Kato Paphos, Chipre

A existência deste parque arqueológico surpreendeu o viajante. Pela área que ocupa e pelo imenso significado dos vestígios que reune. Kato Paphos é a estação arqueológica mais importante de Chipre. É também a mais popular e de fácil acesso, já que fica mesmo junto do mar e do porto de Pafos. Tem um imensop parque de estacionamento e na povoação anexa há hotéis, restaurantes e lojas de souvenirs. O recinto está aberto diariamente das 8 às 18 e o bilhete custa 3,4 €.
Kato Pafos foi uma importante cidade do baixo-império romano. No período romano foi mesmo a capital e mais importante cidade da ilha. Mas terá sido fundada muito antes, pelo século IV AC. Um século depois veio a ser incorporada no reino ptolomaico, de Alexandria, que aproveitou a sua excelente posição estratégica, dominando o Mediterrâneo oriental. É sobretudo do período romano que se conservam vestígios arqueológicos.

De facto, foram encontrados em Kato Pafhos importantíssimos vestígios de quatro “villas” romanas, todas elas abundantemente decoradas com mosaicos, espantosamente bem conservados. Uma delas é conhecida como Casa de Dionísio e foi a primeira a ser descoberta, em 1962. Visita-se sobre estrados de madeira, para que possam apreciar-se os 500 metros quadrados de mosaicos que cobrem o seu solo. A casa ficou assim apodada por abundarem nela mosaicos com motivos alusivos ao deus romano do vinho. Datará, talvez, do século II e foi destruída pelos terramotos que abalaram Chipre nos séculos IV e V.Os mosaicos desta casa deixaram ao viajante a impressão de estar perante um legado fantástico, de enormíssima dimensão e riqueza, que apenas encontra paralelo nas grandes estações arquelógicas romanas, como Pompeia.

Outra das “villas” é a casa de Teseu, talvez do período helenístico, que julga-se ter correspondido à casa do governador romano de Chipre e que foi sendo utilizada até ao século VII. Esta casa de habitação tinha uma dimensão enorme (ocupava um quadrilátero de 120 metros por 90 metros). O nome desta casa ficou a dever-se à descoberta de um mosaico, que ainda se conserva, no qual se descreve o mito clássico de Teseu e do Minotauro.

Kato Pafhos tem ainda em visita as casas de Orfeu e de Aion e o Odeon, anfiteatro bastante restaurado, actualmente utilizado em concertos de verão. São por último visitáveis os vestígios da ágora, apenas perceptível e do asklepeion, em igual condição. Dentro do recinto fica ainda o castelo bizantino Saranda Kolones que, apesar de interessante, parece desprezível depois da visita aos mosaicos romanos.
O conjunto é património classificado pela Unesco.

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