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A mostrar mensagens de agosto, 2011

Porta de Pedra, Zagreb, Croácia

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  De breve passagem por Zagreb, reteve o viajante um impressivo local de culto católico, na chamada Porta de Pedra, ou Kamenita Vrata . É uma antiga porta da muralha medieval, actualmente convertida em capela. Em Zagreb os turistas procuram muito a cidade antiga, de traços barrocos, localizada na parte mais alta da capital croata, onde em tempos existiu uma fortaleza. Dela se avista, nada longe, a cidade baixa, cheia de cafés e esplanadas, que dão enorme vida às ruas. Entre ambas ficam o mercado de Dolac, onde os camponeses dos subúrbios ainda vêm vender os produtos que colhem e a catedral de Santo Estêvão ( Sveti Stjepana ), dois dos ícones da terra.   Mas, já o disse o viajante, nesta cidade caseira, aquilo que mais o impressionou foi a Porta de Pedra, uma antiga entrada na cidade antiga que actualmente é local de oração. Esta porta é a única que sobra da muralha da antiga cidadela, construída no século XII. Sabe-se que durante a Idade Média um incêndio destruiu toda cidade alta,

Grande Muralha, China

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  Não pode o viajante dizer que tenha sido desilusão. Talvez por estar mais vocacionado para visitar sítios com histórias e significado do que para coleccionar cromos turísticos, a Grande Muralha, o grande emblema da antiga civilização chinesa, cuja construção começou há mais de 25 séculos, não o deslumbrou. Num mundo ideal, a forma certa de visitar este enorme conjunto de panos de muralha seria percorrê-los, ao longo dos seus 6430 quilómetros, desde o Mar Amarelo até às planuras do Deserto de Gobi. Talvez assim fosse possível aperceber a sua colossal dimensão - física e histórica - e compreender a função que teve, de defesa do império chinês, face aos invasores do norte, da Manchúria e da Mongólia. Mas esta visita não é possível. Por um lado, porque há troços (muitos troços), muito danificados; metade do percurso da muralha está mesmo destruída. Aliás, pelo contrário, há pouco troços minimamente conservados ou reconstruídos e por isso visitáveis. Por outro lado, a estrutura organiza

As praias da Ilha Maurício

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  Não foi o viajante à Maurício em lua-de-mel nem para férias na praia, ao contrário do que acontece com a generalidade dos turistas que integram o milhão de visitantes anuais da ilha. Não obstante, estando-se ali é incontornável ir à praia. Primeiro, pelo clima: há calor e muito sol durante todo o ano (embora em Janeiro e Fevereiro chova muito e possa haver ciclones). Depois, a água do mar está sempre quente. Mas quente mesmo. Por último, o litoral da Ilha Maurício, muito recortado, está cheio de enseadas e baías de areia branca, muito convidativas.   Em volta da ilha há uma barreira de recifes de coral. Embora seja irregular, em volta da ilha, em geral forma uma laguna entre a praia e o mar aberto. Nesta laguna, as águas são muito tranquilas e têm uma exuberante cor verde-esmeralda.   A maior parte das praias não tem palmeiras, contrariando os clichés. Boa parte delas é bordejada por casuarinas, árvores de grande porte, dando muita sombra e com capacidade para sobreviver na are

Ushuaia, Terra do Fogo

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  O nome e o lugar são míticos para qualquer viajante. Conhece-se como uma referência de sempre e sonha-se com a jornada até lá. Fica na extremidade sul do continente americano e tem-se promovido por isso mesmo: assume o título de fim do mundo, de limite último para todas as viagens. Para lá de Ushuaia não há mais estradas que possam percorrer-se, nem aviões ou aeroportos, nem cidades. Por isso, esta cidade argentina da Terra do Fogo arroga-se o título de cidade mais austral do mundo.   Aqui chega ao mar, finalmente, a longuíssima cordilheira dos Andes, que vem lá de longe, de ainda mais longe que o equador. Geográfica e geologicamente, a Terra do Fogo é um arquipélago, separado do resto da América do Sul pelo Estreito de Magalhães – Fernão de Magalhães, o português nascido em Sabrosa, Trás-os-Montes, descobriu esta passagem do Atlântico para o Pacífico em 1520, evitando assim passar pelas águas revoltosas e perigosíssimas do Cabo Horn. Terá sido o próprio Magalhães a baptizar estas