As "winelands" da África do Sul
Há muito que o viajante se habituou a ver vinhos sul-africanos nas prateleiras dos supermercados. E, além disso, quando em viagem, a prová-los, porque são dos mais expandidos por todo o mundo – e, quanto ao preço, dos mais abordáveis, também. Calhou entretanto passar pela Província do Cabo, na África do Sul e visitar Stellenbosch, o coração da produção vinícola daquele país austral. Foi aí que provou os vinhos feitos de pinotage, uma especificidade sul-africana. Esta casta, que não se produz em mais local nenhum do mundo, foi “inventada” na década de 1920, pelo professor de agronomia Abraham Perold, professor na Universidade Africânder de Stellenbosch, por via do cruzamento de pinot noir e de cinsault (que nesta e noutras latitudes é também chamada hermitage). O vinho que produz é quente e envolvente, mas de efeito curto, porque em geral se esvai rapidamente. Apesar disso, em geral os vinhos de pinotage são picantes e adstringentes, a dar algum corpo a um travo apimentado, a fazer