Natal, Rio Grande do Norte, Brasil

A 25 de Dezembro de 1599 fundeou na foz do rio Potengui o Capitão-Mor de Pernambuco Manuel Mascarenhas Homem e decidiu estabelecer aqui uma nova povoação. Dias depois, a 6 de Janeiro de 1600, ordenou que se começasse a construção de um fortim, que viesse a defender a foz do rio e a futura vila.
Esse forte, desde essa data conhecido como Forte dos Reis Magos, foi construído nos recifes da embocadura do rio, no local onde este encontra o mar. Para os padrões portugueses europeus, é modesto, mas está muito bem preservado e é visitável. É, talvez, o único local da cidade a merecer especial visita. Todo o demais interesse dos milhares de turistas que aqui chegam todos os anos (15% dos quais são portugueses), vai para as muitas praias, a norte e a sul da cidade, ao longo de toda a costa do Estado de Rio Grande do Norte.
Uma boa parte dos turistas escolhe a Praia da Ponta Negra, na zona sul, próxima do chamado Morro do Careca, uma imensa duna de 120 metros de altura, actualmente de acesso interdito, por razões de protecção ambiental. Aliás, a protecção das zonas dunares é muito importante em Natal. No centro da cidade, ao longo da orla costeira, foi delimitado o Parque das Dunas, uma imensa reserva de dunas e bosque, onde ainda há exemplares do quase extinto pau-brasil.
Aquilo que mais apreciou o viajante em Natal foi, porém, a tranquilidade. Nesta cidade de 800 mil habitantes há menos crimes que noutras. Não há engarrafamentos e foi justamente a tranquilidade que as autoridades potiguares (apodo que assumem como seu todos os norte-riograndenses) escolheram como seu slogan turístico. Invocam até estudos oficiais que concluem que esta cidade de sol é a capital estadual mais tranquila do Brasil. Admite o viajante que assim seja mas, apesar disso, não logrou compreender como funcionará um tranquilómetro.

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