Bratislava, Eslováquia

Embora capital de uma nova república, a principal cidade da Eslováquia continua a ter estrutura de pequena cidade de província: não tem grandes avenidas nem perspectivas urbanísticas rasgadas. A cidade tem imensos edifícios barrocos, dos tempos do império austro-húngaro, que lhe dão um certo ar austríaco e centro europeu. Mas nem todos estão recuperados e em bom estado. Sobretudo, a cidade antiga tem ainda muitas marcas do abandono a que foi votada durante o período socialista. O mesmo pode dizer-se das variadíssimas igrejas, quase todas também do período barroco. Dir-se-ia que a cidade ganhou maioridade no século XVIII, mas as construções nobres ficaram por aí. No horizonte, sobretudo na margem direita do Danúbio (que por sinal, nada tem de azul), ficam ainda as silhuetas dos maciços bairros de betão, ao estilo soviético.

Ao passear pelas suas ruas, não diria o viajante que foi provisoriamente (durante três séculos, desde 1541 a 1830, após a ocupação de Budapeste pelos turcos) a capital da Hungria e que na modesta, embora elegante catedral de São Martinho, foram coroados 9 dos reis e 8 das rainhas húngaras.

Bratislava é desde 1993 a capital da República da Eslováquia, que nessa data se separou, por consenso, da República Checa (no chamado divórcio de veludo, que se seguiu à revolução igualmente de veludo, a qual depôs o regime comunista, em1989). Terá entre 400 e 500 mil habitantes – são 5 milhões e meio, os eslovacos de todo o país. Embora tenha aeroporto, há muito poucos voos para Bratislava. A melhor forma de chegar é voar para Viena e, daqui, percorrer em autocarro os 60 quilómetros que separam Bratislava do aeroporto austríaco (sempre em auto-estrada, demora um pouco menos que uma hora).
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