Museu Nacional de Antropologia, Cidade do México

 Poucas vezes um museu tem impressionado tanto o viajante, como o impressionou este maior museu da capital federal mexicana. Antes de mais, o edifício é grandioso, embora plano. Tem grandes espaços e grandes soluções de arquitectura. Admirou o viajante o grande pilar esculpido que serve de base de sustentação à fonte de água, em forma de guarda-chuva, que decora o pátio e suporta a pala central.
 Porém, o que mais justifica a visita são as colecções. Não se conseguem ver todas de seguida, nem de uma única vez, porque o museu é enorme e as peças imensas. Para verdadeiramente apreciar o extensíssimo acervo do museu, devem seleccionar-se aquelas, de entre as 22 salas de exposição, que pretendem visitar-se. Numa visita rápida, de uma tarde, apenas teve o viajante oportunidade de passar pela sala de Teotihuacan, pela sala azteca ou mexica e ainda pela sala maia.
Na sala de Teotihuacan, estão dispostas peças originais retiradas daquela cidade e reproduções de frescos que ainda ali se encontram, bem como modelos que reproduzem a cidade.

 Na sala dedicada ao povo dos mexica, também designados por aztecas, encontram-se imensas peças, a generalidade das quais encontradas no sub-solo da própria cidade do México, na zona do chamado Templo Maior. Recordou o viajante que o conquistador espanhol Hernán Cortez, ao deparar-se neste local com a capital azteca (de que deu conta à Coroa Espanhola como sendo uma cidade maior que qualquer cidade de Espanha) ordenou a sua destruição e sobre os seus escombros erigiu aquela que viria ser a capital da Nova Espanha. A estatuária é particularmente expressiva, nesta sala azteca. É imperdível a chamada pedra do sol, erradamente tida como sendo um calendário, durante décadas, mas hoje em dia pacificamente tida apenas como uma escultura destinada a homenagear o sol e, porventura, a nela serem feitos sacrifícios.
 É igualmente impressionante, embora talvez menos, a estatuária da sala maia, onde anotou o viajante haver um dos raríssimos exemplares de escritos maias que ainda existem. De facto, logo após a conquista espanhola, os invasores destruíram todos os documentos escritos que encontraram, para assim poderem mais facilmente impor a sua cultura e a sua religião.
O Museu Nacional de Antropologia fica no centro da cidade do México, no interior do Parque de Chapultepec. Está aberto de terça-feira a domingo, das 9 às 19 horas. Habitualmente tem muitos visitantes. A entrada é paga, a não ser aos domingos.

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