Sagrada Família, Barcelona

A ideia de erigir o Templo Expiatório da Sagrada Família, aquele que é hoje o ícone maior de Barcelona, teve origem em 1874, embora as suas obras tenham começado somente em 1882. Neste ano, a Associação de Devotos de São José, entidade promotora do templo, começou a construir a cripta. Decidiu ainda contratar o arquitecto Antoni Gaudí para que redesenhasse um velho projecto que existia para a construção. Este, assim fez. Afastou por completo o projecto que existia, em estilo neogótico e reformulou a própria orientação geral da obra. Deste plano original, manteve apenas a planta gótica, em cruz latina. Sobre ela, o arquitecto modernista catalão aplicou a sua criatividade e o seu estilo, dominado pelos elementos geométricos e naturalistas. Gaudí trabalhou na construção do templo até 1926, ano da sua morte, deixando nesta data desenhadas plantas das partes ainda por construir.

Começou o viajante a sua visita à Sagrada Família na entrada nascente e terminou-a a poente, na chamada Fachada da Paixão. Impressionaram ambas as fachadas – a primeira, exuberantíssima, cheia de detalhes e recortes naturalistas, a outra mais minimalista e sóbria, mas esmagadora,. É tema de ambas o tempo evangélico. Percorreu ainda o viajante a nave principal, já coberta mas inacabada. Faz claramente parecer estar-se num bosque fantasmagórico. Ao que parece, era esse o objectivo de Gaudí. A visita às torres é difícil, por ser imensamente concorrida, mesmo em épocas fora das férias de verão (tem o custo adicional de 2,5 €). Estão já construídas 12 das 18 torres previstas no projecto (todas elas votivas: 12 dedicadas aos apóstolos – são as já prontas -, outras 4 aos evangelistas, uma ainda, maior que as anteriores (125 metros), dedicada à Virgem e a mais alta delas dedicada a Jesus Cristo. Com 170 metros de altura, esta última, ainda por erguer, em forma de cúpula maior, fará da Sagrada Família a mais alta catedral europeia – mais alta que os 69 metros da Notre dame de Paris, ou os 110 metros de St. Paul de Londres, ou os 137 metros de São Pedro de Roma. Será também das maiores. Quando estiver pronta, os seus 4.500 metros quadrados albergarão14 mil pessoas.É natural esta perspectiva altiva, de construção em grande altura. Gaudí privilegiou a elevação, tal como sabia acontecer com as catedrais góticas medievais. O propósito era que o edifício se elevasse na direcção dos Céus, em louvor a Deus.

Pagou o viajante a entrada nesta igreja ainda por acabar (11 €) com a satisfação de saber que o seu contributo vai financiar o que falta por construir. Sendo concebida desde a sua origem como um templo expiatório, toda a construção tem sido erigida com o produto das contribuições e esmolas que para o efeito vão sendo deixadas (entre elas, a da compra de bilhetes) pelos visitantes, fiéis ou admiradores da obra. Já agendou o viajante nova visita a Barcelona para 2035, altura em que espera, mantendo-se ao ritmo actual, que a igreja esteja concluída.A igreja está aberta a visitas das 9 às 18 horas (de Abril a Setembro, até às 20 horas). Fecha a 25 e 26 de Dezembro e a 1 e 6 de Janeiro. As entradas ficam entre os Carrers de Provença e de Mallorca, e os de Sardenya e Marina, na zona oriental do Eixample, um pouco a norte da Avinguda Diagonal. É servida pelo metro (linhas 2 e 5).

Comentários

Unknown disse…
ESPERO que as pessoas que tenham condiçoes de ajudar financeiramente, ajude porfavor eu quero louvar a DEUS com torre mas alta do mundo, que lindo, louvado seja DEUS EM NOME DE CRISTO

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