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A mostrar mensagens de dezembro, 2008

Brasília e Niemeyer

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No próximo dia 15 de Dezembro, Óscar Niemeyer completará 101 anos. O nome dispensa mais comentários biográficos e a idade e vivacidade, que tem confirmado na televisão, deixam o viajante cheio de respeito e parado no terreno. Mora em Copacabana, em cujos morros, segundo o próprio, o arquitecto do mundo nascido no Brasil se inspirou para encontrar as linhas curvas intermináveis que marcam a generalidade das suas criações. Quando o tema de conversa é a capital federal brasileira, mesmo o viajante mais desatento pensa logo no génio de Niemeyer. É universal a imagem de alguns dos mais emblemáticos edifícios de Brasília. É o caso do Palácio da Alvorada, construído entre 1956 e 1958 para ser residência oficial do presidente da República, um dos mais emblemáticos da cidade e da carreira de Niemeyer. Impressiona a sua simplicidade e discrição. Recorda bem o viajante os vários edifícios da Praça dos Três Poderes, desenhada por Lúcio Costa, logo na elaboração do plano piloto da cidade e cheia

Igreja de Santo António de Pádua, Roma

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É notícia destes dias a próxima inauguração, na Igreja de Santo António dos Portugueses, em Roma, de um novo órgão de tubos, que motivou referências da agência católica Ecclesia e da Radio Vaticana , por ser considerado um instrumento único na capital italiana. Para uma próxima ida a Roma, deixou o viajante a Chiesa di Sant’Antonio dei Portoghesi , templo barroco mas com origem no século XV (a construção ficou a dever-se a D. Antão Martins de Chaves, mas essa é outra história), que tem o estatuto de igreja da comunidade portuguesa que vive em Roma. Mas passou e entrou o viajante na Chiesa Sant’Antonio da Padova , que fica próxima da Catedral de São João de Latrão, na zona oriental da cidade eterna. Já antes, em Pádua, revelando mau feitio, o viajante tinha ficado incomodado com a facilidade com que o nosso popular santo de Lisboa foi adoptado pela gente daquelas paragens, como se fosse dali. E aqui, em Roma, a incomodidade repetiu-se. Concerteza que o mesmo teria acontecido em vários

O outro Kremlin, Moscovo

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Kremlin é um sinistro nome do tempo da guerra-fria, símbolo do mal e da intriga em todos os filmes do agente 007. Agora, que está parcialmente aberto ao público, a sua beleza e magnificência transformaram-no num marco incontornável quando se visita Moscovo, a capital da Federação Russa. As suas catedrais, tão inesperadas como surpreendentes, são jóias magníficas da arte religiosa russa. O actual formato da cidadela (cidadela é o significado, em russo, de ”kremlin”), vem do século XV, altura em que foram construídas as muralhas avermelhadas que a cercam. Aqui se instalou a corte russa e aqui ficou também a sede da Igreja Ortodoxa Russa. O Kremlin foi o coração do poderio dos csares, antes de ser a sede do império soviético. Sem dúvida, esteve à altura das suas funções. Entrando no Kremlin, imediatamente o viajante respirou muito poder no ar. Não pode deixar de reparar no grande número de militares a patrulhar todo o sítio, ordenando as zonas de visita. Nem nos luxuosos veículos escuro

Vale de Ventos, Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros

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Já andou por aqui o viajante a pé, trilhando percursos marcados pelo PNSAC. Próximo da povoação de Vale de Ventos há uma antiga casa-abrigo do Parque Natural, agora abandonada, O que não está abandonado é o dito percurso pedestre, de dois quilómetros e meio de extensão, que se percorre em pouco mais de uma hora, que o viajante recomenda que se faça, sobretudo, no fim da primavera, quando as plantas aromáticas estão pujantes. Nessa altura correm pela serra, trazidos pelo vento, aromas dos sabores da cozinha mediterrânica, que não vêm enlatados nem liofilizados. Pelo chão encontram-se tufos de orégãos e largas extensões de alecrim. No fim do Outono, a zona é agreste. Fazendo justiça ao topónimo, há sempre ventania fria e desagradável. Havendo sol, mesmo assim, o passeio é muito agradável. Vale, nesse caso, a paisagem aberta, desde os limites do pinhal, para o interior, até ao mar, para oeste. Em dia claro, do alto da Serra, já viu o viajante, lá ao longe, a Berlenga!A ventania persisten