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A mostrar mensagens de dezembro, 2009

Mosteiro de Kyiv-Pechersk Lavra, Kiev, Ucrânia

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O leste da Europa – e em particular o território anteriormente correspondente à União Soviética -, tem-se revelado ao viajante como uma caixa de surpresas. No passado, o acesso turístico a estas terras estava vedado. Desde logo, porque era impossível ir lá. Mas sobretudo porque sobre elas pairava um véu místico, de medo do KGB, do controlo militar e da asfixia exercida pela estrutura do partido comunista. Kiev, capital da Ucrânia, foi a terceira da União Soviética. Foi uma das suas cidades emblemáticas – foi até uma cidade modelo socialista. Porém, já muito antes disso, a Ucrânia tinha sido um dos centros mais importantes da igreja ortodoxa aquando do grande cisma do ocidente. Foi da Ucrânia que a religião se expandiu para a própria Rússia. E, na Ucrânia, o coração da Igreja Ortodoxa foi o Mosteiro de Kyiv-Pechersk Lavra, actualmente no limite urbano de Kiev, a sul da cidade. O mosteiro foi fundado no século XI e é ainda hoje em dia um dos lugares mais santos da igreja ortodoxa. É me

São Pedro do Sul, Beira Alta, Portugal

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Pelos vistos, a fama do local e do poder curativo das águas de São Pedro do Sul já vem do tempo da ocupação romana da Península Ibérica. Esta constatação não foi novidade ou surpresa para o viajante: a generalidade das actuais termas portuguesas foi “descoberta” e explorada pelos romanos, que nelas buscavam a tal SPA, ou salute per aquam . Aquilo que o viajante encontrou em São Pedro do Sul, em visita invernal, foi uma pequena terra de província, calma e adormecida. Talvez no verão o sítio seja mais animado. Encontrou uma bonita zona fluvial, muito bem arranjada. E o resto do centro da terra igualmente cuidado. Quanto às águas, muito quentes, não as experimentou o viajante, mas soube de quem o fez que fazem bem ao aparelho digestivo e ao reumatismo. No antigo regime, São Pedro do Sul era local de férias familiares de reformados e pensionistas, que aqui passavam temporadas em tratamentos, em ambiente modesto e português suave, com recato, sobriedade e frugalidade. Este estereotipo ca

Pristina, Kosovo, Setembro de 2006

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Não estranhou o viajante que esta loja afixasse, junto com o horário, a informação de que era proibido fumar. Mais inusitada achou a informação, bem sublinhada – até em inglês, de que se proibia igualmente a entrada a pessoas portadoras de armas de fogo.

Cairo, Egipto

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Sabia o viajante que a capital do Egipto (e também a maior cidade de África, o mais importante centro islâmico do mundo e a sede da Liga Árabe) é uma megalópole imensamente poluída com perto de vinte milhões de habitantes. Como bem refere algum dos guias da cidade, o Cairo é uma cidade inacabada e inacabável. É inacabada porque, tendo origem no primeiro milénio da nossa era, o que hoje se visita é produto de muitas e diversificadas épocas históricas, que deram à cidade um estatuto de permanente evolução, saltitando entre dominador e dominador. É inacabável porque o êxodo do mundo rural para o centro urbano a tornou imensa e descontrolada. Boa parte da cidade é feita de edifícios construídos com tijolos ainda não revestidos – as construções estão ainda por acabar e nunca acabarão de ser construídas. E são às centenas de milhares os edifícios assim. Nas zonas que o urbanismo ainda conseguiu gerir as avenidas são larguíssimas e compridíssimas, percorrendo bairros e bairros, que ultrapa

A cerveja checa

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O povo checo é o maior consumidor de cerveja do mundo. Cada um dos checos bebe, em média, 155 litros de cerveja por ano, o que dá uma média de meio litro por dia! Os checos consomem ainda mais cerveja que os campeões alemães e os super campeões irlandeses Em plena Boémia, na sua zona mais ocidental, fica Plzen, onde foi inventada a primeira cerveja do tipo Pilsen, ou pilsener. A origem desta produção tradicional está na Idade Média, quando o rei checo Venceslau II outorgou a um conjunto de famílias da cidade o direito exclusivo de fabricar cerveja, usando os métodos tradicionais, ao estilo de Plzen, portanto. Mais tarde, no século XIX, os descendentes destas linhagens, todos pequenos produtores, acabaram por criar uma empresa de dimensão municipal, a que chamaram Plzensky Prazdroj, onde viria a nascer uma mítica cerveja de cor âmbar claro, que agora se vende em mais de 50 países diferentes: a Pilsner Urquell. Não muito distante, a poucas dezenas de quilómetros, fica Ceske Budejovice,