos de Monsaraz e Mourão, na direção de
Amareleja. Nesta típica terra alentejana, que detém vários records de
temperatura máxima registada em Portugal, deriva-se para Barrancos, em cuja
entrada se vira, por sua vez, para Noudar. A estrada é fraca, mas está sempre
bem sinalizada.</span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGH4W5YSi_Njhlv-_poT-Hv2r9kca1i_YpknS6-ABafQYCmbz97NWglmnk-hPlN2pO-bSkxjF7OdI4FuZGrktIsE39cd9fHcBMh8JuJQKwLz9xbKzWsZu6niAcHr4KraroV1Gs/s1600/5.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGH4W5YSi_Njhlv-_poT-Hv2r9kca1i_YpknS6-ABafQYCmbz97NWglmnk-hPlN2pO-bSkxjF7OdI4FuZGrktIsE39cd9fHcBMh8JuJQKwLz9xbKzWsZu6niAcHr4KraroV1Gs/s1600/5.JPG" height="211" width="320" /></a></div>
Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-13922298.post-55975469951136283472013-07-10T10:32:00.001+01:002013-07-10T10:32:22.397+01:00Da Casa Branca a Cuba, de comboio<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFSn4WI14xRFEWwJX-6v-iSU5Mlsx4QbTBXCfhr7TOlrvEVv2RCU0CX7o1YzEcuYsSlFYIjwQlVKjcH35dEJ4k2chui3BR1TFQ6Rkhx6QvSsGhNrO-u8Pihh6cHZC8zD8_dmdo/s1600/1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFSn4WI14xRFEWwJX-6v-iSU5Mlsx4QbTBXCfhr7TOlrvEVv2RCU0CX7o1YzEcuYsSlFYIjwQlVKjcH35dEJ4k2chui3BR1TFQ6Rkhx6QvSsGhNrO-u8Pihh6cHZC8zD8_dmdo/s1600/1.JPG" height="316" width="640" /></a></div>
<span lang="PT" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Courier New";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Calhou ao viajante ter que ir, num destes tórridos
dias de Julho, a Beja. Na previsão do tempo, viu estarem anunciados 38 graus,
mas depois os termómetros acabaram por atingir 41. Coisa normal para o verão em
Beja. Mas não é este o tema desta crónica. É que decidiu o viajante ir de
comboio, que os tempos estão de crise e os combustíveis e portagens a preços
incomportáveis. </span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span lang="PT" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Courier New";"></span><span lang="PT" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Courier New";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E teve boas e más surpresas: boas, porque
os comboios funcionam bem, a horas (apesar de haver poucos), sem congestionamento. Más, porque esses
mesmos comboios são pouco amigáveis e dão pouca atenção a quem os usa.</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDXW8GJFwwbBI0BXkdK6bZWqxjFK67XEJN7-WsZOoyue_NthHVehRlUHRChyphenhyphen9WbxFY8Pz3L8YHpjMmmnVP5bXs8qujZUzQCw9s0g7SNueFKCvBmjXWnae_nc4exgjG8zVlqEIW/s1600/2.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDXW8GJFwwbBI0BXkdK6bZWqxjFK67XEJN7-WsZOoyue_NthHVehRlUHRChyphenhyphen9WbxFY8Pz3L8YHpjMmmnVP5bXs8qujZUzQCw9s0g7SNueFKCvBmjXWnae_nc4exgjG8zVlqEIW/s1600/2.JPG" height="240" width="320" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span lang="PT" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Courier New";"></span><span lang="PT" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Courier New";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Comboios
sem bar ou, sequer, uma mísera máquina para comprar água. Estações desertas
e sem serviço algum. Ficou o viajante com a memória na estação da Casa Branca,
onde é necessário fazer o transbordo, deixando o confortável Intercidades de
Évora para passar ao regional de Beja. Deserta, tórrida (e há-se ser gélida no
inverno). Nem uma sombra, nem um bar onde beber algo fresco.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzzZ_Vi0yAg_epCdjKxb49vcKPchF5mLHKD7BRaKlwTEh-bvO7gQX-D7EscrV1loJS0BKppH4ZIYyYpZnHikyl2F9CTY9H1OLAyvS2iINLV7u2d-05sLi5zLek1qxAjIG-w0pS/s1600/3.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzzZ_Vi0yAg_epCdjKxb49vcKPchF5mLHKD7BRaKlwTEh-bvO7gQX-D7EscrV1loJS0BKppH4ZIYyYpZnHikyl2F9CTY9H1OLAyvS2iINLV7u2d-05sLi5zLek1qxAjIG-w0pS/s1600/3.JPG" height="292" width="320" /></span></a></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><span lang="PT" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Courier New";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E
também ficou na memória com a arqueológica estação de Beja, velha e degradada,
com todas as portas fechadas e um velho bar deserto, de luzes apagadas e
janelas fechadas, para não entrar o calor.</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 330.55pt;">
<span lang="PT" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Courier New";"></span><span lang="PT" style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Courier New";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quanto
aos comboios, são em geral confortáveis e a viagem faz-se bem. Cuba, é a última
estação antes de Beja. Achou o viajante piada à associação com a Casa Branca.</span> </span> </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioc8M4GOjw8usX4wViekWuWPj5wjPIWjiHPwsy-P4ZIs5AoRxqYu6HLD3zVnBDfWpSNBAB5nnl6WAtEyRQWQHLyicUR6hNhfNqIqRbWXh12MQHDEp6rsdBD6zxMYrj0p2LdqRc/s1600/4.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioc8M4GOjw8usX4wViekWuWPj5wjPIWjiHPwsy-P4ZIs5AoRxqYu6HLD3zVnBDfWpSNBAB5nnl6WAtEyRQWQHLyicUR6hNhfNqIqRbWXh12MQHDEp6rsdBD6zxMYrj0p2LdqRc/s1600/4.JPG" height="240" width="320" /></a></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13922298.post-74265697396661640492013-07-08T11:21:00.000+01:002013-07-10T11:22:00.467+01:00Monsaraz, Alentejo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnccuZs3ApUxumxkyPEkNFVj-ncGvGRudxsPsvn7yhMJ-TpT9Q9wjF-VNyL5kvhq8iC5arZ-2ykTFza66Zmnupk9S2_lzVz5x_AR09nRJGrGR90TC0AfdIxGPS858j1_g9MDvD/s1600/2013.05.19.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnccuZs3ApUxumxkyPEkNFVj-ncGvGRudxsPsvn7yhMJ-TpT9Q9wjF-VNyL5kvhq8iC5arZ-2ykTFza66Zmnupk9S2_lzVz5x_AR09nRJGrGR90TC0AfdIxGPS858j1_g9MDvD/s1600/2013.05.19.JPG" height="267" width="320" /></a></div>
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Será o
responsável por esta placa, porventura, admirador de automóveis? Na dúvida, não
avançou o viajante, porque a sua viatura, nem de perto nem de longe, se pode
apelidar de “bela máquina”.</span></span>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-13922298.post-76364504365875188312013-06-23T11:08:00.000+01:002013-07-10T11:08:35.517+01:00Lisboa, 23 de Junho de 2013<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5VauX7HtxxyKhfGuy1sipsRJq2wKCtanTL8l4H-XweVJF-tvIGE2JfF56heNO2ZjAEpNBC12wR_iCLIBujx0PM5tsnxg7QT1K450dNcNfVtLBwO0cqKPhmP7jVIKLhfnWlGrm/s1600/1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5VauX7HtxxyKhfGuy1sipsRJq2wKCtanTL8l4H-XweVJF-tvIGE2JfF56heNO2ZjAEpNBC12wR_iCLIBujx0PM5tsnxg7QT1K450dNcNfVtLBwO0cqKPhmP7jVIKLhfnWlGrm/s1600/1.JPG" height="258" width="400" /></a></div>
<span lang="PT" style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os jornais falavam de um interessante fenómeno astronómico, que
apenas voltará a ocorrer dentro de 18 anos. Como o sabes, leitor, continua o viajante
a emocionar-se com estes pequenos nadas; por isso, passou boa tarde do serão a
viajar até à lua, sem sair da sua varanda citadina. Mas valeu a pena: a lua
nasceu enorme e brilhante, como nos filmes de vampiros. Primeiro, apareceu baça,
rechonchuda e alaranjada como um gigantesco queijo holandês; depois, tornou-se
prateada e luminosa, subindo no céu e espalhando um intenso jorro de luz.</span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUN05y8IHw3pyrhzUCX-nRLVMmBKqiAuafsuCyNCqmojk0HV-B2kv6BztCQMf-OlJeS3FbdrOsDBslYeFGJnPEmT358VPo1eQtLeBDlERYrWsEmE4KK2hD76YJFKGRIakC2_JT/s1600/2.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUN05y8IHw3pyrhzUCX-nRLVMmBKqiAuafsuCyNCqmojk0HV-B2kv6BztCQMf-OlJeS3FbdrOsDBslYeFGJnPEmT358VPo1eQtLeBDlERYrWsEmE4KK2hD76YJFKGRIakC2_JT/s1600/2.JPG" height="240" width="320" /></span></a></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
<span lang="PT" style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif";">O fenómeno é simples de explicar: por um lado, foi noite de lua
cheia no dia do calendário a que corresponde menor período noturno. Ou dito de
outra forma, a lua cheia ocorreu na noite mais curta do ano. Mas isso não é
tudo nem o principal. É que a Lua descreve, em volta da Terra, uma rota elíptica,
afastando-se e aproximando-se no nosso planeta. E esta lua cheia de 23 de Junho
ocorreu num momento em que a Lua, por efeito da sua rota, atingiu o seu ponto mais
próximo da Terra – cerca de 360 mil quilómetros.</span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2ZQlgOXaFesR63ddHjBmN8CVFjlvQMlvusT_ZeeV9DaH94sF1kXqeaSSCO1mm5hM0POM7kFDgiV3ZwcGNHOIw3p_a9zMdvfQcpDxGfJIZ8EZcORjdAV9Z8gP-HpqXzVMBuNyL/s1600/3.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2ZQlgOXaFesR63ddHjBmN8CVFjlvQMlvusT_ZeeV9DaH94sF1kXqeaSSCO1mm5hM0POM7kFDgiV3ZwcGNHOIw3p_a9zMdvfQcpDxGfJIZ8EZcORjdAV9Z8gP-HpqXzVMBuNyL/s1600/3.JPG" height="200" width="400" /></span></a></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
<span lang="PT" style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif";">Desta forma, diziam os astrónomos, a forma como se viu a Lua
dava-lhe aparência de ter mais 14% do seu tamanho e de ter 30% mais brilho que
quando está no ponto oposto (mais distante da Terra, a cerca de 405 mil
quilómetros). Valeu a pena a observação – até porque, como explicaram também os
astrónomos, por efeito de refração da atmosfera da Terra, quando se levanta na
horizonte, a Lua parece muito maior do que quando está na vertical.</span></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13922298.post-37251014357726492992013-06-18T13:28:00.002+01:002013-07-10T10:26:36.314+01:00Klingenthal, Alsácia, França<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjexpJwW9QJN6JC1SNyhfwH6qWaqCDGnm5YLwNO8XtjqKEMLmAAD5mMg5mPqQlSJsjxob1LXtHMrG-wFWOlnbxgH_HZDr15Tq85TkiWdGbSVkJZWEus3phWFMZiWdhh9kNZgpX2/s1600/1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjexpJwW9QJN6JC1SNyhfwH6qWaqCDGnm5YLwNO8XtjqKEMLmAAD5mMg5mPqQlSJsjxob1LXtHMrG-wFWOlnbxgH_HZDr15Tq85TkiWdGbSVkJZWEus3phWFMZiWdhh9kNZgpX2/s1600/1.JPG" height="412" width="640" /></a></div>
<span lang="PT" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;">A primeira impressão revelou
uma pequena e pacata aldeia, na beira de uma estrada secundária, a caminho da
montanha. Congratulou-se o viajante por ter trazido, para este recanto dos
Vosges, a meia hora de Estrasburgo, com que se entreter. Alguma leitura depois,
percebeu o viajante ter encontrado mais um daqueles sítios que foram importantíssimos
num certo período histórico, mas já não o são, porque a razão específica daquele
protagonismo deixou de existir. </span><br />
<span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"></span><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Klingenthal é hoje em
dia uma terreola pequena, de talvez uma ou duas centenas de habitantes. Apenas
um ou dois dos seus edifícios se destacam, apesar de o conjunto da terra ter o
charme habitual dos pequenos povoados franceses: entorno de arvoredo frondoso,
ruas muito bem pavimentadas e arranjadas, casas antigas, mas em regra cuidadas.
E vasos de flores por todo o lado. <o:p></o:p></span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSxLvoEKOM5Q9y5y_FLhp0kYrMTtsbZj3ZzJn4B-R_kgjL64LclWuTYTqbZGOg4h08y7nGl_tYstxjtAAtHWoRqO0iRw50TC3iIxipsT-3JvU8RLylpnKEBpImiI5ekYj7drKk/s1600/2.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSxLvoEKOM5Q9y5y_FLhp0kYrMTtsbZj3ZzJn4B-R_kgjL64LclWuTYTqbZGOg4h08y7nGl_tYstxjtAAtHWoRqO0iRw50TC3iIxipsT-3JvU8RLylpnKEBpImiI5ekYj7drKk/s1600/2.JPG" height="233" width="400" /></span></a></div>
<span lang="PT" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;">Olhando o viajante com
mais cuidado, conseguiu descobrir as memórias do tempo em que neste lugarejo
existia uma enorme indústria de produção de armas brancas. O nome Klingenthal
significa em alemão “o vale das lâminas” (e, recorde-se, a Alsácia saltitou,
durante a história, entre a França e a Alemanha, guardando ainda muita herança
das várias dominações germânicas). Este núcleo industrial, que floresceu
durante os séculos XVIII e XIX, incluiu a Fábrica Real de Armas Brancas da
Alsácia, também conhecida por Fábrica de Klingenthal. Aqui se implementou a
produção em grande escala de armas, que desde o início do século XVIII abasteceu
muitos dos exércitos europeus da época – incluindo, naturalmente, o Exército
Real Francês. </span><br />
<span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"></span><span lang="PT" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;">O local foi escolhido
por ficar num vale estreito, atravessado por um rio de abundante água, que
garantia a energia para fazer funcionar os engenhos; por outro lado, as densas
florestas das redondezas garantiam madeira para as casas e, sobretudo, para
fabricar o carvão necessário às forjas. Além disso, Estrasburgo e o Reno não
ficam longe e era portanto fácil criar canais de escoamento das armas.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglN9fhD-Kt58G0k-HBlIp5_qs3p3GZN6LB5Vgowdw3ei6SpR3K7TO_052uEuhX_9qGnZ2yDFsc8o5ThlJfBnG3P1d6kSDMDpP58Vft68RqR9um_I_AwSUypM2yIO0nKMrLDkmd/s1600/3.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglN9fhD-Kt58G0k-HBlIp5_qs3p3GZN6LB5Vgowdw3ei6SpR3K7TO_052uEuhX_9qGnZ2yDFsc8o5ThlJfBnG3P1d6kSDMDpP58Vft68RqR9um_I_AwSUypM2yIO0nKMrLDkmd/s1600/3.JPG" height="300" width="400" /></span></a></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
<span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;">Esta fábrica foi criada
em resultado das políticas de expansão industrial de Colbert, que instaurou
várias Fábricas Reais que, além do título, tinham alguns privilégios. Também
por isso, acabou por cair em declínio, quando as políticas mudaram - sobretudo,
com o fim da monarquia, na Revolução. Em meados do século XIX deixou de ser Real
e passou a ser propriedade privada. Deixou de fabricar espadas e sabres e
passou a produzir utensílios agrícolas (sobretudo foices). Mais de um século
depois, em 1962, as oficinas fecharam as portas.<o:p></o:p></span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxvcRbniOBksAHrdne2rJodMDspnfuGtXLprJG_2tSNVAcmDoT2TKhy6f3KigevgyQZJqUnu74UKptPEegsnV5fE2GRQRhetU39QjbBmzf0VR6xAf7stEZ4-0ONwMVBOaA5FIL/s1600/4.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxvcRbniOBksAHrdne2rJodMDspnfuGtXLprJG_2tSNVAcmDoT2TKhy6f3KigevgyQZJqUnu74UKptPEegsnV5fE2GRQRhetU39QjbBmzf0VR6xAf7stEZ4-0ONwMVBOaA5FIL/s1600/4.JPG" height="253" width="400" /></span></a></div>
<span lang="PT" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;">Não se emocionou o
viajante com o que descobriu destes tempos dourados de Klingenthal. Mas sempre
foi tomando nota de algumas das antigas instalações. E ainda do pequeno museu
local, que reúne um espólio especificamente dedicado ao passado industrial,
exposto na <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Maison de la Manfacture</i>,
que fica no centro da aldeia.</span><br />
<span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"></span><span lang="PT" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;">De resto, valeu a pena a
tranquilidade do lugar. No sopé das encostas verdejantes dos Vosges, propiciou
agradáveis passeios pelos bosques e tempo descansado. Klingenthal tem uma
pequena <i style="mso-bidi-font-style: normal;">brasserie</i> e um restaurante.
Além disso, tem um típico hotel (Hotel des Vosges), modesto e familiar, mas
confortável. A aldeia fica no coração da Alsácia. Vindo de carro, demora-se
cerca de meia a partir de Estrasburgo. Ruma-se ao sul e deixa-se a auto-estrada na
direcção de Obernai – daqui a Klingenthal são 5 quilómetros de estrada rural
muito bonita.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaMdV2daVdnmanxYcWQ-IsYHy7M_QC1ZrjHVFhHUmgwWGjnz6SAJsUVA-LDQIpnshw_SEpXVNQU-pa3yZDSW1YyEY8wA_1mobrIQHWIG0f7y7Y3xGbKzsnUZHGJLNdompP2HQr/s1600/5.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaMdV2daVdnmanxYcWQ-IsYHy7M_QC1ZrjHVFhHUmgwWGjnz6SAJsUVA-LDQIpnshw_SEpXVNQU-pa3yZDSW1YyEY8wA_1mobrIQHWIG0f7y7Y3xGbKzsnUZHGJLNdompP2HQr/s1600/5.JPG" height="222" width="400" /></a></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13922298.post-29348318054677354812013-06-11T13:32:00.001+01:002013-06-11T13:34:56.749+01:00Braga, Portugal<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvZZOAfzGTtTxTIeAI4dUFWGoWscKxQhGIBFDFTdOs0kZAPyakvFPudgARuU2czJdZV5ItrtHCDHQCQew29S2e-oTZswrqsX4SxeJRLb75pEMZoNTcOYP06D2IKqCN3Rjvo1P7/s1600/1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvZZOAfzGTtTxTIeAI4dUFWGoWscKxQhGIBFDFTdOs0kZAPyakvFPudgARuU2czJdZV5ItrtHCDHQCQew29S2e-oTZswrqsX4SxeJRLb75pEMZoNTcOYP06D2IKqCN3Rjvo1P7/s1600/1.JPG" height="411" width="640" /></a></div>
<span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif";">Tem o
viajante alguma dificuldade em sentir empatia com Braga. A cidade é bonita e a
sua gente simpática e acolhedora. A riqueza monumental impressiona. Mas
falta-lhe um num sei quê para a tornar atraente. Parece faltar um pouco de charme
à sua malha urbana – talvez algo que desse mais harmonia ao enorme conjunto, um
pouco desconexo, dos monumentos do centro urbano. A verdade é que alguns destes
monumentais edifícios, sobretudo os religiosos, são deslumbrantes, mas o
contexto nem sempre afina pela mesma nota.</span><br />
<span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif";"></span><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif";">Quanto
à sua gente, é muito calorosa e acolhedora. Revela logo, ao primeiro contacto,
uma extroversão descomplexadamente provinciana. Os bracarenses circulam pela
sua cidade descontraídos e descuidados; ou então, atarefados, a trabalhar ou a comprar
coisas nas lojas tradicionais da Rua do Souto. </span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiXRkP1WWzmoVuBbFInMK6I65kTTDYDTbW846yfV38B2MoqVsZiHZaYlLMpi_FMS-kjKv3nJ1jD9GHLqZa53xg2ctml73yzif4q3AL1QzboZBcvZTGl7AT9f3T60UoJgMwx9AE/s1600/2.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiXRkP1WWzmoVuBbFInMK6I65kTTDYDTbW846yfV38B2MoqVsZiHZaYlLMpi_FMS-kjKv3nJ1jD9GHLqZa53xg2ctml73yzif4q3AL1QzboZBcvZTGl7AT9f3T60UoJgMwx9AE/s1600/2.JPG" height="240" width="320" /></a></div>
<span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif";">Ao
contrário do que dizia o chavão do Estado Novo, a Braga moderna já não reza,
enquanto Coimbra estuda e Lisboa manda. Tal como o Porto, a Braga do século XXI
trabalha. E foi o trabalho que transformou esta histórica cidade sueva, de rico
passado, mas que se foi degradando com a emergência das cidades do litoral, de
novo numa grande urbe, pujante e dinâmica. </span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgb6qWlVvyut4QhaoxSpjM5wBCtqoQsoG_qPx5fLV4dEkF2WfzZ1wuCgM7WpUergwO-tRL36iRXP8-E_KpUysTljP0n3pxnx7dFplUDrgpP3rttCzMUdp_mGNHvQ4M9rM4Ws8kp/s1600/3.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgb6qWlVvyut4QhaoxSpjM5wBCtqoQsoG_qPx5fLV4dEkF2WfzZ1wuCgM7WpUergwO-tRL36iRXP8-E_KpUysTljP0n3pxnx7dFplUDrgpP3rttCzMUdp_mGNHvQ4M9rM4Ws8kp/s1600/3.JPG" height="240" width="320" /></a></div>
<span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif";">Braga
tem origem romana – no tempo do império era a importante cidade de Bracara
Augusta. Com a chegada dos bárbaros, foi ocupada pelos Suevos que, no século V,
fizeram da cidade a capital do seu reino. Depois, vieram os visigodos e, de
seguida, os ocupantes muçulmanos. O resto da sua história acompanha a <span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">história-pátria.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></span><br />
<span lang="PT" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "MS Mincho"; mso-fareast-language: JA;">Para lá das ruínas desses tempos, o que de mais
visível a história deu a Braga vem do período barroco: a cidade foi muito próspera
entre os séculos XVI a XVIII e foram construídas nesse período muitas igrejas
barrocas. Esta presença religiosa é uma constante nas ruas da terra – diz-se
que Braga tem uma igreja para cada dia do ano.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0wCmy4tQjgiFU24g8Rh8M2Q4Pe0d-fuW9Hxhn0Gs_Gqb2_o2WLulPW-uuEkyP29ucsKe2Dq3Zgcp2LxRWq6Pd9Rl7rvfsgtfpoEHju_R16H94oNaRmzrkW2GzNQFW2FtN1wWh/s1600/4.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0wCmy4tQjgiFU24g8Rh8M2Q4Pe0d-fuW9Hxhn0Gs_Gqb2_o2WLulPW-uuEkyP29ucsKe2Dq3Zgcp2LxRWq6Pd9Rl7rvfsgtfpoEHju_R16H94oNaRmzrkW2GzNQFW2FtN1wWh/s1600/4.JPG" height="240" width="320" /></a>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif";">Desde
a época da Reconquista cristã que aqui tem sede um Arcebispado.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif";"></span><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif";">É na
Sé, com origem nesse tempo, que mais sente o viajante o carácter da cidade. Nem
é tanto pelos ícones históricos e artísticos – vem a memória, a propósito, a
imagem da Senhora do Leite, nas traseiras da cabeceira da Sé, que se julga ter
sido escupida por Nicolau Chanterene. É que esta antiga Sé é uma igreja que
evoluiu e soube chegar, com vida, ao presente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtZqYYHko93ywb-GQTQYSRKZyX_oZf36JSUwbS5u22mAhcB-EOUFpU-3WM25RSFkaKsQYtENyCLyvw0EsJGd2GzciQrNgYsu2AI8zLvOF7Z8f740RHPWEvW6_-vck5-9M0drYa/s1600/5.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtZqYYHko93ywb-GQTQYSRKZyX_oZf36JSUwbS5u22mAhcB-EOUFpU-3WM25RSFkaKsQYtENyCLyvw0EsJGd2GzciQrNgYsu2AI8zLvOF7Z8f740RHPWEvW6_-vck5-9M0drYa/s1600/5.JPG" height="320" width="273" /></a></div>
<span lang="PT" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "MS Mincho"; mso-fareast-language: JA;">Braga é, para o viajante,
uma cidade de sempre: não recorda na infância a primeira visita e, com toda a
certeza, voltará com frequência. E se te incomoda, leitor, o viajante, com este
prescindível detalhe pessoal, é para que compreendas porque não consegue sentir
empatia com uma terra pela qual sente tanta simpatia. A velha Bracara Augusta é
uma cidade que rebenta pelas costuras da zona velha. Cresceu imenso e
organizou-se modernamente a partir da velha Rodovia, que ainda há pouco era
moderna. Como se fosse uma daquelas explosivas metrópoles do sudoeste asiático,
a cidade transformou bairros que o viajante viu surgir, em zonas antigas.
Pulverizou velhas quintas, dos arredores, transformando-as em urbanizações.
Inventou, finalmente, a Universidade, nos campos de Gualtar, dando desta forma o
toque final na transformação da velha cidade de província, onde se andava a pé
e se ia ao café para encontrar os amigos e conhecidos. No lugar dela renasceu
uma cidade vibrante, que surge frequentemente nos media europeus, por via do
seu clube de futebol. E de todo o lado chegaram estudantes, que procuram marcar
o passo com o resto do mundo. </span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiI-lMdG7NSnj0MoObMzdGs1F7NNss-Ha_h0gXEh3iJroE19Yk-RxJyZXI0gDCJWuC3typV9xT8JRdUFYoVs53vlYKJ9yyaqKqMxnUGw8zBYNZ2ApE30hV_KrIv14UUSwalEGbI/s1600/6.JPG" height="205" width="320" /></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13922298.post-82051580094443943802012-09-05T14:19:00.000+01:002012-09-05T14:19:00.277+01:00As "winelands" da África do Sul<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiv8N2r8htBln3ucmgntpzaE0DXukTOZH4d1htrX0Gg0PifTAmgeRqnLaCXBrcctNeH-YEKENhTQ98Kr2E56PC_MiMNya5gx2fFvfU-JO72fqqfyB7aihzLGmUQssjBLGj80h5w/s1600/1+2011.12.01+cabo+339.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" height="240" kba="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiv8N2r8htBln3ucmgntpzaE0DXukTOZH4d1htrX0Gg0PifTAmgeRqnLaCXBrcctNeH-YEKENhTQ98Kr2E56PC_MiMNya5gx2fFvfU-JO72fqqfyB7aihzLGmUQssjBLGj80h5w/s320/1+2011.12.01+cabo+339.JPG" width="320" /></span></a></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Há muito que o viajante se habituou a ver vinhos sul-africanos nas prateleiras dos supermercados. E, além disso, quando em viagem, a prová-los, porque são dos mais expandidos por todo o mundo – e, quanto ao preço, dos mais abordáveis, também.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Calhou entretanto passar pela Província do Cabo, na África do Sul e visitar Stellenbosch, o coração da produção vinícola daquele país austral. Foi aí que provou os vinhos feitos de pinotage, uma especificidade sul-africana. Esta casta, que não se produz em mais local nenhum do mundo, foi “inventada” na década de 1920, pelo professor de agronomia Abraham Perold, professor na Universidade Africânder de Stellenbosch, por via do cruzamento de pinot noir e de cinsault (que nesta e noutras latitudes é também chamada hermitage). O vinho que produz é quente e envolvente, mas de efeito curto, porque em geral se esvai rapidamente. Apesar disso, em geral os vinhos de pinotage são picantes e adstringentes, a dar algum corpo a um travo apimentado, a fazer lembrar terra vermelha. </span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7TvysU5ZyqU5xXPEtSqQsVBqejklR3L2pStZ4K9N1lEfX2Z5z333mYpwAW4dx7QkylSDFQmkZFe9CVlD4PI7uiyGt78oly0s4FDsKQmS63fH9yrJ8OsmM0HgZO4pNcxap5BY8/s1600/2+2011.12.01+cabo+221.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" height="237" kba="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7TvysU5ZyqU5xXPEtSqQsVBqejklR3L2pStZ4K9N1lEfX2Z5z333mYpwAW4dx7QkylSDFQmkZFe9CVlD4PI7uiyGt78oly0s4FDsKQmS63fH9yrJ8OsmM0HgZO4pNcxap5BY8/s320/2+2011.12.01+cabo+221.JPG" width="320" /></span></a></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">De certa forma, o pinotage tornou-se um símbolo da viticultura sul-africana – todos os anos se realiza um concurso nacional para apurar o melhor de entre eles. Mas os vinhos sul-africanos não se limitam ao pinotage: produzem-se também brancos, em geral ligeiros e vinhos de sobremesa – uma espécie de clones de vinho do Porto. Mas, em tinto, produz-se sobretudo vinho de shiraz e cabernet sauvignon. Quanto a este último, vem sobretudo de Stellenbosch, onde se planta há 350 anos. </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Na região há muitas adegas (calcula-se haver cerca de 300 produtores), a maior parte das quais preparadas para receber visitas, recebendo sempre com simpatia quem passa. Prova-se vinho e pode comprar-se também. Em geral, quando são visitados por estrangeiros, oferecem-se para mandar entregar o vinho em casa, pelo correio. Estas visitas são, para quem vai da Europa, uma experiência engraçada, porque as estações do ano estão viradas do avesso: a vindima faz-se em Fevereiro ou Março e o vinho está pronto para provas no nosso Outono. </span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMxZxjZ5VECbnmQzaYHuHr13weFuvMpA4KaMk9xkJR9b98m9p9cDPubRIjow_RWbJjFckQfMrKSwMm_G7TOaueqDqu4hc3_TYC8XOPDL5l3V7RNL8hulL-8QQznHTfvguab6_A/s1600/3+2011.12.01+cabo+220.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" height="168" kba="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMxZxjZ5VECbnmQzaYHuHr13weFuvMpA4KaMk9xkJR9b98m9p9cDPubRIjow_RWbJjFckQfMrKSwMm_G7TOaueqDqu4hc3_TYC8XOPDL5l3V7RNL8hulL-8QQznHTfvguab6_A/s320/3+2011.12.01+cabo+220.JPG" width="320" /></span></a></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13922298.post-28881054610576178482012-09-01T12:11:00.000+01:002012-09-01T12:11:00.344+01:00Kruja, Albânia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpY6Zs1OHicMMOVHruJI_AH140UtCGl1TF8-OakhBUfrSJOIMUXek_SpJ7nNq2Ko5PSZbDb4X-A_Jir36PdbMug99syRgZtzGIGCuS7rG_YcV9v1zbIipKRqsDclEQHDjeAiHI/s1600/1+2012.04.17+tirana+e+kruja+065.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" dba="true" height="235" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpY6Zs1OHicMMOVHruJI_AH140UtCGl1TF8-OakhBUfrSJOIMUXek_SpJ7nNq2Ko5PSZbDb4X-A_Jir36PdbMug99syRgZtzGIGCuS7rG_YcV9v1zbIipKRqsDclEQHDjeAiHI/s400/1+2012.04.17+tirana+e+kruja+065.JPG" width="400" /></a></div>
<span lang="PT" style="font-family: "Arial", "sans-serif";">Fez o viajante uma breve romagem a Kruja, a cerca de 30 quilómetros a norte de Tirana, capital da Albânia, com o intuito de descobrir a verdadeira essência deste país, noutros tempos chamado das águias. Pelo caminho, dizia-lhe o motorista que o conduzia, que o clube de futebol local, o Kruja FC (ou equivalente, em albanês…), era muito forte na sua “casa”, um estádio minúsculo, encaixado na encosta, que de estádio só tem o nome – é certo que é um campo relvado e cercado até, com algumas bancadas em cimento. E o Kruja joga na primeira liga albanesa.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhksIJvwtszMb7zlVM3OJuMLIX5mI-YzZdlBKfBKvZWyDs0sg4z2WaduwVoZSqIs-3i9AlaDFH23O9bioS1rAX75EPS7TMGxMd_-apTJsA2AhV0oMo3o1UqnvgHZqybNdhYGkoN/s1600/2+2012.04.17+tirana+e+kruja+114.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" dba="true" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhksIJvwtszMb7zlVM3OJuMLIX5mI-YzZdlBKfBKvZWyDs0sg4z2WaduwVoZSqIs-3i9AlaDFH23O9bioS1rAX75EPS7TMGxMd_-apTJsA2AhV0oMo3o1UqnvgHZqybNdhYGkoN/s400/2+2012.04.17+tirana+e+kruja+114.JPG" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> De Kruja, sabia o viajante que é uma pequena cidade encavalitada nas montanhas e que foi escolhida por Skanderbeg (George Kastrioti, que viveu entre 1405 e 1468), o herói nacional albanês, para aqui se instalar e construir o seu castelo. Foi em Kruja que se declarou a independência da Albânia (na época dominada pelos turcos), pela mão de Skanderbeg e foi este príncipe guerreiro que comandou os independentistas na defesa contra três invasões do exército turco. Os otomanos pretendiam reconquistar a Albânia e cercaram, por três vezes a cidade, sem sucesso. Um quarto cerco, após a morte do príncipe albanês, acabou por ditar a derrota dos nacionalistas e a submissão da Albânia, de novo, ao império turco. Mas a semente da independência estava lançada e veio a germinar séculos depois. </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A terra é dos últimos locais da Albânia onde ainda se encontram vestígios do que pode ter sido o antigo bazar turco (no tempo do domínio dos otomanos todas as cidades teriam um, mas a política do regime comunista, ferozmente contrária ao cultivo da história, levou à destruição de todos os vestígios do passado).</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjH6EXwnqpCPMJLuEOzObktPF8iRY2s1CgEofXurHVO0ZiUv9WZpPFVw9FIlVgzTjKjIYagM_M-DdNl1WwI2jWDqab875fcVM3J3479LIG2UhQqnm9UR4RbvDicigqsx2SaNCfz/s1600/3+2012.04.17+tirana+e+kruja+110.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" dba="true" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjH6EXwnqpCPMJLuEOzObktPF8iRY2s1CgEofXurHVO0ZiUv9WZpPFVw9FIlVgzTjKjIYagM_M-DdNl1WwI2jWDqab875fcVM3J3479LIG2UhQqnm9UR4RbvDicigqsx2SaNCfz/s400/3+2012.04.17+tirana+e+kruja+110.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span lang="PT" style="font-family: "Arial", "sans-serif";">A viagem, partindo de carro de Tirana, demora quase uma hora. As estradas são más, por vezes esburacadas e estreitas. A partir de certa altura, o percurso é muito sinuoso. Kruja fica a meio da encosta da montanha, próximo do Parque Nacional Monte Dajti, num cenário que fez o viajante recordar os livros do Tintim nos Balcãs: morros escarpados, de pedras calcárias, muito brancas, bordadas de verde da vegetação rasteira. Por aqui não abundam as árvores. O que já não evoca o bucolismo dos livros de Hergé é o ambiente suburbano da cidade moderna. Como toda a Albânia, Kruja está atascada de prédios quase arruinados, construídos no tempo do regime comunista. São edifícios todos iguais e parecem estar todos deploravelmente degradados, com varandas a cair e fachadas com os tijolos à mostra.</span> </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSLisH0o-DQJL9C6RvO1a_ja9C-1Mj1ciW2MLE-qEjLRUjHtdfwqGlN4j756v1nTZ9AmlZEHBm-3q9LsZ8KLRBYuj-Dpa_BCOIASfhj-rY9QIpvcNo2iyM6VGSphFhKiZ0IQUn/s1600/4+2012.04.17+tirana+e+kruja+074.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" dba="true" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSLisH0o-DQJL9C6RvO1a_ja9C-1Mj1ciW2MLE-qEjLRUjHtdfwqGlN4j756v1nTZ9AmlZEHBm-3q9LsZ8KLRBYuj-Dpa_BCOIASfhj-rY9QIpvcNo2iyM6VGSphFhKiZ0IQUn/s400/4+2012.04.17+tirana+e+kruja+074.JPG" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ultrapassada esta primeira impressão, encontrou o viajante um pequeno núcleo histórico, muito pouco frequentado, no antigo bazar turco que, em rampa, dá acesso à zona da fortaleza de Skanderbeg. Neste bazar vendem-se quinquilharias, latoarias, artesanato em madeira de oliveira e memorabilia do antigo regime albanês. Na verdade, nada que mereça comprar-se. </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Também o castelo causa alguma desilusão. Está num morro rodeado de muralhas, razoavelmente reconstruídas. Dentro delas, uma torre solitária evoca a memória do lutador pela independência e identidade albanesa. Um pouco abaixo, na encosta, um museu etnográfico, instalado numa antiga casa de família rica, com aspecto de não ter sofrido grandes alterações nos últimos 50 anos.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No meio, um monólito meio modernaço, meio tradicional, aqui esparramado em meados do século XX, para homenagear Skanderbeg – no seu interior fica o seu museu. O projecto, revivalista, é da autoria da filha do ditador comunista Enver Hodxa. </span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhS4nfmO9hzUQE9nAFQXidiNPAnDUe2U7nY_Vidlavhj0QeeGPCQH5JD6XmiWkUOUklVLCSRJO2p0DqUuH-MxnkbW__V95eui9aZcef0lQhtxHQhgZmrAPEa4k7iV2Ibx5UIhw6/s1600/5+2012.04.17+tirana+e+kruja+084.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" dba="true" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhS4nfmO9hzUQE9nAFQXidiNPAnDUe2U7nY_Vidlavhj0QeeGPCQH5JD6XmiWkUOUklVLCSRJO2p0DqUuH-MxnkbW__V95eui9aZcef0lQhtxHQhgZmrAPEa4k7iV2Ibx5UIhw6/s400/5+2012.04.17+tirana+e+kruja+084.JPG" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span lang="PT" style="font-family: "Arial", "sans-serif";">Além da evocação histórica, a visita valeu também pela paisagem: de um lado, as escarpadas montanhas cársicas, mais ou menos virgens e preservadas; lá no fundo, como que visto de uma varanda elevada, o mar Adriático. Mais a sul, na neblina, o grande núcleo urbano de Tirana.</span> </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuPQlIlhg7ex6w4DNUjegSwqmUannhVjU7A9CQwB-CWDDZaM5kNHNR5iTE5II6R-YaVwMa0Voz05J8n8OvQdH_koVL635HE02xR7Z9SwWHBRv-OnS2GsSa_SLmHQM-lu_0pzj8/s1600/6+2012.04.17+tirana+e+kruja+117.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" dba="true" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuPQlIlhg7ex6w4DNUjegSwqmUannhVjU7A9CQwB-CWDDZaM5kNHNR5iTE5II6R-YaVwMa0Voz05J8n8OvQdH_koVL635HE02xR7Z9SwWHBRv-OnS2GsSa_SLmHQM-lu_0pzj8/s400/6+2012.04.17+tirana+e+kruja+117.JPG" width="400" /></a></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13922298.post-48003697499076506722012-07-05T00:25:00.000+01:002012-07-05T00:25:00.069+01:00Berat, Albânia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQIidtidfHy-yLaoVbDd0RfS5UimDUGL40DzGKOdvhSVK7V4W4LEtzSKjCCf-gayr1uObHRj1MpFzYQzoMyWibZjY8BX-g6HgMyRmM_5zb_-BjMCx4Og8oxuPbw4tGrtUbtt1g/s1600/1+2012.04.15+alb%C3%A2nia+077.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="318" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQIidtidfHy-yLaoVbDd0RfS5UimDUGL40DzGKOdvhSVK7V4W4LEtzSKjCCf-gayr1uObHRj1MpFzYQzoMyWibZjY8BX-g6HgMyRmM_5zb_-BjMCx4Og8oxuPbw4tGrtUbtt1g/s640/1+2012.04.15+alb%C3%A2nia+077.JPG" width="640" /></a></div>
<span style="font-family: Arial;">Chegou o viajante a Berat
com a expectativa com que chega sempre a um local declarado património da
humanidade pela UNESCO (na Albânia apenas há dois sítios assim declarados; o outro
é a cidade de Gjirokastra, no sul). É verdade que a visita a Berat foi
interessante, mas também o é que não foi das mais empolgantes. </span><br />
<span style="font-family: Arial;"></span><span style="font-family: Arial;">A Albânia não é um país
turístico, mas Berat é sempre sublinhada quanto se pretende visitar o país. E,
diga-se, merece-o, porque tanto quanto logrou perceber o viajante, é uma das
cidades mais interessantes deste país balcânico. Para isso terá contribuído a
circunstância de, a título excepcional, ter sido declarada há décadas, durante
o regime comunista, como “cidade museu”. Por isso, salvou-se da destruição
total a que foi submetido a herança histórica do país, durante o regime de
Enver Hodxa, em nome da construção de uma nova e moderna Albânia.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjo8ocJxIjy7DyY_soWjjlR7y0X4G5ZWK-hSN_RFPK_yDXpN2YzMoT7eTGV5dBacrToutGlSX1FbFE2JDc5NpSbscpKbzTRL6B3x1QyZ2xNdgY5nEcD0W1JR67vzDi_5yItMUKU/s1600/2+2012.04.15+alb%C3%A2nia+070.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="217" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjo8ocJxIjy7DyY_soWjjlR7y0X4G5ZWK-hSN_RFPK_yDXpN2YzMoT7eTGV5dBacrToutGlSX1FbFE2JDc5NpSbscpKbzTRL6B3x1QyZ2xNdgY5nEcD0W1JR67vzDi_5yItMUKU/s400/2+2012.04.15+alb%C3%A2nia+070.JPG" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Berat é “vendida” aos escassos turistas que vão à
Albânia como a cidade das mil janelas. De facto, é cortada ao meio por um rio
(o Osum) e, do lado de lá, no bairro cristão de Gorica, aninhado na encosta,
fica um fantástico bairro de casas com vários séculos, construída no período otomano,
que parecem estar construídas umas em cima das outras, encaixadas como numa
construção Lego. As duas características que marcam todas estas casas são a cor
branca e o grande número de janelas, todas de grandes dimensões, que rasgam as
fachadas. O efeito visual, visto este bairro do outro lado do rio, é muito
bonito. Menos bonito é o rio, sempre de águas sujas e, como muitos dos rios do
pais, cheio de sacos e de embalagens de plástico, a boiar ou encalhados nas
margens. Mas não é só no bairro de Gorica que existem casas do período otomano:
há-as também do lado muçulmano do rio, nas encostas da fortaleza e também
dentro desta.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_LW_kQmNrV-gXRHKSOeAi8yzfTjzsDfwvlwxXIlyFZoKGNacDHweYKZEix8YLiN9vPUb7bFcWw2fr5EGEFWIEskZueyqZy92k5Rpmuhs01Z8YOW2mkgC61dhgnTuxXaMHzoMv/s1600/3+2012.04.15+alb%C3%A2nia+086.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_LW_kQmNrV-gXRHKSOeAi8yzfTjzsDfwvlwxXIlyFZoKGNacDHweYKZEix8YLiN9vPUb7bFcWw2fr5EGEFWIEskZueyqZy92k5Rpmuhs01Z8YOW2mkgC61dhgnTuxXaMHzoMv/s400/3+2012.04.15+alb%C3%A2nia+086.JPG" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">A antiga fortaleza, do século XIV, domina a cidade.
Está construída num morro elevado, sobranceiro ao rio. Só ela, faz valer a pena
visitar Berat. É uma enorme cidadela, sobranceira à cidade moderna, onde ainda
vive gente, em casas antigas e tradicionais, presentemente a serem recuperadas
com ajuda financeira da União Europeia. Ao longe, vêm-se as altíssimas cadeias
montanhosas que marcam a orografia do interior albanês. Reteve o viajante o
ambiente bucólico, da velha fortificação e a harmonia clara, de branco baço,
dos muros de calcário, ainda em processo de restauro. Sentiu-se transportado
para um tempo em que estes monumentos antigos eram meras ruínas abandonadas,
sem utilidade a não ser a de inspirarem histórias romanescas. Esta fortaleza
fez-lhe lembrar o estado e a forma como se encontravam os castelos portugueses
há trinta ou quarenta anos.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgC1sYIBN6dGy4roqQ9ycMIAgtx_goPFTBHclpxJJiTAUokNPASL5UBqi4zJZdtDGZSfP9v7IwUlHfFmcBaHPeWLiENPgE39Njk_me3ZDYPJw24qPNgPh1qttw3R15EbgRvRkvT/s1600/4+2012.04.15+alb%C3%A2nia+096.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="215" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgC1sYIBN6dGy4roqQ9ycMIAgtx_goPFTBHclpxJJiTAUokNPASL5UBqi4zJZdtDGZSfP9v7IwUlHfFmcBaHPeWLiENPgE39Njk_me3ZDYPJw24qPNgPh1qttw3R15EbgRvRkvT/s400/4+2012.04.15+alb%C3%A2nia+096.JPG" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Arial;">No século III AC, o
território daquilo que agora é a Albânia era ocupado e dominado pelos Ilírios,
o povo indo-europeu que foi antepassado de Albaneses e Kosovares. Terão sido os
primeiros a estabelecer-se aqui. Mais tarde, Berat fez parte do império romano
do oriente e por isso esteve sob o domínio de Bizâncio a partir do século V da
nossa era – nessa época, a cidade era de tal maneira importante que estava completamente
rodeada de muralhas. Depois, Berat passou pelo domínio búlgaro e mais tarde
sérvio, a partir do século XIV. Mas foi por pouco tempo, porque em meados do
século XV veio a ser ocupada pelos turcos, que aqui ficaram até ao início do
século XIX. </span><br />
<span style="font-family: Arial;"></span><span style="font-family: Arial;">Esta passagem constante e sucessiva
de diversos povos explica a variedade de construções da fortaleza de Berat,
onde ainda existem ruínas de uma mesquita, uma igreja ortodoxa do século XIV e
várias outras construções. Aliás, o mesmo acontece no resto da cidade.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNL179C3_B0YWfRuwf6rJWj9O4YnT9AKeP_xZjZpXfcDlj-haJ2YMUz2UR0an_iXQRLfI8lOwlKPGNYHgiaoSJnwi0yM_ooP5i6ahbhO1Ok1otajIsao7qNc8GqvO6WZHmF-j9/s1600/5+2012.04.15+alb%C3%A2nia+108.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="245" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNL179C3_B0YWfRuwf6rJWj9O4YnT9AKeP_xZjZpXfcDlj-haJ2YMUz2UR0an_iXQRLfI8lOwlKPGNYHgiaoSJnwi0yM_ooP5i6ahbhO1Ok1otajIsao7qNc8GqvO6WZHmF-j9/s400/5+2012.04.15+alb%C3%A2nia+108.JPG" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Arial;">Na Albânia não são frequentes os circuitos turísticos organizados. Em geral, quem vem por cá, em viagem, está por sua conta. De Tirana, a capital do país, a Berat não chegam a ser 150 quilómetros. Mas levou o viajante, de carro, quase três horas. Fê-lo por estradas esburacadas, estreitas e mal (ou nada…) sinalizadas, mas com trânsito muito intenso. Há transportes públicos alternativos, que poderão fazer o mesmo percurso em cinco ou seis horas – circulam por aqui autocarros antigos, comprados na Europa ocidental em segunda mão.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdalZvnLa4cuLE-gS9NFkMghpFdm-EAmH0tS08PD9Yhvm4S74T2wz7SrxlAf8GYVbeMIiGPX86CYHJEPNRRRPXq4G7bJzKv0RTAUiXzJSaY3Rx71WyMZ-TjJxOFFaOvis0qMp7/s1600/6+2012.04.15+alb%C3%A2nia+105.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="198" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdalZvnLa4cuLE-gS9NFkMghpFdm-EAmH0tS08PD9Yhvm4S74T2wz7SrxlAf8GYVbeMIiGPX86CYHJEPNRRRPXq4G7bJzKv0RTAUiXzJSaY3Rx71WyMZ-TjJxOFFaOvis0qMp7/s400/6+2012.04.15+alb%C3%A2nia+105.JPG" width="400" /></a></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13922298.post-83368562585749101272012-05-25T00:54:00.001+01:002012-05-25T00:54:00.294+01:00Igreja Monumento de S. Francisco, Porto<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghGv-8WTVNZQV5QVN7yZ2TnxJmdgjc5Z0Y3wT-FWpzwaB0SvIMzuh_VZgN_G4qumVIdZgTyTiKnPXNPoYUfkgJMbI-0D-vYlKl7MmEizFWm5x454j5pP0H27m5H-tGbaY3NJK1/s1600/1+2011.11.26+Porto+048.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="243" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghGv-8WTVNZQV5QVN7yZ2TnxJmdgjc5Z0Y3wT-FWpzwaB0SvIMzuh_VZgN_G4qumVIdZgTyTiKnPXNPoYUfkgJMbI-0D-vYlKl7MmEizFWm5x454j5pP0H27m5H-tGbaY3NJK1/s400/1+2011.11.26+Porto+048.JPG" width="400" /></a></div> <span style="font-family: Arial;">O viajante tem corrido montes e vales de países distantes, ou avenidas e vielas de cidades enormes, para encontrar e visitar aquilo a que os guias de viagem chamam “uma jóia da arquitectura…”, ou “um excelente exemplar de…”. E nem sempre lhe ocorre que há muitas destas “jóias” ou “exemplares” aqui ao pé da porta, ou numa cidade próxima, mesmo à mão para uma visita de fim de semana. <o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Não conseguiu evitar esta conclusão quando calhou passar, muitos anos depois da última vez, na Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, no Porto. É um monumento exuberantíssimo, que impressiona pela riqueza da talha dourada, ao melhor nível mundial. Tão deslumbrante como esta, apenas conhece o viajante a <a href="http://cadernosdeviagem.blogspot.com/search?q=capela+dourada" target="_blank">Capela Dourada</a>, no Recife, Brasil.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXDBdBOJOZTUnZvTa2Y36BFkDa2SOVOfRHLqQxxiLoI2gto7SudJyE02_b8itgDlR8H92sM-GxLcpIGwa8xnLrKgIUVquqfJyg6nYFWcFrgeNUhO6u5BFwFakJraOzoiVPcY-X/s1600/3.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXDBdBOJOZTUnZvTa2Y36BFkDa2SOVOfRHLqQxxiLoI2gto7SudJyE02_b8itgDlR8H92sM-GxLcpIGwa8xnLrKgIUVquqfJyg6nYFWcFrgeNUhO6u5BFwFakJraOzoiVPcY-X/s320/3.JPG" width="262" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"> </div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial;">Todavia, esta igreja de raiz românica, como qualquer jóia, tem que ser descoberta. Parece um enorme cristal de ametista, cinzento feiote por fora, mas muito brilhante por dentro. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial;"></span><span style="font-family: Arial;">Na verdade, o exterior muito discreto desta igreja, deve a sua modéstia à raiz românica, depois corrigida com o advento do gótico – o templo teve origem no século XIII e ficou pronta no século XV. Mais tarde, no decurso dos séculos XVII e XVIII, o interior foi remodelado, para acertar passo com a riqueza e exuberância que atravessava o Porto nessa época. Foi então todo o seu interior revestido com madeira trabalhada, dourada. Esta talha dourada veio a ser continuadamente enriquecida, ao longo do tempo, dando origem a um dos mais vistosos exemplares de talha dourada em Portugal. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial;"></span><span style="font-family: Arial;">Impressionou o viajante a imensa luz que entra pelas frestas e que reverbera no dourado das paredes e dos altares. Mas impressionou-o também a riqueza dos trabalhos escultóricos. Toda a igreja está cheia de esculturas em madeira, nem sempre dourada: há vários trabalhos riquíssimos de madeira policromada.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsvigIaRvhQmTTu9xzZtqbLWPQ3rvtbMHJFhxgfjM74qrbEzfJ8yVPBUaO4PJ-mYcQJqBRFmgv6yJNkp-FA-7iIgg2RKNJMxjnxXg3lwm79ywZkeUSCmfw-2yjVfGTAxz9-4xR/s1600/2.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsvigIaRvhQmTTu9xzZtqbLWPQ3rvtbMHJFhxgfjM74qrbEzfJ8yVPBUaO4PJ-mYcQJqBRFmgv6yJNkp-FA-7iIgg2RKNJMxjnxXg3lwm79ywZkeUSCmfw-2yjVfGTAxz9-4xR/s320/2.JPG" width="191" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"> </div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial;">Talvez por isso, este discreto templo tenha sido classificado como monumento nacional em 1910, vindo depois a ser integrado no património mundial classificado pela Unesco, em 1996. O monumento está aberto todos os dias a partir das 9 horas (no verão fecha às 20 horas e no inverno às 17:30). Fica muito perto da Ribeira, no Porto, na Rua do Infante D. Henrique, logo a seguir ao Mercado Ferreira Borges e ao Palácio da Bolsa. Há estacionamento próximo e fácil.</span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13922298.post-31702268375398450262012-05-21T14:09:00.002+01:002012-05-21T14:10:51.360+01:00Stellenbosch, out of Africa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHb_LphA3BZTwmBWNsd9UClMK7HQOfDg1j0WtkEzKqaEXdudvyLq5rZb26HUnGEcpHKVpltzbhzgm0rdLoseGqBZCcBJS36rp5G4Wf9Sr4g3ug_w8AZZa3om70YOz8w8Qm6cqd/s1600/1+2011.12.01+cabo+269.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="297" kba="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHb_LphA3BZTwmBWNsd9UClMK7HQOfDg1j0WtkEzKqaEXdudvyLq5rZb26HUnGEcpHKVpltzbhzgm0rdLoseGqBZCcBJS36rp5G4Wf9Sr4g3ug_w8AZZa3om70YOz8w8Qm6cqd/s400/1+2011.12.01+cabo+269.JPG" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Não queria o viajante dizê-lo – sente-se quase ofendido ao dizê-lo -, mas chocava-o o antigo regime sul-africano de apartheid. Fazia-lhe lembrar um ambiente feudal medieval, inumano e bruto. Foi felizmente banido na África do Sul, talvez com algum excesso de compensação posterior aos antigos descriminados.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" kba="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfPsYA7bB-IA_LQFYhGN0KlLafZhXHx8yliPYr48Ex-usk500vIb74hpNeveEW7KCVYRgR3GQlrU3i0A6nIESS4mOqTUA01-He-9sjB8ARApgV4MzDiCdDrp1WyowJFyk6q3Ro/s400/2+2011.12.01+cabo+251.JPG" width="400" /></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Porém, não consegue o viajante deixar de anotar que, fruto do apartheid ou não, a África do Sul é um país diferente, no contexto africano. É um país organizado, educado e civilizado. É sintomático que, ao menos na Cidade do Cabo, os motoristas param os seus carros nas passadeiras, espontaneamente, para deixar passar os peões (o que além do mais, revela que há passadeiras…).</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> <span lang="PT" style="font-family: "Arial", "sans-serif";">Entretanto, os tempos estão a mudar. Sintomaticamente, perguntaram um dia ao presidente da República de Singapura (que governa aquela cidade estado asiática, de forma tranquila, desde os anos 60 e logrou transformar aquele esquecido porto de pescadores numa praça financeira) o que achava da África do Sul da era pós Mandela e ele terá respondido que era um país do primeiro mundo, que tem vindo a ser ocupado por uma <em>working class</em> do terceiro mundo. É uma boa alegoria, agora que as favelas que circundam as grandes cidades se expandem, com a chegada de milhares de trabalhadores pobres de muitos outros países africanos.</span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNgA7CMerBMRkhNOSX1CYjuI2hdeZToAehjw9qoIe7bQf5lb763bSoV-NX2aepJlPGco3HTcOt0iGz3bGB3U_5_PrEwZundmP010GWfpXFaQ_4Lr6WarQ-AsNttoZWlsk_dDdN/s1600/3+2011.12.01+cabo+258.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" height="296" kba="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNgA7CMerBMRkhNOSX1CYjuI2hdeZToAehjw9qoIe7bQf5lb763bSoV-NX2aepJlPGco3HTcOt0iGz3bGB3U_5_PrEwZundmP010GWfpXFaQ_4Lr6WarQ-AsNttoZWlsk_dDdN/s400/3+2011.12.01+cabo+258.JPG" width="400" /></span></a></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> <span lang="PT" style="font-family: "Arial", "sans-serif";">A cerca de uma hora de carro da Cidade do Cabo, Stellenbosch, é um dos últimos refúgios da tal África do Sul de primeiro mundo, alheia aos modernos problemas nacionais, com a corrupção à cabeça – simbolicamente, diziam os jornais no início de 2012 que os administradores da simbólica Roben Island, a antiga ilha prisão onde viveu durante décadas Nelson Mandela</span><span lang="PT" style="font-family: "Arial", "sans-serif"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"> (e um </span><span lang="PT" style="font-family: "Arial", "sans-serif";">dos grandes atractivos turísticos da Cidade do Cabo) estão sob investigação policial, por desvio de fundos e corrupção. Como símbolo, não podia ser mais elucidativo.</span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEid6EgyoWGF6Wu4uYxojsFiq7Jk5cnsSmjlDMSXnpXZyxsE7yG7W3wrhI3VO8qyHTjEDySlEOwesHovbIq2nr4LUJokeKnSoxN-8svzOiJv5drMCQvY9EuvS4WIjzkKvS_9kmO7/s1600/4+2011.12.01+cabo+243.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" height="300" kba="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEid6EgyoWGF6Wu4uYxojsFiq7Jk5cnsSmjlDMSXnpXZyxsE7yG7W3wrhI3VO8qyHTjEDySlEOwesHovbIq2nr4LUJokeKnSoxN-8svzOiJv5drMCQvY9EuvS4WIjzkKvS_9kmO7/s400/4+2011.12.01+cabo+243.JPG" width="400" /></span></a></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> <span lang="PT" style="font-family: "Arial", "sans-serif";">Conserva o seu ambiente de sempre: é uma pequena cidade de província, de ruas traçadas geometricamente, de casas baixas, metade das quais com mais de duzentos anos, construídas no chamado “estilo cabo holandês”: de matriz vitoriana mas com a adaptação necessária aos materiais locais. Pela cidade há lojas e boutiques, bares, restaurantes e esplanadas, onde é possível provar vinho a copo. É aliás aqui o epicentro da produção vinícola da África do Sul. Mas a cidade tem interesse em si própria, para além do vinho. Sentiu-se o viajante numa terra acolhedora, com perfil de aldeia inglesa, mas edificações em estilo mais holandês, com clima quente e descontracção africana. Bem se percebe por aqui a história, mas a dinâmica da terra é bem actual. </span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4M6zvUdOb1Bd3ZkR4Ef0uo6nnaxaB6_E37DeWaJyzTSjSaGpsytNbdA8EkhNH-ERyeL-ewlxng4wWfWpjmfUviejYssMyyGmH10bq8xEAIeoVx1C7NYboPC2oz_51btgWmuU3/s1600/5+2011.12.01+cabo+266.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" height="300" kba="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4M6zvUdOb1Bd3ZkR4Ef0uo6nnaxaB6_E37DeWaJyzTSjSaGpsytNbdA8EkhNH-ERyeL-ewlxng4wWfWpjmfUviejYssMyyGmH10bq8xEAIeoVx1C7NYboPC2oz_51btgWmuU3/s400/5+2011.12.01+cabo+266.JPG" width="400" /></span></a></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> <span lang="PT" style="font-family: "Arial", "sans-serif";">Sentiu também aqui um ambiente tranquilo e ordeiro, de trabalho, indiferente a etnias. A cidade, a terceira mais antiga da África do Sul (a seguir à Cidade do Cabo e a Simonstown) foi assim baptizada em memória de Simon Van der Stel, o governador holandês da colónia, que a fundou no século XVII, filho de pai holandês e de mãe malaia. E se é verdade que Stellenbosch simboliza o esforço autonomista dos bóeres, que lutaram contra o imperialismo britânico, também é verdade que a homenagem a este venerado herói nacional veio a ser premonitória daquilo em que viria a converte-se este país arco-íris. Por sinal, percebeu com muito agrado o viajante que não há complexos na África do Sul a este propósito: a um branco chama-se “white”, a quem é de raça negra, “black”, a quem seja mestiço, “coloured” e a quem tem origem na índia, “indian”. Simples, sem complexos nem parvoíces bacocas.</span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgP2-hILQ1o2Q9370nUTQVJdBbMZH85mh9Pew9fqUJ3AxS55qiVt7br0sv6Ro7OX5TWJymLZV1M0RGSO25-DbR3tTY4nrntErDdRTfSJsKer3bHeKGaUZ69MkHTERWOvgo_99Bs/s1600/6+2011.12.01+cabo+271.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" kba="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgP2-hILQ1o2Q9370nUTQVJdBbMZH85mh9Pew9fqUJ3AxS55qiVt7br0sv6Ro7OX5TWJymLZV1M0RGSO25-DbR3tTY4nrntErDdRTfSJsKer3bHeKGaUZ69MkHTERWOvgo_99Bs/s400/6+2011.12.01+cabo+271.JPG" width="400" /></a></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13922298.post-65496372043199902972012-05-07T00:22:00.000+01:002012-05-08T00:22:20.925+01:00Prizren, Kosovo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWf15zCWODFj3eFJO9opSaVbi9GtN04gC1KS6VWrDkGqaA0plrTxWFHex05M2Ror2rtjysWuYPYoFl2t6a7T4UhGEeitsn3CiuaNrEabsGRGQCw-19OTLTt6MfZrDzKpfALe_Q/s1600/1+2012.04.18+alb%C3%A2nia+-+kosovo+054.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="295" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWf15zCWODFj3eFJO9opSaVbi9GtN04gC1KS6VWrDkGqaA0plrTxWFHex05M2Ror2rtjysWuYPYoFl2t6a7T4UhGEeitsn3CiuaNrEabsGRGQCw-19OTLTt6MfZrDzKpfALe_Q/s400/1+2012.04.18+alb%C3%A2nia+-+kosovo+054.JPG" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Arial;"> O Kosovo, cenário de uma das
mais recentes e bárbaras guerras em território europeu, não é um destino
turístico. Provavelmente, não o será nunca: não tem praias nem modernas
estâncias de montanha, não tem cidades vibrantes nem grandes marcos de
interesse histórico, cultural ou artístico. Além disso, o recente país (que se
declarou independente da Sérvia, oficialmente, apenas em 2008), apesar de ter
uma paisagem natural bonita, dominada por montanhas que têm neve até muito
tarde na primavera, está completamente desfigurado por uma ocupação humana
desregrada e errática. E também, ainda, pelas cicatrizes da guerra de 1999 (de
extrema violência dos sérvios sobre os kosovares albaneses) e pelos conflitos
étnicos de 2004 (de vandalização de tudo, pessoas e propriedades, sérvias,
pelos kosovares albaneses).</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHeuc51kOKwpuEe_ZR2QQCoYf5TGWSEuFea6ReJy8DNt7lzxyBeCsa7Yl3uwIdJpCbfWB3JCAqw2KJsu22_KnrizJbBAG4zHO7XfLO-MV5BvTzZXqxzVCF0_y2X8NtHXrqPr3E/s1600/2+2012.04.18+alb%C3%A2nia+-+kosovo+045.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHeuc51kOKwpuEe_ZR2QQCoYf5TGWSEuFea6ReJy8DNt7lzxyBeCsa7Yl3uwIdJpCbfWB3JCAqw2KJsu22_KnrizJbBAG4zHO7XfLO-MV5BvTzZXqxzVCF0_y2X8NtHXrqPr3E/s400/2+2012.04.18+alb%C3%A2nia+-+kosovo+045.JPG" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Arial;">Teve por isso o viajante uma
grande e agradável surpresa, ao passar por Prizren, talvez a segunda cidade do
país (a maior a seguir a Pristina) a 50 quilómetros a sul da capital e a apenas
uma dezena da fronteira da Albânia. Dizem os guias turísticos que, em séculos
que já lá vão, Prizren foi a capital da antiga Sérvia, mas os kosovares
albaneses não gostam da ideia. Além disso, era também a cidade natal de Josip
Broz Tito, o antigo presidente da Jugoslávia socialista, que sonhou alargar o
domínio da grande Sérvia a todos os Balcãs. Estes, aliás, são dois dos espinhos
que muito magoam a Sérvia e a impedem de reconhecer o estatuto do Kosovo como
Estado independente. </span><br />
<span style="font-family: Arial;"></span><span style="font-family: Arial;">Talvez por isso, foi
particularmente intensa a opressão que o exército e a polícia sérvia fizeram
nesta região aos kosovares albaneses, em anos idos. Contava ao viajante um amigo
que viveu aqui desde sempre que, em 1999, os sérvios ocuparam militarmente a
cidade com tal brutalidade que os kosovares albaneses, em êxodo, preferiram
abandonar a região e fugir para a Albânia – foi a época em que a NATO
bombardeou o Kosovo (e também Prizren), até que a Sérvia abandonou o
território. No regresso, os habitantes da zona encontraram verdadeiramente terra
queimada.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmUiMBJpeFfiNwI1Y3FGnzunC0flhl7oyUroSXwTLs-rXmOBoLtryVJMTymWw16eWdDcHQxq6gUg5sXcO_mmzccpqj07AeUegHzT9xvd4EEaOvKtxlUME4ZrIKVUe5HdTw_WWR/s1600/3+2012.04.18+alb%C3%A2nia+-+kosovo+073.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="232" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmUiMBJpeFfiNwI1Y3FGnzunC0flhl7oyUroSXwTLs-rXmOBoLtryVJMTymWw16eWdDcHQxq6gUg5sXcO_mmzccpqj07AeUegHzT9xvd4EEaOvKtxlUME4ZrIKVUe5HdTw_WWR/s400/3+2012.04.18+alb%C3%A2nia+-+kosovo+073.JPG" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Arial;">Arrumadas na memória e na
história e superadas todas estas questões, conseguiu o viajante ver em Prizren
uma cidade agitada, com muita gente a animar as ruas – sobretudo gente mais
nova. É também uma cidade de fusão de culturas: a estrutura da cidade é turca,
com casas baixas e lojas, como num bazar mas, quase ao lado umas das outras, há
igrejas ortodoxas, igrejas católicas e mesquitas. É talvez, dominante, a
indelével marca turca: há um grande número de mesquitas, com os característicos
minaretes em forma de lápis, seguindo o modelo turco. Conserva-se em lugar
muito central o edifícios dos banhos turcos, os banhos Gazi Mehmen Pasha.</span><br />
<span style="font-family: Arial;"></span><span style="font-family: Arial;">Gostou o viajante da
atmosfera da terra: ao longo do rio que a atravessa há ruas movimentadas, que
desembocam na mesquita Sinan Pasha, por sua vez fronteira de uma igreja
ortodoxa. É a praça Shadrvan, com um ambiente de alguma evocação histórica – a ela
confluem muitas ruas estreitas e pedonais, de piso empedrado. Há muitas casas
antigas, com madeiramentos ricos, em estilo turco. Misturadas com elas, lojas
modernaças, com néon e cores vivas, a procurar insistentemente alinhar pelo
chamado estilo ocidental.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpcrye71jEEwLLc354EmaGjrLg60dxfS_92Y0RUoFFBncUUEY5WcSploQ75V1vI0P5nbyBJgvtyXUdGlA8son7Vj2j1TOVWqFa2fDL-RKxAAs3EXn6EeCPElFN3yUxIMe_T3Np/s1600/4+2012.04.18+alb%C3%A2nia+-+kosovo+071.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpcrye71jEEwLLc354EmaGjrLg60dxfS_92Y0RUoFFBncUUEY5WcSploQ75V1vI0P5nbyBJgvtyXUdGlA8son7Vj2j1TOVWqFa2fDL-RKxAAs3EXn6EeCPElFN3yUxIMe_T3Np/s400/4+2012.04.18+alb%C3%A2nia+-+kosovo+071.JPG" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Claramente, Prizren foi o sítio mais interessante que o viajante encontrou no Kosovo. Fica a uma hora de carro de Pristina, por estradas que estão em melhoramento. Está mesmo em construção uma auto-estrada.</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13922298.post-5915033908826076662012-04-28T09:30:00.001+01:002012-04-28T09:30:12.333+01:00Apollonia, Albânia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3dLJdH2niCKL9hntUfq5oKhtkOh8MNaVkDLP2TOzqpZ7Ia1hSMQoyfhiFlZ687f9Z0E1QAMGreaAAIQAqeR-eDQ8SvObY_7qmUowxlu81-yLMYfVOdBUl2cznqXiWzVSBS2Yx/s1600/1+2012.04.15+alb%C3%A2nia+171.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="321" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3dLJdH2niCKL9hntUfq5oKhtkOh8MNaVkDLP2TOzqpZ7Ia1hSMQoyfhiFlZ687f9Z0E1QAMGreaAAIQAqeR-eDQ8SvObY_7qmUowxlu81-yLMYfVOdBUl2cznqXiWzVSBS2Yx/s640/1+2012.04.15+alb%C3%A2nia+171.JPG" width="640" /></a></div>
<span style="font-family: Arial;">Da Albânia trouxe o viajante
a impressão de ser o canto mais escondido e esquecido do Mediterrâneo. O país
ainda não recuperou dos quarenta e cinco anos de isolamento forçado, imposto
pelo regime comunista radical, que fechou as fronteiras e proibia os contactos
com o exterior. Apesar disso, desde os anos noventa que a Albânia desperta
dessa letargia, abrindo as portas ao mundo e recuperando a sua história. Ela
mesma, a história, foi também banida pelo regime comunista de Enver Hodxa, em
nome da construção de um país novo, livre de classes e dos espartilhos do
passado feudal e religioso. Em nome disso foram arrasadas igrejas, mesquitas e
outros edifícios de interesse histórico.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEGi7GjqrqJaCk3EblXae9Kpx60vMkgg0S5i7CdPJoqr4FuP0cBm-e5vHWme5ELit_w2hnvz1FV2tgKRMjO1x_jJUcsavZGTV6m3h7a2PytxGiTRxkEw4eNH_qRvBkIVstaWoC/s1600/2+2012.04.15+alb%C3%A2nia+158.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEGi7GjqrqJaCk3EblXae9Kpx60vMkgg0S5i7CdPJoqr4FuP0cBm-e5vHWme5ELit_w2hnvz1FV2tgKRMjO1x_jJUcsavZGTV6m3h7a2PytxGiTRxkEw4eNH_qRvBkIVstaWoC/s400/2+2012.04.15+alb%C3%A2nia+158.JPG" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Arial;">Não obstante, desde há muito
que, em vários pontos do território albanês, são conhecidos vestígios da
antiguidade e, em particular, da antiguidade clássica – o mar Adriático, que
banha as costas do sul da Albânia, foi intensamente colonizado por gregos e
romanos, que aqui construíram portos comerciais e cidades.</span><br />
<span style="font-family: Arial;"></span><span style="font-family: Arial;">Foi o caso de Apollonia, a
primeira cidade do mundo antigo a ser baptizado com o nome de Apolo: esta
colónia grega, fundada por emigrantes de Corinto, durante o século VII AC
naquela que então era a Ilíria, chegou a ter 60 mil habitantes. Nesse tempo era
inteiramente cercada por muralhas, que teriam quatro quilómetros de perímetro.
No início do primeiro milénio foi um grande centro da cultura romana –
tornou-se conhecida pela sua escola de filosofia. Aliás, por ela passou, no ano
45 AC, como estudante, Octávio, o imperador que mais tarde ficou conhecido como
César Augusto.</span><br />
<span style="font-family: Arial;"></span><span style="font-family: Arial;">Porém, a cidade veio a
sofrer vários terramotos, que a destruíram. Além disso, o assoreamento do rio
Vjosa, que antes disso lhe dava acesso ao mar, isolou-a e a cidade acabou por
declinar. Perdeu-se no tempo até vir a ser descoberta, no início do século XX
pelo arqueólogo francês Leon Rey, que realizou aqui escavações durante várias
décadas (foi impedido de continuar pelo regime comunista).</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9q-ipGg8V3_ksvIowcLbKUemKuCRgASnO5z6jZwNTyHllP-3JIE9j3SsoZ5XkkZ7GbGhyhKx8oFdcH54t78mJM373G6pjr60rvj_kUBp8N8QzlAX92k5NV-2fib6Y9AylYsZO/s1600/3+2012.04.15+alb%C3%A2nia+163.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9q-ipGg8V3_ksvIowcLbKUemKuCRgASnO5z6jZwNTyHllP-3JIE9j3SsoZ5XkkZ7GbGhyhKx8oFdcH54t78mJM373G6pjr60rvj_kUBp8N8QzlAX92k5NV-2fib6Y9AylYsZO/s400/3+2012.04.15+alb%C3%A2nia+163.JPG" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Na actualidade, Apollonia é a maior estação
arqueológica da Albânia. Dizem os guias que é um dos locais mais interessantes
para visitar, neste país que não é conhecido pelo seu interesse turístico. De
facto, achou o viajante muito interessante a visita a esta estância
arqueológica. Fez-lhe recordar imagens de locais históricos em filmes italianos
dos anos 50: nas ruínas, muitas pedras, concerteza interessantes, mas nada
organizadas nem identificadas; famílias faziam piqueniques nas ruínas, como
fariam num qualquer parque; um ou dois vendedores vendiam produtos locais (mel,
artesanato de madeira de oliveira), expostos em caixas de fruta, à entrada, um
funcionário de barba por fazer, bastante mal vestido, sem uniforme nem qualquer
elemento identificador, vendia bilhetes, que trazia no bolso das calças, ao
mesmo tempo que segurava um cigarro no canto da boca – a princípio, até julgou
o viajante tratar-se de uma qualquer vigaricezita</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7dpgS572FVRgVR6Ipn45arRjW4BLxUg48cxio-Ze9N0GyU6HXtOCBv7Cqg2F4uK2vJxAZByuxCs_N9gUByTqnmSpF30PsNUcmj3Lefgtg_qgC54RdnZJvqQW3ZSjtcNI2yayS/s1600/4+2012.04.15+alb%C3%A2nia+162.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="298" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7dpgS572FVRgVR6Ipn45arRjW4BLxUg48cxio-Ze9N0GyU6HXtOCBv7Cqg2F4uK2vJxAZByuxCs_N9gUByTqnmSpF30PsNUcmj3Lefgtg_qgC54RdnZJvqQW3ZSjtcNI2yayS/s400/4+2012.04.15+alb%C3%A2nia+162.JPG" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Arial;">Ultrapassada esta primeira
impressão, desfrutou o viajante da passagem por aqui. Impressionou-o o Odeon,
um pequeno teatro, originariamente grego, mas romanizado, com capacidade para
300 pessoas, que está bem recuperado. Mas também o impressionou a fachada
principal (a única sobrevivente) do Bouleuterion – a sede do Boulea, o antigo
Conselho Municipal de Apollonia. Julga-se que ambos os monumentos terão sido
construídos no século II. Ambos foram restaurados na última década. No recinto,
fica ainda o Museu de Apollonia, instalado num mosteiro ortodoxo, bizantino, do
século XI, que foi recuperado para o efeito.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhx-8hulwoNCVWWrBKtHlAPYfFTW1hjacjjQpjnoDQTFU9_1lGFLj4Xhrz7uzmIWUUKSZhbS3iTO_7jw5KD9amO-rsVQZAfMvFcvDXXbDXa4_jabXXOo_frFM9XDRh__v-lhvE_/s1600/5+2012.04.15+alb%C3%A2nia+152.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhx-8hulwoNCVWWrBKtHlAPYfFTW1hjacjjQpjnoDQTFU9_1lGFLj4Xhrz7uzmIWUUKSZhbS3iTO_7jw5KD9amO-rsVQZAfMvFcvDXXbDXa4_jabXXOo_frFM9XDRh__v-lhvE_/s400/5+2012.04.15+alb%C3%A2nia+152.JPG" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Arial;">O Parque Arqueológico de
Apollonia fica a cerca de 12 km de Fieri, 120 km a sul de Tirana, no centro da
Albânia. Cobre uma área de 750 hectares e foi criado em 2005. Está aberto todos
os dias, da 9 às 17 horas (nos meses de verão abre às 8 e encerra às 20 horas.
(<a href="http://www.apollonia.al/"><span style="color: blue;">www.apollonia.al</span></a>). O bilhete para todo
o recinto, incluído o museu, custa 300 lek albaneses – pouco mais de 2 euros. O
acesso não é fácil: não há transportes públicos e as estradas, desde Fieri, são
estreitas e esburacadas, por entre aldeias pobres e degradadas. Tal como em
toda a Albânia, as placas sinalizadoras escasseiam e torna-se necessário
perguntar o caminho. Em albanês, claro…</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBYlXaCZmHm4PY84Lb65odCIuxtjDBMkAmTeJPOSjPr0TlEKRAGVCEApeWiTFA1sYswNW9NS4M1SehvrPHV7Kaxng4itI2jHNsSSyoM8l2Dsx2Ah8TiS2icWFX7FCUGXDJdMzK/s1600/6+2012.04.15+alb%C3%A2nia+151.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="230" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBYlXaCZmHm4PY84Lb65odCIuxtjDBMkAmTeJPOSjPr0TlEKRAGVCEApeWiTFA1sYswNW9NS4M1SehvrPHV7Kaxng4itI2jHNsSSyoM8l2Dsx2Ah8TiS2icWFX7FCUGXDJdMzK/s400/6+2012.04.15+alb%C3%A2nia+151.JPG" width="400" /></a></div>
<span id="goog_231488645"></span><span id="goog_231488646"></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13922298.post-51828575497759859602012-04-11T01:11:00.000+01:002012-04-28T09:15:03.579+01:00Serra de Aire, Portugal<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiN3dicP71fzAcXKi6jt2c1nWOKMyvgCUNkBz7kV5_L-GxYve8GDMQPaZSe0miZfU450_1yUvT5CPCCGDDrCmV5QrOXiWrHvGkpr7qswqaW976vScE11Y5rK7VLvl4fPLzrUY8/s1600/dragao.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="308" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiN3dicP71fzAcXKi6jt2c1nWOKMyvgCUNkBz7kV5_L-GxYve8GDMQPaZSe0miZfU450_1yUvT5CPCCGDDrCmV5QrOXiWrHvGkpr7qswqaW976vScE11Y5rK7VLvl4fPLzrUY8/s640/dragao.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Arial;">A fotografia foi tirada na zona da Serra de Aire. E não é original nem única: já calhou o viajante ser surpreendido por elegantes moradias rurais em cuja frontaria pontificam dragões, irmanados com águias e leões. O que não tinha visto nunca – e aqui só com atenção depois reparou -, foi esta trindade de mascotes estar abençoada pela companhia, embora mais discreta, dos pastorinhos de Fátima.</span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13922298.post-59772579985515994462012-03-31T01:08:00.001+01:002012-03-31T01:08:00.703+01:00Praga e Bruxelas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxI1xQRdlTgJkyl2H6yhUGEy1q1dANK4PlTVXh17ilPVOxb7vUpffDHnqpp9qQsb-FHZvN72nHWyoN4Ij8P-oYLafZ0xOy485o8VMHHuoJzH9lklTPErTptjscal0mirJaBpxi/s1600/2009.06.15+rep+checa+050.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxI1xQRdlTgJkyl2H6yhUGEy1q1dANK4PlTVXh17ilPVOxb7vUpffDHnqpp9qQsb-FHZvN72nHWyoN4Ij8P-oYLafZ0xOy485o8VMHHuoJzH9lklTPErTptjscal0mirJaBpxi/s320/2009.06.15+rep+checa+050.jpg" width="320" /></a></div> <br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial;">Na bíblica Babel, cada um dos povos, falando a sua língua, entendia perfeitamente os outros. Interroga-se muito o viajante sobre as razões pelas quais, depois disso, as palavras entraram em deriva e se afastaram tanto umas das outras. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial;"></span><span style="font-family: Arial;">Sobretudo em países de língua de famílias muito diferentes da latina, tem o viajante sido surpreendido por palavras muito parecidas a congéneres portuguesas, mas que significam algo absolutamente diferente daquilo que representam em português. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial;"></span><span style="font-family: Arial;">Ocorriam-lhe estas ociosas lucubrações ao viajante, quando arrumava a fotografia acima, tirada em Praga, e a de baixo, em Bruxelas. Em ambos os casos ficou sem saber o que estará por detrás daquela grafia que tão familiarmente clara se lhe apresentou.<o:p></o:p></span></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjldC2Xz_po475GjOq9vf-LG4WNFkYeaWXXbUNbjgxJhtsn_dFtEsV1RCgV9yedbE4ESZHTUgd7LDzqgoyQSwOZtrS7vOC_2hdBpbJ0DtB6_B_PFAwhsHhXx9crt28uRqUlwTRY/s1600/2011.10.30+bru.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjldC2Xz_po475GjOq9vf-LG4WNFkYeaWXXbUNbjgxJhtsn_dFtEsV1RCgV9yedbE4ESZHTUgd7LDzqgoyQSwOZtrS7vOC_2hdBpbJ0DtB6_B_PFAwhsHhXx9crt28uRqUlwTRY/s320/2011.10.30+bru.JPG" width="320" /></a></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13922298.post-78923830661772260182012-03-20T23:32:00.000+00:002012-03-20T23:32:55.904+00:00Radisson Blu Royal Hotel, Copenhaga, Dinamarca<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0aM-rwr18DIJOK-vlmNlmwznP5WPaw5oo2es3Np5JP9-jCXn4MkgZZNndMwTcpujs3nqhZDpCEFEHY9ezAjf-9n7tC7fF-LKztfFJ_8rw0lZr16pJ5zWrwM46t8jOEYe4BpAU/s1600/1+2007.04+copenhaga+244.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img aea="true" border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0aM-rwr18DIJOK-vlmNlmwznP5WPaw5oo2es3Np5JP9-jCXn4MkgZZNndMwTcpujs3nqhZDpCEFEHY9ezAjf-9n7tC7fF-LKztfFJ_8rw0lZr16pJ5zWrwM46t8jOEYe4BpAU/s640/1+2007.04+copenhaga+244.jpg" width="640" /></a></div><span lang="PT" style="color: black; font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não tem o viajante deixado por aqui muitas referências a hotéis. A verdade é que não tem frequentado hotéis que mereçam menção especial. Ocorre, porém, destacar o Radisson Blu Royal Hotel, que já foi o <span class="datahora1"><span style="mso-ansi-font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Hotel SAS Royal, em Copenhaga. Não é que se destaque pelo serviço, que é bom, nem pelo conforto, que é de óptimo nível: em geral, tem a qualidade e ao mesmo tempo a simplicidade típicas dos hotéis nórdicos.</span></span></span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOx3zjPl5t17wDYuZ8ZZ2HqqPjgMl4oRYHThkQXTxRZdObAZNcCT4U2g-tLKsEmUa0ZCspOK5JjWsYPRnviv4yiWwVdBxvI4D-OJMf2cSRs1LqJYSNHLyxWjTYRpIy1gS_0D8N/s1600/2+2007.04+copenhaga+308.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img aea="true" border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOx3zjPl5t17wDYuZ8ZZ2HqqPjgMl4oRYHThkQXTxRZdObAZNcCT4U2g-tLKsEmUa0ZCspOK5JjWsYPRnviv4yiWwVdBxvI4D-OJMf2cSRs1LqJYSNHLyxWjTYRpIy1gS_0D8N/s320/2+2007.04+copenhaga+308.jpg" width="168" /></span></a></div><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Este hotel mereceu particular atenção do viajante porque se assumiu, desde que foi projectado, por Arne Jacobsen, como um emblema da tradição dinamarquesa de design. Foi desenhado em 1956 e inaugurado em 1960 e logo se tornou numa das obras emblemáticas de Jacobsen. É até considerado o primeiro hotel-design do mundo.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">De facto, tudo no edifício e no seu recheio foi meticulosamente desenhado de propósito para o hotel: além da fachada rectilínea, foram desenhadas por Jacobsen, desde as maçanetas das portas aos cinzeiros e desde as cadeiras até aos sabonetes de cortesia, que se disponibilizam na casa de banho.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1ZF9RVzkxTrk3mtSpp1IpU2ZDDBjX9et6VZokZPujN-ikxWusWkpa7y_PWYs4tlrUVD_JCdkkNeynfGTNjVxu4k_JxnIOtB1Qrf5JaCf4A9OzoN8k8REwl1Vhr7110EnrfEi5/s1600/3+2007.04+copenhaga+245.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img aea="true" border="0" height="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1ZF9RVzkxTrk3mtSpp1IpU2ZDDBjX9et6VZokZPujN-ikxWusWkpa7y_PWYs4tlrUVD_JCdkkNeynfGTNjVxu4k_JxnIOtB1Qrf5JaCf4A9OzoN8k8REwl1Vhr7110EnrfEi5/s400/3+2007.04+copenhaga+245.jpg" width="400" /></span></a></div><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> <span lang="PT" style="font-family: "Arial", "sans-serif";">Quanto às cadeiras, vieram a tornar-se num dos mais famosos ícones de Jacobsen e do design nórdico. As cadeiras Ovo e Cisne, ambas concebidas especialmente para o hotel, vieram mesmo a tornar-se verdadeiros ícones do design mundial. Assim aconteceu em particular com a cadeira Ovo, em forma oval, concebida para assegurar um ambiente privado num contexto normalmente agitado – esta peça foi especialmente idealizada para o lobby do hotel.</span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH88GXSerm3m23MJlc8FMeZBB4YExaJZHkqH5O5wXcQCnXRhECvitvQszdgCLKWYs8-9phfo8vihQSURKVP4N00xAkirv93lCEIhg9aaaml_RI30LgrNw4xOif_LVMAZk0A4HP/s1600/4+2007.04+copenhaga+029.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img aea="true" border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH88GXSerm3m23MJlc8FMeZBB4YExaJZHkqH5O5wXcQCnXRhECvitvQszdgCLKWYs8-9phfo8vihQSURKVP4N00xAkirv93lCEIhg9aaaml_RI30LgrNw4xOif_LVMAZk0A4HP/s400/4+2007.04+copenhaga+029.jpg" width="400" /></span></a></div><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Arne Jacobsen (nasceu em 1902 e morreu em 1971) é considerado o pai do design nórdico. Foi arquitecto, decorador de interiores e desenhador de móveis. Cultivou um estilo muito simples e linear, que pretendeu sempre combinar a função do móvel com sua forma. </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quanto ao edifício do Radisson Blu Royal Hotel, fica no centro de Copenhaga, na Hammerichsgade, nº1, mesmo em frente dos Jardins Tivoli e muito próximo da zona comercial da rua Stroget. Além disso, fica ao lado da estação central de comboios. Um quarto duplo pode custar 200 euros por noite, mas se for reservado com muita antecedência, na Internet, o preço pode ser muitíssimo mais convidativo.</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13922298.post-9866624286327607092012-03-18T01:29:00.000+00:002012-03-18T01:29:26.247+00:00Bruges, Bélgica<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVOyQhOcmGmskk4w5bDMj8P5O75a_fll-bu2BAjAfFA7I82dDl4HtIUSdbeY5yqdHvowQB3aL9uVN43EVdI5Y-RvINXxqmUrGsCpk3S4drj_Y-9SYwc3Jd_Xi7DGZDmbpJiGGX/s1600/1+2011.10.31+bruges+054.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVOyQhOcmGmskk4w5bDMj8P5O75a_fll-bu2BAjAfFA7I82dDl4HtIUSdbeY5yqdHvowQB3aL9uVN43EVdI5Y-RvINXxqmUrGsCpk3S4drj_Y-9SYwc3Jd_Xi7DGZDmbpJiGGX/s400/1+2011.10.31+bruges+054.JPG" width="400" /></a></div> <span style="font-family: Arial;">A Bruges, (ou<em> Brugge</em>, em flamengo, língua local), deve ir-se no inverno. Claro que o verão é sempre mais bonito, sobretudo em latitudes mais a norte: o tempo é melhor, os dias são maiores e a paisagem é mais verde e menos fria. Mas Bruges é impossível no verão: está inundada de turistas e transformada numa espécie de enorme parque temático. E é pena porque - sem qualquer reserva o assume o viajante -, Bruges é das mais bonitas cidades que visitou na Europa. Aliás, é classificada como património da humanidade, pela Unesco, desde 2000. Embora haja sempre, durante todo o ano, muitos turistas pelas ruas, Bruges é também consensualmente qualificada pelos guias como um dos melhores destinos da Europa.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEF88QYdJwdpYjnm4CIvxzHLEXmJh80yADDTsbAt7GSSTsvY_rLVFJAQBf1F34xsvDKSv1hN65lFHQ1MeBEWrwATuMKASL8JVynQNcb_-_Bfdgh_cRgC3h_JgGoEvMas19apcy/s1600/2+2011.10.31+bruges+102.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="346" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEF88QYdJwdpYjnm4CIvxzHLEXmJh80yADDTsbAt7GSSTsvY_rLVFJAQBf1F34xsvDKSv1hN65lFHQ1MeBEWrwATuMKASL8JVynQNcb_-_Bfdgh_cRgC3h_JgGoEvMas19apcy/s640/2+2011.10.31+bruges+102.JPG" width="640" /></a></div> <span style="font-family: Arial;">A melhor forma de chegar a Bruges vindo-se de Bruxelas, poiso normal na Bélgica, é o comboio. De Bruxelas, a viagem demora uma hora de comboio, a partir da estação central (Bruxelles Centrale). Há comboios de meia em meia hora e a viagem custa 11,80 €. É que, além do mais, é difícil estacionar nesta cidade antiga. E depois, Bruges é daquelas cidades onde tem que andar-se a pé.</span><br />
<span style="font-family: Arial;"></span><span style="font-family: Arial;">A denominação “Bruges” terá tido origem em “<em>bryggia</em>”, que em flamengo antigo designaria embarcadouro. Esta será uma história do século IX, numa cidade que alcançou o seu apogeu nos séculos XIV e XV, quando fazia parte do Ducado da Borgonha e se evidenciou como um centro de letras e artes. São dessa época dois dos grandes vultos da cidade: Jan van Eyck (1390-1441) e Hans Memling (1433-1494). Na verdade, Bruges, uma poderosa cidade mercantil (no século XIV era mesmo o centro mercantil mais importante da Europa) foi uma das cidades que mais marcou o carácter da Flandres, tal como ela se inscreveu na história.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmfc2W-5ZLi8hfFoJ59qsHOQbp6-Q6erkht7prvOPskBbHqBlLXsMhYykB4yHokz5nS6HgwYbU2jvH-vh0Bf8pDhTe2snZYtxie2xyXdNdyPU9qq18OLTylQPMbLOfrcDfSXfd/s1600/3+2011.10.31+bruges+084.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmfc2W-5ZLi8hfFoJ59qsHOQbp6-Q6erkht7prvOPskBbHqBlLXsMhYykB4yHokz5nS6HgwYbU2jvH-vh0Bf8pDhTe2snZYtxie2xyXdNdyPU9qq18OLTylQPMbLOfrcDfSXfd/s400/3+2011.10.31+bruges+084.JPG" width="400" /></a></div><span style="font-family: Arial;">O conjunto arquitectónico que ainda hoje subsiste da cidade antiga é muito harmonioso. É formado por uma enorme rede de ruas medievais, por vezes atravessadas por canais. A cidade é injustamente chamada de Veneza do Norte: merece muito mais que a comparação e esta menoriza-a, porque com Veneza apenas tem em comum ter canais – quanto ao resto, tem identidade muito própria.</span><br />
<span style="font-family: Arial;"></span><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">São visitas obrigatórias a praça do <em>Markt</em>, ou <em>Grote Markt</em> (centro nevrálgico da cidade, herdeiro do esplendor da cidade, do tempo em que o seu porto de mar era dos mais importantes do Mar do Norte – agora, há por aqui barracas onde se comem óptimas batatas fritas), os canais, o Museu Memling e a praça do <em>Burg</em>, coração histórico da cidade, recheado de ícones da arquitectura flamenga (destaque para a catedral do Santo Sangue, do século XII e para a catedral, do século XV). </span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfDHLfOXgqorg47QiEJAGDQesUmAicEewz3UYJZEZMISP9UG0Qr-b2sB-zpq1B3zC7pCG4G_VMnePa9jsRztAAnIoa-7z9xsSPhaK0yjuobYB8WFZrmG1nQcM56KN_yaCFzokX/s1600/4+2011.10.31+bruges+103.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfDHLfOXgqorg47QiEJAGDQesUmAicEewz3UYJZEZMISP9UG0Qr-b2sB-zpq1B3zC7pCG4G_VMnePa9jsRztAAnIoa-7z9xsSPhaK0yjuobYB8WFZrmG1nQcM56KN_yaCFzokX/s320/4+2011.10.31+bruges+103.JPG" width="237" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"> <span style="font-family: Arial;">O edifício mais alto de Bruges é o <em>Belfry</em>, campanário e símbolo burguês da cidade, que pretendeu, como noutras cidades flamengas, contrariar o protagonismo das catedrais – foi construído no século XIII e tem 88 metros de altura e carrilhão de sinos no topo.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: Arial;"></span><span style="font-family: Arial;">Tinha o viajante muita curiosidade pelo <em>Begijnhof</em>, ou <em>beatério</em>, uma tradição dos Países Baixos, com origem no século XIII e que viu já replicado noutras cidades da Flandres (Amesterdão, por exemplo) – este <em>Begijnhof</em> de Bruges foi fundado em 1245. Como os outros, era uma comunidade religiosa de mulheres que, apesar disso, não pertenciam especificamente a nenhuma ordem religiosa. Viviam em pequenas casas, umas junto das outras, num espaço fechado ao exterior. Nele encontrou o viajante uma espaço muito pacato. </span></div> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgh2iHrqIiE1OLvyV99Gj8LQpdo_eqa9izyAh2Pzgd4ZT0sDB3wRHkyOh4ug-XqIe0kA6p9SvGZ6yJcTi9ntbzZE0hPTI11Pon8PcTcOD0OiuTp-Zs29Ccv6OMJMC_cwG_34YX3/s1600/5+2011.10.31+bruges+139.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgh2iHrqIiE1OLvyV99Gj8LQpdo_eqa9izyAh2Pzgd4ZT0sDB3wRHkyOh4ug-XqIe0kA6p9SvGZ6yJcTi9ntbzZE0hPTI11Pon8PcTcOD0OiuTp-Zs29Ccv6OMJMC_cwG_34YX3/s640/5+2011.10.31+bruges+139.JPG" width="640" /></a><br />
<span style="font-family: Arial;">Dizem os guias turísticos que há em Bruges cerca de 80 cervejarias em muitas das quais se vende cerveja local, por vezes mesmo fabricada na casa. Reteve o viajante o Grand Café Belfort, onde se bebe a cerveja da casa (Brugs Belfort), de travo<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>intenso e rico, tradicional, ao estilo abadia. Mas mais reteve ainda as chocolatarias, que pululam pela cidade. Vendem chocolate artesanal, quer em formatos tradicionais, quem modelado nas mais diversas e criativas formas.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6xguqlLc1PLA15vqzJd2mzKuiYVraDz2WQM6-XKRsmEYLGAGuC5EF-xCYQ9ssdDWDM30Be2RBrzKIew7ylxXUCTUbvg6g3DEjxwA3Nn_E0xwu9SdFDELjhz6f5LryDdV8CJVB/s1600/6+2011.10.31+bruges+094.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6xguqlLc1PLA15vqzJd2mzKuiYVraDz2WQM6-XKRsmEYLGAGuC5EF-xCYQ9ssdDWDM30Be2RBrzKIew7ylxXUCTUbvg6g3DEjxwA3Nn_E0xwu9SdFDELjhz6f5LryDdV8CJVB/s400/6+2011.10.31+bruges+094.JPG" width="400" /></a></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13922298.post-25131457408741956022012-02-29T01:06:00.001+00:002012-02-29T01:06:00.397+00:00Madrid<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgw2S_sarP6_utnrfAIcVhf1e8M_rdDA1LlCYiPqy7PuHFGQBC__KEjzDbrWbV6nz37eWmTM2oliuVPaNLu0cZjg4zA2SRKSC1R9F0xUYh1Xzp4zTl8R8vJ4XPNWHcRgb5mvNa/s1600/2010.11.01+madrid+126.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgw2S_sarP6_utnrfAIcVhf1e8M_rdDA1LlCYiPqy7PuHFGQBC__KEjzDbrWbV6nz37eWmTM2oliuVPaNLu0cZjg4zA2SRKSC1R9F0xUYh1Xzp4zTl8R8vJ4XPNWHcRgb5mvNa/s320/2010.11.01+madrid+126.jpg" width="320" /></a></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial;">A língua é sempre uma das dificuldades da viagem. Ou um dos aliciantes; depende do local e das circunstâncias. Há povos e países que procuram entender os viajantes e fazer-se entender e outros a quem falta a boa vontade ou o jeito. Em Espanha, por exemplo, mais vale tentar falar a língua local. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial;"></span><span style="font-family: Arial;">Mas mesmo assim, desta vez, a da fotografia, no Metro de Madrid, teve o viajante alguma dificuldade em encontrar o sentido certo e evitar que se perdesse algo na tradução. Mas se não está em erro, nesta “papelera” era proibido deitar papéis.</span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13922298.post-64989793147316107612012-02-05T23:04:00.000+00:002012-02-05T23:04:20.906+00:00Parque Biológico de Gaia, Portugal<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTA3VywYzDr0y-XwYBe1asH2-IrWRUirW-KfbLDMUWyMS6edaRO5u5DN8su4F3wEzgDuPMvG9wvrUoPRGPC0hOfUG4n8DQUpe_amxhIpbe5Nwap9Ga-1pONs3VX59dRx8ns8Ny/s1600/1+2011.11.26+Porto+072.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="478" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTA3VywYzDr0y-XwYBe1asH2-IrWRUirW-KfbLDMUWyMS6edaRO5u5DN8su4F3wEzgDuPMvG9wvrUoPRGPC0hOfUG4n8DQUpe_amxhIpbe5Nwap9Ga-1pONs3VX59dRx8ns8Ny/s640/1+2011.11.26+Porto+072.JPG" width="640" /></a></div> <span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tem o viajante pouca apetência por jardins zoológicos, daqueles onde os animais estão enjaulados em gaiolas todas muito iguais, com a preocupação única de que os visitantes possam vê-los e assim juntá-los à sua colecção de cromos. Os zoológicos parecem ao viajante uma espécie de McDonald’s da natureza. Talvez por isso, teve uma agradável surpresa no Parque Biológico de Gaia, um espaço natural descontraído e criteriosamente desordenado, como a natureza.</span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfLOdYzyAY6IGp8TT5-1xsgCkcRnFvfGQ1-QqoTPsgDhOHpAAjKTdW-cf8oz98xFdvbJ4GmkF1R8gSjA7kvkfGc6EJi1irXNhGvEhUJH1acLbLRWDG3DHhP1PKEy6Cj5WZ-Bu-/s1600/2+2011.11.26+Porto+133.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfLOdYzyAY6IGp8TT5-1xsgCkcRnFvfGQ1-QqoTPsgDhOHpAAjKTdW-cf8oz98xFdvbJ4GmkF1R8gSjA7kvkfGc6EJi1irXNhGvEhUJH1acLbLRWDG3DHhP1PKEy6Cj5WZ-Bu-/s400/2+2011.11.26+Porto+133.JPG" width="400" /></span></a></div><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> <span style="font-family: Arial;">Não o fazia tão antigo o viajante, mas a sua origem remonta a 1981, quando a Câmara Municipal de Gaia comprou um primeiro pequeno terreno onde se instalaram os primeiros “equipamentos de educação ambiental”, que vieram a ter já o nome de parque biológico. Os primeiros visitantes surgiram em 1983. Actualmente, o parque estende-se por 35 hectares e emprega 120 pessoas. A ideia que lhe subjaz é muito mais ambiciosa que a de um mero zoológico: pretende, dentro de uma área de natureza, expor animais, dentro do seu ambiente próprio e com respeito pelas suas necessidades comportamentais. Por isso, pretende interpretar, mais que exibir, no contexto natural em que as espécies se inserem. Além da fauna, é também importante a vertente da flora, quer a selvagem, quer aquela que é explorada pela agricultura.</span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5L0VRB1GdfAJIN02PYJIRxOxWrQ-8upPsG3-r4Z_iixxSy0K3DaYiqVvMqwk4tQVY86qizH6iAFGEJ-XPtLG2Y-twTLQKX3W0XP9LwgbihzyYAl2jpBuXImrmJo18gNYNieY7/s1600/3+2011.11.26+Porto+108.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" height="298" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5L0VRB1GdfAJIN02PYJIRxOxWrQ-8upPsG3-r4Z_iixxSy0K3DaYiqVvMqwk4tQVY86qizH6iAFGEJ-XPtLG2Y-twTLQKX3W0XP9LwgbihzyYAl2jpBuXImrmJo18gNYNieY7/s400/3+2011.11.26+Porto+108.JPG" width="400" /></span></a></div><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> <span style="font-family: Arial;">O parque está organizado para que se faça um percurso pedestre de cerca de 3 km, ao longo dos quais se vão vendo espécies – animais e flora. E pelo meio, muita informação, em painéis espalhados pelo percurso. Além de ecossistemas selvagens, foram também mantidos ambientes humanizados, rurais – casas agrícolas e moinhos. O percurso está muito bem sinalizado e pedagogicamente orientado. Pode ainda visitar-se um Biorama, que é uma zona coberta, de exposição de interior, em que foram recriados habitats de outras zonas do globo, com plantas e animais vivos. No total, entre animais e plantas, anuncia o parque ter cerca de 700 espécies a viver aqui.</span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7s0mY3Xcqh62u7ZSaeMjhOcfQL-vJ3qXaYXUyqj9gsp2zEUijZutuNBsQsOjyALUeFwzOHO75anQMGhnezQQBnlb4HadBCxvFJHKr6k7l7_NCgafCFVGbv650JVPL4AM4hAUi/s1600/4+2011.11.26+Porto+142.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7s0mY3Xcqh62u7ZSaeMjhOcfQL-vJ3qXaYXUyqj9gsp2zEUijZutuNBsQsOjyALUeFwzOHO75anQMGhnezQQBnlb4HadBCxvFJHKr6k7l7_NCgafCFVGbv650JVPL4AM4hAUi/s400/4+2011.11.26+Porto+142.JPG" width="400" /></span></a></div><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> <span style="font-family: Arial;">Quanto às espécies de fauna, muito agradou ao viajante ver os animais no seu ambiente – em geral, é bicharada de por aqui, ou habituada ao nosso clima. Em particular, quanto às aves, achou o viajante simpática a ideia de, quanto a muitas delas, se proporcionarem condições para que nidifiquem e para que depois vão à sua vida voltando, se quiserem, na altura certa no próximo ano. Nestas condições, o parque acolhe cerca de 40 espécies – que acabam efectivamente por voltar. É, por outro lado, interessante perceber que nenhum dos animais que aqui vivem foi comprado (muitos, são animais apreendidos a caçadores ilegais ou a traficantes) e a que filosofia do parque passa por devolvê-los, sendo possível, à natureza.</span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiadxfgHYTQuo2eEIA4rZtGtJkfp_4qweFmc0yNLD4lvHp_mglLpN2-GUJ9mw3GOXdDT7x00h2aowXvXxLEby5Iz4QmL7MbPqdUGhvdDbOchJsFVYAGv32_Lploywn5BCccLGO/s1600/5+2011.11.26+Porto+070.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiadxfgHYTQuo2eEIA4rZtGtJkfp_4qweFmc0yNLD4lvHp_mglLpN2-GUJ9mw3GOXdDT7x00h2aowXvXxLEby5Iz4QmL7MbPqdUGhvdDbOchJsFVYAGv32_Lploywn5BCccLGO/s400/5+2011.11.26+Porto+070.JPG" width="400" /></span></a></div><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> <span style="font-family: Arial;">O parque está aberto todos os dias do ano, a partir das 10 horas. Fecha às 18 horas no inverno e às 19 no verão (20 horas, ao fim de semana). Dispõe de um bar, onde se podem fazer refeições ligeiras. Fica em Avintes, muito perto de Gaia e do Porto, a cerca de 1 km da Auto-estrada do Norte - saída Castelo de Paiva/Avintes.</span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhx6hKlCb4ME0-k07_wnjzqlXWOOcZgAAz-7GUsj7PfK8X-86EpAMWZOqaI2ytosasAbYkTwS8SaM_6y0Vmbfwcae9itCoT3kp4VERiFVeAiNzBPrxfztPVr_IXe99fWF2g2QZ4/s1600/6+2011.11.26+Porto+075.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="165" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhx6hKlCb4ME0-k07_wnjzqlXWOOcZgAAz-7GUsj7PfK8X-86EpAMWZOqaI2ytosasAbYkTwS8SaM_6y0Vmbfwcae9itCoT3kp4VERiFVeAiNzBPrxfztPVr_IXe99fWF2g2QZ4/s400/6+2011.11.26+Porto+075.JPG" width="400" /></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13922298.post-48742676853772735882012-02-03T00:09:00.001+00:002012-02-05T22:54:47.232+00:00Argentina<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUPcVLlRdKqWigJqMj8oyEjiMVnYCJQnc737UIbTjLghlDy-gLH31scVEGZlsjGgOH5ExrWeASeVllD0E5cPyw3-9BjRaT0W_jYlw8Gcyve-gGSQ0214tcQLtR18U4krimqot7/s1600/porto.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="198" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUPcVLlRdKqWigJqMj8oyEjiMVnYCJQnc737UIbTjLghlDy-gLH31scVEGZlsjGgOH5ExrWeASeVllD0E5cPyw3-9BjRaT0W_jYlw8Gcyve-gGSQ0214tcQLtR18U4krimqot7/s400/porto.JPG" width="400" /></a></div><span style="font-family: Arial;">O viajante já não é pessoa para se aborrecer com as contrariedades da jornada. Mas confessa que, se há coisas que o tiram do sério, são cartas de vinhos como esta, de um restaurante muito fancy em El Calafate, Patagónia.</span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13922298.post-76795620692092762652012-01-15T11:50:00.000+00:002012-01-15T11:50:00.106+00:00Rotorua, Nova Zelândia<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4tJZE8hf6gzEdOZ8JPHB5qcKiretW5C_J1z9W2nTujIFzeq1xlO3cBCvJkE6azvyjlukES5KQRxigIZ4h13If0uQbcHm0k-pmbrLdTm7E3tjdQAkF3w3lQy7AEmjye0URazpp/s1600/1+2011.08.20+nova+zel%25C3%25A2ndia+116.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="296" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4tJZE8hf6gzEdOZ8JPHB5qcKiretW5C_J1z9W2nTujIFzeq1xlO3cBCvJkE6azvyjlukES5KQRxigIZ4h13If0uQbcHm0k-pmbrLdTm7E3tjdQAkF3w3lQy7AEmjye0URazpp/s400/1+2011.08.20+nova+zel%25C3%25A2ndia+116.JPG" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Arial;">Tem o viajante alguma curiosidade por cidades termais, que tem visitado aqui e ali. Mas poucas o surpreenderam tanto como Rotorua, cidade que se arroga o título de capital termal da Nova Zelândia. Fica na Ilha Norte, a maior e mais povoada das ilhas do país dos kiwis, a um pouco mais de 200 quilómetros de Auckland.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Arial;"></span><span style="font-family: Arial;">Surpreendeu o viajante a quantidade de nascentes termais. Na verdade, a cidade está construída na beira de um lago (o Lago de Rotorua), que mais não é do que a cratera extinta de um antigo vulcão. Por isso, em qualquer lugar em que se abra um buraco no chão, nasce água quente, borbulhante. Aliás, espontaneamente, todos os dias nascem novas fontes de água quente, com grandes teores de bicarbonato e de sílica.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6OKu0DG_V4-44kU2XZ83BsC7r5w2MW5SQSLKg18jfuXfqUU9aRCSCuMBdGJpnzazGJgjrAH4h2uQX7Qn2OvZQLTzDTzfXyeIJzF5AZaNPFLiTNs2JransgeNsCuojcIAMxpEq/s1600/2+2011.08.20+nova+zel%25C3%25A2ndia+093.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6OKu0DG_V4-44kU2XZ83BsC7r5w2MW5SQSLKg18jfuXfqUU9aRCSCuMBdGJpnzazGJgjrAH4h2uQX7Qn2OvZQLTzDTzfXyeIJzF5AZaNPFLiTNs2JransgeNsCuojcIAMxpEq/s400/2+2011.08.20+nova+zel%25C3%25A2ndia+093.JPG" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Arial;">Há nascentes termais por toda a cidade, mas na zona conhecida como campo termal (o Kuirau Park) há dúzias delas! Na prática, são buracos no chão – alguns deles, com dezenas de metros de diâmetro, que formam fumarolas e piscinas naturais de água borbulhante. Chegou o viajante a Rotorua numa manhã fresca de inverno e o espectáculo foi impressionante: o vapor da água quente que se formava no ar frio dava à terra – em particular às nascentes –, um ar místico, de outro mundo.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKDsa4qq4kyW8mJbNYfe2gYESxG3HKUhrFCEBoz67eMbqmq5rMmOcajLLJSpcARSjevs1VmAHd4f4pbgb6m5cwlyuM50IaqB7fIFMaJMNpDHNnmS3-jxByHTeEENxARtopXsuW/s1600/3+2011.08.20+nova+zel%25C3%25A2ndia+135.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="198" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKDsa4qq4kyW8mJbNYfe2gYESxG3HKUhrFCEBoz67eMbqmq5rMmOcajLLJSpcARSjevs1VmAHd4f4pbgb6m5cwlyuM50IaqB7fIFMaJMNpDHNnmS3-jxByHTeEENxARtopXsuW/s400/3+2011.08.20+nova+zel%25C3%25A2ndia+135.JPG" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Arial;">Há outras nascentes termais, nas redondezas, estão em geral associadas a géisers. Próximo, fica o parque termal de Whakarewarewa, onde é possível ver um temperamental géiser, cuja erupção acontece 10 a 25 vezes por dia. Muito mais certinho é um famoso, na zona, Geyser Lady Knox, um pouco mais distante da cidade, cujo jorro chega a 20 metros de altura e cuja erupção acontece todos os dias às 10:15 minutos. Em ponto!</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgm-3s2HPhRu0KwFKSys6ixtsmC469rsqXSF70Xe00AeJeFHvfVWMAYSafa2ONpUtLd-q2YgqQ9Vc59-M7wW-SWULd8f7BYM-woxxjoGaHIiIYDYQJslyi2lKqTAWMC1G0c3WRe/s1600/4+2011.08.20+nova+zel%25C3%25A2ndia+145.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="392" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgm-3s2HPhRu0KwFKSys6ixtsmC469rsqXSF70Xe00AeJeFHvfVWMAYSafa2ONpUtLd-q2YgqQ9Vc59-M7wW-SWULd8f7BYM-woxxjoGaHIiIYDYQJslyi2lKqTAWMC1G0c3WRe/s640/4+2011.08.20+nova+zel%25C3%25A2ndia+145.JPG" width="640" /></a></div>
<span style="font-family: Arial;">A zona tornou-se um destino termal a partir do fim do século XIX, acompanhando e copiado o modelo termal da Europa na época. Foi para o efeito construída uma casa para banhos, promenades, um coreto, uma casa de chá e as fontes termais foram rodeadas de jardins. Já em 1908 foi construída um enorme palacete, para casa de banhos, nos Government Gardens. Esse palacete eduardiano ainda existe, mas está agora remodelado como museu. Mais tarde, em 1931, foi aberto um novo complexo de banhos, com piscinas. Este complexo (o Blue Baths Complex) tinha não apenas em vista permitir o uso da água termal como tratamento, mas sobretudo possibilitar banhos de laser. O edifício está também remodelado e funciona com a sua missão original, como piscina de charme. </span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirp0mdmLOAwaPrjS7qUpjQF9yIWlwOpmFh5mzP9CI5b9eYvNIz7EIRlkgIz_g8T9AxkXBQBa77wpMjfGq55LXdMX53yJ2n9mAiqorHy9FeCpPHB47z5_RGxyZu1A1eyfcudrGv/s1600/5+2011.08.20+nova+zel%25C3%25A2ndia+117.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="324" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirp0mdmLOAwaPrjS7qUpjQF9yIWlwOpmFh5mzP9CI5b9eYvNIz7EIRlkgIz_g8T9AxkXBQBa77wpMjfGq55LXdMX53yJ2n9mAiqorHy9FeCpPHB47z5_RGxyZu1A1eyfcudrGv/s640/5+2011.08.20+nova+zel%25C3%25A2ndia+117.JPG" width="640" /></a></div>
<span style="font-family: Arial;">Sentiu o viajante que Rotorua é um bom destino de férias de verão, já que podem desenvolver-se aqui imensas actividades de ar livre, de montanha e de lago. Mas é também conhecida por ser uma das regiões da Nova Zelândia onde melhor sobrevive a cultura maori. Um terço dos habitantes da região são de origem maori<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>- em toda a Nova Zelândia não são mais de 15 por cento. Viu o viajante algumas casas comunais maori, de reunião dos chefes de família, embora lhe parecessem muito modernas. São edifícios simples, que parecem tendas canadianas. Os seus elementos decorativos principais são as esculturas em madeira, que em geral representam os símbolos dos antepassados da tribo a que pertencem os ramos da família dona da casa.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTdud6nG4oOHJwVP9TkNZ7oq2SzBlAkyp_Jk8angbTUv0u-4-sanHZ4jomwyHojsz4XW1Q0V2hcpls26Li4puVskRRmzyBkk1oAvOKeXGCi8ZKEKqU1fNgnS1TxW9ecXggUvaP/s1600/2011.08.20+nova+zel%25C3%25A2ndia+131.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTdud6nG4oOHJwVP9TkNZ7oq2SzBlAkyp_Jk8angbTUv0u-4-sanHZ4jomwyHojsz4XW1Q0V2hcpls26Li4puVskRRmzyBkk1oAvOKeXGCi8ZKEKqU1fNgnS1TxW9ecXggUvaP/s400/2011.08.20+nova+zel%25C3%25A2ndia+131.JPG" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Arial;">De tudo ficou a impressão de uma Nova Zelândia profunda, alheia aos clichés dos fiordes e das montanhas nevadas, mas muito autêntica, na assunção da herança da colonização britânica, mas também na recuperação da quase extinta cultura dos maori, o primeiro povo que chegou às ilhas.</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-13922298.post-21159505575142242472012-01-04T00:30:00.025+00:002012-01-04T00:30:00.412+00:00Varsóvia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtIbZff9UeDZog2xd8BaMHnlWidMNvjXJ9EcsaCws-RmOwnfK9QrpfffczHRj7Sv_upEGJIbEXVpdzyTp-9tNi4iwFhmSJy7PtlxvI8gOHpQC8wkQCqq_fIK4rmuBi_EYT1ws9/s1600/1+2011.10.24+vars%25C3%25B3via+120.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="388" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtIbZff9UeDZog2xd8BaMHnlWidMNvjXJ9EcsaCws-RmOwnfK9QrpfffczHRj7Sv_upEGJIbEXVpdzyTp-9tNi4iwFhmSJy7PtlxvI8gOHpQC8wkQCqq_fIK4rmuBi_EYT1ws9/s640/1+2011.10.24+vars%25C3%25B3via+120.JPG" width="640" /></a></div><span style="font-family: Arial;">É uma cidade de contrastes: convivem o antigo e o moderno, o muito comum e profundo sentimento religioso com as manifestações mais fúteis e materialistas do mundo actual, a herança comunista com os modernos edifícios de hotéis e bancos internacionais. Porém, são contrastes pacíficos, que coexistem tranquilamente, enquanto o país progride e se desenvolve a uma enorme velocidade. Bom exemplo é o antigo edifício do Partido Comunista polaco, no <em>Rondo De Ga</em>ulle’a (cruzamento da <em>Nowy Swiat</em> com a avenida <em>Jerozolimskie</em>: depois da queda do regime comunista, o edifício ficou abandonado; veio a ser utilizado para sede da Bolsa de Valores (vade retro comunismo…) e depois passou a edifício de escritórios, ocupado com bancos e sociedades financeiras; no rés do chão abriram entretanto lojas de artigos de luxo (o stand Ferrari, por exemplo).</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEy2tkOTxDLyFeNZr8O0Gq0P_nkbpF7llv0x1HR4jal2VPyGsps1yp3uI4YovONy2SAq_XKP_5GHFunLqflF9QVKicDmPIuPI2WzHklvMNHFZVM3irXRAiRoOsU-qEBAaggFGT/s1600/2+2011.10.24+vars%25C3%25B3via+146.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="288" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEy2tkOTxDLyFeNZr8O0Gq0P_nkbpF7llv0x1HR4jal2VPyGsps1yp3uI4YovONy2SAq_XKP_5GHFunLqflF9QVKicDmPIuPI2WzHklvMNHFZVM3irXRAiRoOsU-qEBAaggFGT/s400/2+2011.10.24+vars%25C3%25B3via+146.JPG" width="400" /></a></div> <span style="font-family: Arial;">O contraste é também grande entre as largas avenidas, ladeadas ainda em muito grande número por velhos e degradados prédios em estilo estalinista (cada vez mais substituídos por edifícios modernos, em vidro e aço) e as ruas mais estreitas da zona antiga, onde se sucedem os palacetes, palácios, edifícios nobres e igrejas. Nas zonas modernas, do centro, as distâncias são muito grandes e, mesmo sendo o viajante convicto caminhante, tornou-se necessário andar de transportes públicos. Pelo contrário, na cidade antiga, as distâncias são curtas, há zonas pedonais e é muito agradável passear.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhp9HLwV9aDZ8Iv1fwaf29NB8qTHjNCG6GtUtlLHrcctQzmVlier0Rk7GRlSVRBKwHxjxQ-KGb8PVoTJny_MH0j5-TNp6tctlFijc9cPzmebBT5XmtSTSa7vO6UHQAcHC9E1dP-/s1600/3+2011.10.24+vars%25C3%25B3via+077.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="276" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhp9HLwV9aDZ8Iv1fwaf29NB8qTHjNCG6GtUtlLHrcctQzmVlier0Rk7GRlSVRBKwHxjxQ-KGb8PVoTJny_MH0j5-TNp6tctlFijc9cPzmebBT5XmtSTSa7vO6UHQAcHC9E1dP-/s400/3+2011.10.24+vars%25C3%25B3via+077.JPG" width="400" /></a></div> <span style="font-family: Arial;">Calhou o viajante passar em Varsóvia com sol e a cidade revelou cores lindíssimas, nas fachadas maioritariamente barrocas dos bairros antigos. Trouxe na memória os magníficos palácios reconstruídos na segunda metade do século XX. Diz-se que 80 a 90 por cento de Varsóvia foi destruída no decurso da Segunda Guerra Mundial, sendo o núcleo antigo do centro reconstruído com o auxílio de pinturas e gravuras antigas. Viu o viajante na rua, em zonas mais turísticas, reproduções de detalhados óleo de <em>Canaletto</em> (<em>Giovanni Canal</em>, o pintor veneziano do século XVIII que se tornou famoso pelos pinturas representando Veneza).</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz5wLKyXhVGAhKrdPUHQZWoeT2VWp9Wy7i6jni8VoBxBVLYnX4F-gSkq8K70n-JeU1Bud0f7f5NxGfe2_UcpXbiQgHT8E4zvAAoOu_L0NhHCPOxDGS2ZYtmb-pOPkh4r6hOxmm/s1600/4+2011.10.24+vars%25C3%25B3via+064.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz5wLKyXhVGAhKrdPUHQZWoeT2VWp9Wy7i6jni8VoBxBVLYnX4F-gSkq8K70n-JeU1Bud0f7f5NxGfe2_UcpXbiQgHT8E4zvAAoOu_L0NhHCPOxDGS2ZYtmb-pOPkh4r6hOxmm/s400/4+2011.10.24+vars%25C3%25B3via+064.JPG" width="400" /></a></div> <span style="font-family: Arial;">Não obstante, Varsóvia é actualmente uma cidade moderna, que vive menos do passado do que para o futuro. No presente, prepara-se o campeonato Europeu de futebol, do verão de 2012. Não obstante, sentiu o viajante que o Solidariedade (“<em>Solidarnosc</em>”), o antigo sindicato que, a partir de 1980 inspirou as movimentações sociais que culminariam com a queda do regime comunista, ainda está na memória de todos. Aliás, o seu logótipo inspirou directamente o símbolo da presidência polaca da União Europeia, que agora terminou.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3fy8vBZh-amBXassDlJGNZq7e96F1WxvCcZkTDnwW_dWFBV0HJpk7w-bBfuCdceUpaFr5Swf71ShgXoFluyHUh5g00uVL0bxsURcy7CGmglItNKwZL2o9hEPaxmn5Zns4Bh7K/s1600/5+2011.10.24+vars%25C3%25B3via+122.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="220" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3fy8vBZh-amBXassDlJGNZq7e96F1WxvCcZkTDnwW_dWFBV0HJpk7w-bBfuCdceUpaFr5Swf71ShgXoFluyHUh5g00uVL0bxsURcy7CGmglItNKwZL2o9hEPaxmn5Zns4Bh7K/s400/5+2011.10.24+vars%25C3%25B3via+122.JPG" width="400" /></a></div>Unknownnoreply@blogger.com0