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A mostrar mensagens de fevereiro, 2010

Port Louis, Ilha Maurício

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A cidade nem é grande nem pequena: é uma capital com cerca de 170 mil habitantes. Tem estrutura europeia, com igreja e edifícios públicos, no centro. Tem também alguma influência do Novo Mundo: tem um bairro com grandes prédios, onde se instalaram os bancos e outras sociedades financeiras. Mas na verdade, tem alma crioula. Apesar disso, metade dos seus habitantes são de origem indiana e há uma boa comunidade chinesa, que controla o comércio. Este cliché define Port Louis, a capital da Ilha Maurício: é uma cidade multicultural, multiétnica e multirreligiosa. A sua malha urbana denota a sua origem francesa (foram os franceses que a desenvolveram, no século XVIII, apesar de o local ter sido povoado por holandeses desde cem anos antes). Porém, a sua estrutura de cidade colonial não consegue esconder a sua alma de pequeno povoado crioulo. Predominam as casas baixas, de traça tropical. Os poucos palacetes que sobram, de outras eras, são modestos e albergam, todos eles, hoje em dia, as inst

Os céus da África Oriental

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Por vezes, sem contar, tem o viajante anotado do melhor que tem vivido por esse mundo fora. Já tem o viajante umas horitas de voo na sua conta. Mais do que quereria, mas menos do que gostava. Nesta presunção (da tal que se toma como água benta), vai afirmar que fez uma das mais fantásticas viagens de avião que poderão fazer-se. Calhou ter que voar, quase um dia inteiro, através do leste do continente africano, num percurso que ligava a Ilha Maurício a Londres. Ao contrário do que é usual neste tipo de voos, foi diurno e por isso propiciou uma fantástica visita aérea ao Quénia, à Etiópia, ao Sudão e à Líbia. Depois das águas verde-esmeralda que rodeiam a Ilha Maurício e dos territórios secos, de vegetação rasteira, do norte de Madagáscar, pode o viajante avistar as ilhas costeiras próximas a Mombaça. Zanzibar está mais ao sul, mas Pemba é bem visível desde o ar, com a sua barreira de coral e praias de areia branca. Mombaça é o centro de um enorme estuário, de águas escuras. É impossív

Siena, Toscana, Itália

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Conhecia, há muito, o viajante a fama do Palio de Siena, esse festival anual que se realiza em Maio, talvez a manifestação pública mais famosa de Itália. Chama a Siena milhares de pessoas que vêm ver uma corrida de cavalos que dura apenas meia dúzia de minutos. Essa corrida de cavalos, em que compete um cavaleiro por cada uma das nove paróquias de Siena, realiza-se anualmente na praça de Il Campo, no centro da cidade. É bem esclarecedor, quanto à sua dimensão planetária, o pormenor de ter já surgido como pano de fundo em parte de um dos filmes da série 007. Não foi o viajante a Siena durante o Palio, altura em que esgotam os hotéis e as ruas pedonais do centro se tornam intransitáveis. Mas mesmo em época baixa, sentiu a grande pressão das hordas de turistas anglo americanos e japoneses que, ruidosamente uns e ordeiramente, em grupos, os outros, enchem cada rua e cada praça e cada palácio e cada igreja da cidade. Nessa medida, tal como Florença ou Veneza, Siena tornou-se um enorme par