As praias da Ilha Maurício

  Não foi o viajante à Maurício em lua-de-mel nem para férias na praia, ao contrário do que acontece com a generalidade dos turistas que integram o milhão de visitantes anuais da ilha.
Não obstante, estando-se ali é incontornável ir à praia. Primeiro, pelo clima: há calor e muito sol durante todo o ano (embora em Janeiro e Fevereiro chova muito e possa haver ciclones). Depois, a água do mar está sempre quente. Mas quente mesmo. Por último, o litoral da Ilha Maurício, muito recortado, está cheio de enseadas e baías de areia branca, muito convidativas.
  Em volta da ilha há uma barreira de recifes de coral. Embora seja irregular, em volta da ilha, em geral forma uma laguna entre a praia e o mar aberto. Nesta laguna, as águas são muito tranquilas e têm uma exuberante cor verde-esmeralda.
  A maior parte das praias não tem palmeiras, contrariando os clichés. Boa parte delas é bordejada por casuarinas, árvores de grande porte, dando muita sombra e com capacidade para sobreviver na areia salgada da praia.
Encontrou o viajante, na praia, muitas famílias a fazer piqueniques, sobretudo ao fim de semana. E nem a ocasional chuva de Janeiro os desanimava.
  Tudo visto, mesmo não tendo ido à Maurício para ir à praia, não a conseguiu evitar o viajante. E por isso, sempre pode recomendar uma ou outra. Para tomar banho, a praia de Grand Baie, na costa norte, onde ficam muitos dos hotéis e resorts de férias. Ou então, próximo desta, Mont Choisy, onde quase só vão os locais. O mesmo pode dizer-se de Flic-en-flac, na costa oeste. Todas estas praias têm estacionamento, estruturas de apoio na praia e restaurantes próximos.
  Porém, aquelas que o viajante achou mais bonitas, mesmo sendo piores para banhos, foram a Pointe aux Biches, a norte de Port Louis, a capital da ilha e a Baie aux Tortues, muito próxima desta. Ambas escapam ao estereótipo clássico, de palmeiras e areia branca. Talvez por isso, vêm aqui menos turistas. Têm, embora de outro tipo, vegetação igualmente luxuriante e areia mais grossa, misturada com pedaços inertes de coral, que se confundem com pedrinhas e, aqui e ali, blocos de negra rocha vulcânica. Nenhuma delas tem habitualmente banhistas. Pelo contrário, será provável encontrar famílias hindus a deixar, em rochedos dentro de água ou em plataformas de cana, fruta e flores, como oferendas a Shiva.

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