Estónia, o Báltico desconhecido

A Estónia é um país pequeno, com cerca de metade do tamanho de Portugal e uma população de 1,3 milhões de habitantes, dos quais 400 mil na capital, Tallinn. Destes, 26 por cento são de origem russa e falam habitualmente russo. Esta circunstância é um desafio para um país que rejeita, embora sem hostilizar, a memória do passado soviético.
Os restantes, os estónios, dizem-se um dos povos mais antigos da Europa, embora somente tenham alcançado a independência política no século XX. São referidos sinais de que um povo desta etnia (da mesma dos húngaros e dos finlandeses, portanto não indo-europeus), já vivia aqui quando as pirâmides do Egipto foram construídas.
São gente muito ligada à sua terra e às suas tradições, mas que acolhe de braços abertos a modernidade. O país tem uma das mais altas taxas de penetração de Internet do mundo. Por outro, se o viajante não estiver atento aos ainda inúmeros sinais na arquitectura urbana, terá dificuldade em imaginar que a independência do ocupante soviético ocorreu há menos de duas décadas.

Esta simbologia permanentemente evocada não será alheia ao choque de culturas que por aqui se foi dando.
Para rematar, diz-se até que na ilha de Saaremaa, na costa oeste, existe uma cratera com 110 metros de diâmetro (que será única na Europa) provocada pela queda do meteorito Kaali. Este meteorito, caído apenas há alguns milhares de anos, terá sido o último objecto celeste de grandes dimensões a cair na terra.

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