Nova Zelândia – os antípodas próximos
Literalmente do outro lado
do mundo, geográfica e fisicamente, a Nova Zelândia é o país que fica mais
distante de Portugal. Não obstante, encontrou lá o viajante um familiar porto
de abrigo, do lado de lá da imensidão das culturas asiáticas e oceânicas que
têm que se atravessar até lá chegar.
Este espírito britânico, com um toque mais solto e colonial, sente-se aliás na Nova Zelândia, que é um país muito civilizado, com grandes preocupações sociais. Aliás, foi o primeiro do mundo a, em 1893, permitir o voto universal às senhoras. Por outro lado, tem ensino primário obrigatório e gratuito desde 1877. Após 1939, passou a contar com um sistema de segurança social especialmente vocacionado para os cuidados de saúde e as pensões de reforma – foi também o primeiro país do mundo a tê-lo.
Passou o viajante, em trânsito, pela ilha norte, que das duas maiores da Nova Zelândia é a mais povoada. Talvez por ser menos inóspita, dizem, porque a terra dos fiordes e das neves, dos vales selvagens e despovoados é a ilha sul. Portanto, não teve o viajante a visão de cliché do país, porque apenas apercebeu a parte “mais normal” e vulgar, menos exótica. Pelo contrário, viu muitas vacas e muitos carneiros. E também campos e quintas, muito arranjadas, à inglesa. E pequenas vilas, com uma rua central, com lojas, e igrejas de madeira e telhados pontiagudos
Mas também se surpreendeu com campos termais, porque a Nova Zelândia é um país geologicamente activo e instável. Recorda o viajante Rotorua, a cidade termal, cujas dezenas de nascentes são enormes buracos onde fumega água borbulhante e sulfurosa. É também na ilha norte que fica Auckland, a cidade maior e mais cosmopolita do país, onde se fundem culturas. Aqui vivem um quarto dos habitantes da Nova Zelândia, que aqui se misturam com emigrados de todo o sudoeste asiático e do Pacífico.
Apesar do seu tamanho enorme
– tem 270 mil quilómetros quadrados, o que equivale, mais ou menos, ao tamanho
das ilhas britânicas –, a Nova Zelândia é um dos países mais isolados do globo.
A próxima massa de terra (a Austrália) fica a 1600 km de distância de mar
austral e navegação difícil. Além disso, geologicamente, as ilhas são novas:
têm origem vulcânica e bem pode dizer-se que ainda estão em construção.
Desta juventude geológica resultou que, verdadeiramente,
fosse das últimas terra do mundo a ser ocupadas e colonizada por humanos.
Sabe-se que os seus primeiros ocupantes (o povo maori, originário das ilhas
polinésias de Tonga e Samoa), apenas chegaram aqui há cerca de 1000 anos. Os
europeus, por seu lado, chegaram no século XVII – o holandês Abel Tasman passou
por aqui em 1642, mas não chegou a desembarcar, porque alguns dos seus
marinheiros, que o fizeram, logo foram mortos em confronto com maoris. E só 100
anos depois o lendário Capitão James Cook desembarcou e tomou posse das ilhas.
Politicamente, o estatuto da Nova Zelândia ficou resolvido quando, em 1840, a
Inglaterra celebrou com os chefes das tribos locais o tratado de Waitangi, hoje
em dia considerado o documento fundador do país. Desde essa altura, chegaram às
ilhas muitos colonos ingleses e escoceses, cujos descendentes, ainda actualmente,
compõem a maior parte dos mais de 4 milhões de habitantesEste espírito britânico, com um toque mais solto e colonial, sente-se aliás na Nova Zelândia, que é um país muito civilizado, com grandes preocupações sociais. Aliás, foi o primeiro do mundo a, em 1893, permitir o voto universal às senhoras. Por outro lado, tem ensino primário obrigatório e gratuito desde 1877. Após 1939, passou a contar com um sistema de segurança social especialmente vocacionado para os cuidados de saúde e as pensões de reforma – foi também o primeiro país do mundo a tê-lo.
Passou o viajante, em trânsito, pela ilha norte, que das duas maiores da Nova Zelândia é a mais povoada. Talvez por ser menos inóspita, dizem, porque a terra dos fiordes e das neves, dos vales selvagens e despovoados é a ilha sul. Portanto, não teve o viajante a visão de cliché do país, porque apenas apercebeu a parte “mais normal” e vulgar, menos exótica. Pelo contrário, viu muitas vacas e muitos carneiros. E também campos e quintas, muito arranjadas, à inglesa. E pequenas vilas, com uma rua central, com lojas, e igrejas de madeira e telhados pontiagudos
Mas também se surpreendeu com campos termais, porque a Nova Zelândia é um país geologicamente activo e instável. Recorda o viajante Rotorua, a cidade termal, cujas dezenas de nascentes são enormes buracos onde fumega água borbulhante e sulfurosa. É também na ilha norte que fica Auckland, a cidade maior e mais cosmopolita do país, onde se fundem culturas. Aqui vivem um quarto dos habitantes da Nova Zelândia, que aqui se misturam com emigrados de todo o sudoeste asiático e do Pacífico.
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