Bodegas Barbadillo, San Lucar de Barrameda, Cadiz

Viagens e vinhos são dois temas na moda: viaja-se e aproveita-se para provar os vinhos da região; ou então, procuram-se provas de vinhos e aproveita-se para viajar e conhecer a região. Promete o viajante voltar ao tema, puro e duro, com notas mais substanciais. Ficam agora estas, que não se querem perder.
Na Andaluzia reproduzem-se todos os mais conhecidos ícones de Espanha: touros, guitarras e o flamenco, os pátios frescos e floridos e, claro, o vinho. Que ainda por cima, nesta zona, é verdadeiramente señorito: tem um forte carácter e é seco. Está agora o viajante a pensar no vinho feito da casta palomino fino, que dá origem a um branco de aperitivo, que deve beber-se gelado: a manzanilla de Sanlúcar.
O solo calcário da região, a que chamam albariza – é permeável à água, que armazena na altura das poucas chuvas e depois alimenta as vides. Por outro lado, ao ser quase branca, a albariza sofre menos evaporação – o sol aquece menos a terra que assim acumula mais a humidade – sobretudo o orvalho que todo o ano a proximidade do mar faz formar.
Além disso, ainda provoca um melhor amadurecimento das uvas, porque o branco do solo reflecte a luz solar, amadurando também os cachos escondidos da luz directa pela folhagem.


A manzanilla é o único vinho do mundo que tem um nome feminino. É mais seco, leve e delicado que o restante vinho de Jerez. Provou-o o viajante – e depois bebeu-o abundantemente -, em Sanlucar de Barrameda, junto da foz do Guadalquivir, na Andaluzia, nas Bodegas Barbadillo, que têm visitas para o público.

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