Viajar para a Rússia

E a aventura começa ainda antes da saída de Lisboa, quando se tenta obter o visto de entrada no consulado da Federação Russa, na Rua Visconde de Santarém, 57, nas proximidades do Instituto Superior Técnico. Apenas está aberto às segundas, quartas, quintas e sextas, das 9h30 às 12h30, mas mal andará o turista se não chegar muito antes da hora de abertura. É que, fora da porta, com chuva ou sol, forma-se uma fila invariavelmente demorada que, quando muito, avança à razão de meia dúzia de pessoas por hora.
Não é fácil entrar no consulado à primeira. E depois disso, continua a não ser fácil obter o visto de entrada. Não é fácil e supõe várias dores de cabeça. Calhou ao viajante ir a Moscovo visitar uma instituição pública da Federação Russa. Só lhe foi permitido obter visto porque tinha recebido um convite da dita instituição (em russo, claro…). Se o não tivesse recebido, pura e simplesmente o visto não lhe era concedido: na Rússia moderna só se admitem aqueles visitantes que a Federação Russa quer admitir. No tempo dos soviéticos dizia-se que o rigor no controle da entrada de estrangeiros era necessário para que os miseráveis que viviam no ocidente da Europa não emigrassem todos para lá. Agora, não se sabe qual é a razão oficial.
Estando-se disposto a frequentar vãos de escada, pode sempre comprar-se um visto turístico a uma agência de viagens. Quem ganha com isso, não o sabe o viajante. A verdade é que cumprir as formalidades necessárias à viagem será difícil para quem viaje isoladamente.

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Belissimas fotos.