Panteão Nacional – Igreja de Santa Engrácia, Lisboa


A magnífica igreja (para Reynaldo dos Santos o grande monumento barroco de Lisboa) que actualmente existe é a terceira que foi construída no mesmo local, depois das duas anteriores ruírem.
A primeira pedra deste enorme templo foi lançada em 1682, impulsionada por uma irmandade de fidalgos, dos melhores do reino (a Irmandade dos Escravos do Santíssimo Sacramento) que nunca teve rendimentos próprios e por isso atravessou sérias dificuldades para ir desenvolvendo a obra. Trinta anos depois do início, morreu o arquitecto autor do projecto (um tal João Antunes) e a abóbada ainda não estava fechada, tendo as obras parado. Mais de 150 anos depois, quando as ordens e confrarias religiosas foram extintas, em 1834, a igreja ainda não estava acabada e veio a servir de depósito de material militar.


Apesar disso, a igreja veio a ser declarada Monumento Nacional, em 1910. Já na República foi decido convertê-la em Panteão Nacional. Veio a ser inaugurada, como tal, em 1966. É bem adequada a expressão vulgar “obras de santa Engrácia”, aplicável a qualquer processo desmesuradamente demorado.

À parte isso, a visita do Panteão é emocionante, pela grandiosidade e magnificência do edifício. A meio do dia, quando o sol começa a descer e atravessa as entradas de luz da fachada, a cor do interior explode em variações muito harmoniosas. Vale então a pena subir ao coro alto, para ver o conjunto. E vale também a pena continuar a subida, até ao zimbório, e daqui sair para o terraço exterior, de onde a dimensão do edifício se projecta na paisagem de Lisboa.
A entrada custa 2€, mas é gratuita para crianças. É também gratuita para todos aos domingos e feriados, durante a manhã.

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