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A mostrar mensagens de setembro, 2011

Javardair

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  Podendo, evita o viajante a Ibéria. Com esta companhia já lhe aconteceu de tudo: aviões velhíssimos, cadeiras avariadas ou partidas, atrasos de muitas horas nunca explicados aos passageiros, overbooking (esta é frequente), perdas de ligações... Mesmo quando tudo corre bem, o serviço é mau: em geral, as hospedeiras da Ibéria são deselegantes e muito (por vezes mesmo muito) antipáticas. Sobretudo nos voos intercontinentais, para as Américas. A fotografia seguinte foi tirada no aeroporto de Madrid. Estava calor e o piloto decidiu tapar os vidros do cockpit com jornais, para que o sol não lhe batesse. Poderia ser na Javardair, mas desta nem os rapazes do Gato Fedorento se lembraram E fica ainda a seguinte história, recente, do verão de 2011: no voo matinal de Lisboa para Madrid, o avião saiu atrasado porque tinha um pneu furado. Mesmo! E no regresso, porque o aeroporto de Lisboa estava congestionado, como o avião da Ibéria não tinha gasolina para fazer um pouco de espera no ar, foi d

Lago de Ohrid, Macedónia

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  A República da Macedónia é um dos sete estados independentes em que se decompôs a antiga Jugoslávia. Nos documentos das instâncias internacionais tem a denominação oficial de FYROM – acrónimo em inglês de Antiga República Jugoslava da Macedónia, já que a Grécia reclama a histórica denominação da Macedónia para uma parte do seu território, no norte – parte essa, aliás, duas vezes maior que a FYROM. Além disso, o reino grego da Macedónia é muito mais antigo que a tradição independentista dos macedónios modernos, eslavos que aqui chegaram, com uma língua e uma cultura diferente, mas apenas no século VII da nossa era – portanto, mais de mil anos depois da morte de Alexandre Magno e do desmembramento o seu reino.   Esta pequena dimensão da Macedónia e a insipiência da sua economia não têm contribuído para abrir o país ao exterior. Além disso, por exemplo ao contrário do que sucede com a Croácia, ou o pequeno vizinho Montenegro, esta república de apenas 2 milhões de habitantes não tem g

Buenos Aires

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  Dizem os guias que Buenos Aires é a mais europeia cidade da América do Sul: tem uma geometria urbana estudada e cuidada, monumentos e ostenta uma herança patrimonial consistente. No fundo, cultiva o seu aspecto elegante, quase de parisiense do sul, com glamour, livrarias e muitas salas de espectáculos. E não é por acaso, já que com este propósito foi remodelada a partir do final do século XIX. Além dos clichés, das avenidas traçadas à imagem dos boulevards parisienses, dos cafés nas esquinas, hoje em dia remoçados e convertidos em modernos lounge bar, achou também o viajante graça às pequenas lojas de bairro de nova geração, de design, de vinhos ou de antiguidades. Nessa medida, Buenos Aires é uma cidade muito interessante. Porém, apesar desta estrutura física europeia, a verdade é que a sua alma é bem latina e do sul: nas ruas circulam autocarros coloridos exuberantes, cada um de sua cor; em geral, as lojas são abertas para a rua. Os argentinos – e em particular os porteños

Samoa

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  A 3000 mil quilómetros da Nova Zelândia, no Pacífico Sul, as ilhas Samoa são muito isoladas. Por isso, não estão vocacionadas para o moderno turismo de massas. As viagens para aqui são muito caras e longas. Mas nem por isso o país deixa de ter interesse. Nele encontrou o viajante uma das suas melhores e mais profundas experiências. Desde logo, pelo exotismo da paisagem. Apesar de Samoa ter muito menos turistas que outras ilhas do Pacífico, também aqui se repetem abundantemente os clichés habituais, de praias de coqueiros, com areias brancas e águas turquesa.   Mas esse não foi o único interesse que viu nas ilhas. Surpreendeu o viajante que ainda actualmente a maioria da população viva em aldeias e, dentro delas, em comunidades familiares, de família alargada. Muitas destas famílias vivem ainda em casas tradicionais (a que chamam “fale”), feitas de postes de madeira, com planta oval e cobertas de folhas de coqueiro. Ainda actualmente a maior parte das casas de aldeia não tem parede

Museu de Auckland, Nova Zelândia

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  Tem o viajante visitado vários museus muito interessantes. Talvez por estar num país do novo mundo e este museu pretender cobrir a história nacional, achou a este especial graça. O Museu de Auckland está construído num edifício majestoso, de fachada neoclássica, à imagem dos templos gregos. Pretendeu ser marcante, porque o seu propósito inicial foi guardar o espólio e evocar os mortos neozelandeses na Iª Guerra mundial – morreram quase 17 mil soldados da Nova Zelândia, em combate, entre 1914 e 1918.   Porém, no formato actual, depois de sucessivos melhoramentos, este é um museu moderno e integral, que cobre toda a história da Nova Zelândia, passando também pela participação militar nos conflitos mundiais. Essa, porém, nem sequer é a parte mais interessante do museu. Aquelas que prenderam mais a atenção do viajante e que dificilmente serão melhores nalgum ouro museu do mundo, foram a secção dedicada à cultura maori e a secção dedicada às culturas dos povos do Pacífico. Ambas s

Atlântico Norte

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  Já tinha calhado ao viajante sobrevoar os desertos do nordeste de África, do Sudão e da Líbia, que o deslumbraram pela imensidão. E também, mesmo apercebendo-os desde cima, pela agressividade do seu calor, que se notava nas cores vivas (do ocre ao avermelhado) e na textura vincada dos terrenos. Calhou, desta vez, sobrevoar com céu limpo a imensidão do Atlântico Norte, próxima do Árctico, na rota que cruza a Gronelândia de sueste a noroeste.   A visão desta gigantesca ilha – apenas ultrapassada em tamanho pela Austrália – deixou-lhe o sentimento de uma imensidão ainda mais esmagadora e ameaçadora. A abordagem é, desde logo muito agressiva: a costa leste da Gronelândia é escarpada e abrupta. Caem dramaticamente no mar negras falésias, a que se seguem montanhas muito escuras, sem qualquer tipo de vegetação. Aliás, a negridão da rocha das escarpas e dos picos montanhosos é apenas quebrada pelos campos de neve, que por completo preenchem os vales e as encostas mais suaves. São neves et

Trás-os-Montes

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Portas avariadas...