Castelo de Aguiar, Trás-os-Montes

Com o desenvolvimento das vilas e das cidades, no fim da Idade Média, os castelos roqueiros, outrora poderosos pelo controlo territorial que asseguravam, perderam importância. Foram sendo todos abandonados. Foi isso que aconteceu ao castelo de Aguiar, implantado numa mole caótica de granito, sobranceira ao vale de Aguiar. Actualmente, restam apenas ruínas do que parece ter sido uma alcáçova fortificadíssima e inexpugnável.
Diz-se ter sido um castro, talvez romanizado. Não longe daqui os romanos estabeleceram-se e exploraram as minas de ouro de Jales. Depois, quando os leoneses reconquistaram esta zona, o castelo terá sido construído sobre as ruínas do castro. Foi propriedade da casa real, até que D. João I o doou a um tal D.João Beça, que com ele combateu em Aljubarrota. Este último vem referenciado na qualidade de morgado do lugar por Aquilino Ribeiro, em “A Casa Grande de Romarigães”.
O castelo de Aguiar está localizado nos contrafortes da Serra do Alvão, junto da aldeia de Castelo, na freguesia de Telões, Vila Pouca de Aguiar. Fica 5 quilómetros a leste da Estrada Nacional 2, sempre por estrada asfaltada. A partir da A24, fica a cerca de 10 quilómetros, devendo sair-se na saída de Vila Pouca de Aguiar.
A visita ao castelo supõe deixar o carro a algumas centenas de metros e seguir por veredas estreitas e túneis naturais, formados pela vegetação e pelas rochas. Há escadas metálicas colocadas para facilitar a visita mas, mesmo assim, o acesso não é para todos. Vale a aventura e a silenciosa vista rasgada que se encontra no topo da fortificação.

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