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A mostrar mensagens de março, 2009

Bratislava, Eslováquia

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Em passagem anterior, há mais de 20 anos (portanto antes da queda do célebre Muro e da dissolução dos regimes ditos socialistas), reteve o viajante de Bratislava a impressão de uma cidade cinzenta e triste. Revisitada agora, manteve a impressão. Embora capital de uma nova república, a principal cidade da Eslováquia continua a ter estrutura de pequena cidade de província: não tem grandes avenidas nem perspectivas urbanísticas rasgadas. A cidade tem imensos edifícios barrocos, dos tempos do império austro-húngaro, que lhe dão um certo ar austríaco e centro europeu. Mas nem todos estão recuperados e em bom estado. Sobretudo, a cidade antiga tem ainda muitas marcas do abandono a que foi votada durante o período socialista. O mesmo pode dizer-se das variadíssimas igrejas, quase todas também do período barroco. Dir-se-ia que a cidade ganhou maioridade no século XVIII, mas as construções nobres ficaram por aí. No horizonte, sobretudo na margem direita do Danúbio (que por sinal, nada tem de a

"Avenue des Portugais", Paris

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Por mais que se programem e organizem, as viagens nunca decorrem como o viajante as prepara. Em viagem, acontecem-lhe sempre surpresas. E ainda bem. Vem esta consideração a propósito de algo que o viajante descobriu, caminhando por Paris. De mapa na mão e nariz no ar, à procura de uma determinada curiosidade, foi o viajante surpreendido pelo nome de uma pequena rua transversal ao seu percurso: Avenue des Portugais . A surpresa foi maior por estar numa das mais nobres zonas da cidade e não nos subúrbios desta que é a terceira cidade portuguesa (ou pelo menos da terceira cidade com mais habitantes portugueses…). De facto, passava o viajante na Avenue Kléber , logo à saída da Place Charles de Gaulle , quase ao lado da coquete Avenue Foch e muito próximo da Avenue des Champs-Elysées . Avenue des Portugais , ou Avenida dos Portugueses. Ao lado, uma lápide esclarece que o nome da artéria foi escolhido pelas autoridades municipais de Paris, em 1918, como homenagem aos 30.000 soldados port

Cerveja na Alsácia

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Questiona-se o viajante sobre se verdadeiramente há uma cerveja típica da Alsácia ou, pelo contrário, se a cerveja que se produz nesta região do leste de França é apenas uma manifestação regional de um perfil de uma bebida pouco menos que globalizada. Recorda o viajante, de memória, a Kanterbrau , cerveja do mestre Kanter e a Kronenbourg (do bairro de Cronenbourg ), ambas produzidas nos subúrbios de Estrasburgo. Mas ainda a Fisher e a Mützig. Além da 1664 , a topo de gama da Kronenbourg e das inúmeras artesanais, que surgem localmente, aqui e ali nas bierstub de Estrasburgo e Colmar. Na Alsácia produzem-se cervejas industriais, vendidas em todo o mundo. Mas também cervejas blanches ( weiss ) caseiras e ambrées excepcionais. Algumas são engarrafas, enquanto outras são apenas conhecidas no bairro onde são produzidas. Ou mesmo na bierstub onde se bebem. Cogitava o viajante sobre estas coisas, debaixo da gelada chuva miudinha de Estrasburgo, nestes dias do início de Março, perco

Viajar para a Rússia

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O longínquo norte da Europa oriental é um destino misterioso, pouco divulgado e fora das páginas das revistas de viagens que se vendem nos quiosques. Com excepção de rápidas excursões a São Petersburgo, a partir da Finlândia, não estão divulgadas viagens organizadas para o extenso território russo. Terá o viajante que preparar, ele mesmo, a aventura. Ou então recorrer a agências de viagem de vão de escada, frequentadas por emigrantes russos, que recorrem aos seus serviços para planear viagens para voltar ao seu país. E a aventura começa ainda antes da saída de Lisboa, quando se tenta obter o visto de entrada no consulado da Federação Russa, na Rua Visconde de Santarém, 57, nas proximidades do Instituto Superior Técnico. Apenas está aberto às segundas, quartas, quintas e sextas, das 9h30 às 12h30, mas mal andará o turista se não chegar muito antes da hora de abertura. É que, fora da porta, com chuva ou sol, forma-se uma fila invariavelmente demorada que, quando muito, avança à razão de