Cristo Redentor, Rio de Janeiro

É desde há muito o local mais emblemático da cidade e talvez mesmo do Brasil. É daqueles objectivos incontornáveis no percurso de qualquer viajante e também no dos turistas. Mais ainda desde que foi declarado pelo marketing uma das maravilhas do mundo moderno.

Enquanto monumento é muito simples: trata-se de uma colossal estátua pétrea de quase 40 metros de altura (a altura de um edifício de 13 andares). De resto, à sua volta há varandas em betão, sobre a cidade, onde se apinham sempre centenas de visitantes. É, aliás, a paisagem quem preenche a maior fatia da visita e assume o atractivo principal. Daqui, a mais de 700 metros de altitude, de costas voltadas para matas e rochedos impenetráveis do parque da Tijuca, vê-se a maior parte do Rio de Janeiro.
Lá do alto, há quem apele à mística tradicional da figura e para o seu significado protector e abençoador dos fiéis brasileiros. Mas não o conseguiu o viajante. Aquilo que lhe ocorreu foi que este Cristo Redentor, visível de todos os bairros desta metrópole é a única realidade comum a todos os mundos que sem se tocarem circulam lá em baixo, entre o luxo e a riqueza de Ipanema e as vidas miseráveis da Favela da Rocinha, ou entre a violência e a insegurança das rodovias e o doce amasso de Copacabana.


O projecto do monumento foi desenhado pelo engenheiro brasileiro Heitor da Silva Costa e a estátua foi concebida pelo escultor francês Paul Landowski, em estilo art déco. Foi inaugurado em 1931.
A visita não é das mais fáceis. Pode optar-se por subir no “bondinho”. Para este teleférico, esperem-se filas. Em dias de afluência podem demorar mais de uma hora. A alternativa é subir a encosta por estradas más, em táxis especialmente credenciados, mas nem por isso mais fiáveis. Custará mais caro (a preços de 2007, 40R$ por pessoa), mas a visita será muito mais rápida.

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