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A mostrar mensagens de março, 2008

Mosteiro de Gracanica, Kosovo

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Vivem-se dias conturbados no jovem país. As comunidades étnicas e religiosas não se entendem. As igrejas ortodoxas de Pristina foram abandonadas e depois devastadas e pilhadas. A norte, nos enclaves sérvios, as mesquitas estão policiadas e cercadas por arame farpado. As comunidades sérvias foram transferidas da capital para subúrbios rurais, onde tinham algum apoio em comunidades locais. Tudo transpira conflito, deixando os nervos à flor da pele. O viajante não passou tranquilo pelos arrabaldes de Pristina, quando foi visitar o Mosteiro ortodoxo de Gracanica. É um tempo cristão que está no activo, servindo para culto, localizado numa comunidade sérvia a uma dúzia de quilómetros a sul da capital do Kosovo. Fez o viajante este percurso de 15 minutos em táxi, a partir de Pristina, conduzido por um albanês muçulmano, que rapidamente cobrou 5 € e retirou do local. A estrada era fraca, muito fraca, irregular e de mau piso. Junto dela, ao longo dela, muitas casas inacabadas e muitas outras

Portugal dos Pequenitos, Coimbra

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Para quem foi criança há 30 anos, o Portugal dos Pequenitos era uma referência de visita em família. Na era dos grandes atracções franchisadas por todo o globo, pelas grandes companhias de entretenimento, a popularidade deste específico local de Coimbra caiu a pique. Por curiosidade, anotou recentemente o viajante a curiosa tradução inglesa do sítio, nos guias: “ Portugal for the little ones ”. Esta espécie de parque temático foi inaugurada em 1940. A iniciativa da sua realização foi do médico Bissaya Barreto e o projecto do arquitecto Cassiano Branco. No recinto estão representadas em miniatura três realidades diferentes: num primeiro ambiente, estão representados ícones das antigas colónias ultramarinas portuguesas; noutro, estão reproduzidos, em miniatura, os mais significativos monumentos históricos portugueses; na última parte, foram construídas casas representando a arquitectura regional de cada uma das regiões portuguesas. Tudo muito puro e singelo. Com a benção do Estado Novo

Parque Nacional de Königsee, Alpes Alemães

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A zona faz parte do Parque Nacional Berchtesgaden, nos Alpes. Descobriu-a o viajante em passagem pela ponta sueste da Alemanha, muito próximo de Salzburgo, na Áustria. Königssee, o lago, é comprido e estreito e está ladeado de montanhas muito altas, algumas das quais chegam próximo dos três mil metros. A zona envolvente do lago, por ser muito escarpada, não permite qualquer acesso rodoviário. Apenas tem acesso pelo lago, em carreiras de barco, que por sua vez dão acesso a trilhos pedestres. Aquilo que por aqui se faz, portanto, será sobretudo passear a pé, subindo as escarpadas margens ou explorando as pequenas povoações aninhadas num ou outro local mais plano. É particularmente procurada a pitoresca St. Bartholoma. Deixou-se seduzir o viajante pelo ambiente romântico, quase intemporal, a fazer recordar os mais recentes livros do Tintim, passados em zonas montanhosas. Há grande restrição à circulação de carros e os barcos são dos tradicionais modelos, de madeira envernizada. Os hotéi

Reales Alcazares de Sevilha, Espanha

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Dizem, os locais, que este é o mais antigo palácio real da Europa, ainda em uso. Ao que parece, a família real espanhola ainda se aloja neste histórico conjunto de edifícios quando visita Sevilha. E a sua origem é anterior à ocupação cristã da cidade, porque remonta ao tempo do califado de Córdova, cujos representantes aqui moravam. O nome original do local é Al-Qsar-al-Mubarak, alcácer da bendição de Al-Mutamid, último rei de Sevilha. Deste monarca se diz ter sido um poeta que, apaixonado por uma florista, fez plantar de amendoeiras as encostas de Córdoba, para que a sua amada não sentisse falta dos montanhosos cumes nevados de Granada. Os Reales Alcazares são um labirinto de palácios e jardins, que foram sendo edificados ao longo dos tempos, sobretudo entre os séculos IX e XIV, com estilos diferenciados, consoante a época em que foram construídos. Predomina o gosto arabizante e muçulmano. Porém, o conjunto é muito exuberante, com mistura de estilos islâmicos e hispânicos-cristãos.

Ponte 25 de Abril, Lisboa

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16 de Março de 2008, 10 horas e 30 minutos. Tem o viajante alguma dificuldade em descrever o que o leva, ano após ano, a correr a mini-maratona da Ponte. Pode ser a vontade de fazer exercício. Pode ser a festa. Pode ser o espectáculo. Será da aventura? Ou da possibilidade – única – de poder ver a cidade, lá do alto, com a tranquilidade e a perspectiva que a passagem de carro normalmente não dão? Em 2008 percorreram a ponte 30 mil pessoas, que esgotaram o número máximo de inscrições permitido. Galraram o seu tabuleiro metálico de 2.300 metros e as vias de acesso rodoviário a partir de Alcântara, segundo depois para o Mosteiro dos Jerónimos. Poucos terão recordado a construção da ponte, então uma das maiores do mundo, entre 1962 e 1966. E ainda menos recordarão a inauguração, com o nome Ponte Salazar, a 6 de Agosto de 1966, pelo então Presidente da República, Almirante Américo Tomás.

Estação de Atocha, Madrid

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Em memória das vítimas 11 de Março de 2004: 191 mortos 1841 feridos.

Restaurante D.O.C., Douro

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O viajante não é muito frequentador de restaurantes gourmet . Não é que não gostasse, mas na estrada o orçamento recomenda refeições em locais mais abordáveis. Não obstante, tem o viajante por vezes que reconhecer a sua agradável surpresa e o gosto que tem ao experimentar parar em locais supostamente mais caros. Foi isso que aconteceu no D.O.C.. DOC, é para os enófilos o acrónimo tradicionalmente usado para Denominação de Origem Certificada. Neste caso, embarca como Degustação de Origem Certificada. Este D.O.C. é nome de um bar e restaurante aberto desde Abril de 2007, por iniciativa do chefe Rui Paula e do seu irmão Pedro Cardoso. Chegando já fora de horas, em cima das 22h30m, foi ainda permitido ao viajante jantar com calma. Tenha-se em conta que isto aconteceu na pacata região duriense. De entrada, foi servida uma terrina de foie-gras , com tostas de centeio e doce de noz. Depois, seguiu um bacalhau com migas de milho de bacalhau e batatinhas no forno. Culminou a refeição numas

Torre de Oro, Sevilha

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Por aqui, nesta zona andou Cipião, o general romano que ficou conhecido por o Africano. Mas só muitos séculos depois (no século XII) foi construída aquela que veio a ser revestida a azulejos dourados e por isso a ser conhecida por torre de ouro . A sua função original era a de ser mais um dos torreões que compunham a muralha da Sevilha. Tem a originalidade de ter doze faces. Actualmente alberga o Museu Naval da cidade. Fica nas margens do rio Guadalquivir e é uma visita incontornável. O seu contorno exterior, de jardim fluvial, oferece, em regra, bom ambiente para passeio ao fim da tarde.Ficou o viajante maravilhado com a cor do pôr do sol numa tarde de Outubro.