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A mostrar mensagens de agosto, 2009

Los Roques, Venezuela

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Há muito poucos destinos onde o viajante tenha sentido vontade de ficar. É certo que há imensos paraísos desconhecidos que se vão encontrando, sem esperar, aqui e ali. Porém, nem todos os ditos paraísos deslumbram. E Los Roques foi especial. É um conjunto de ilhas de areia, acumulada sobre formações de coral, onde entretanto cresceu alguma escassa vegetação tropical, dando origem a um exuberante arquipélago de praias de areia branquíssima, onde batem águas muito quentes, que variam de entre tonalidades verdes esmeralda e azul turquesa. Chegou o viajante, como toda a gente, de avião, vindo de Caracas. Ia dirigido a uma posada , que encontrou na Internet. Sabem bem os visitantes de Los Roques que o alojamento em Gran Roque, a única ilha povoada, é adequado ao nível de protecção ambiental do local: desde 1972 é proibido construir nas ilhas e, consequentemente, todas as posadas são antigas casas de pescadores, um pouco melhoradas, para acolher turistas. Garantem algum conforto, em aloja

Pistas de Dinossáurios da Serra de Aire

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Há um pouco mais de uma década, o tema dos dinossáurios estava em moda. Depois da saga dos vários episódios de Jurassic Park , de Steven Spielberg, baseado nas histórias de Michael Crichton, surgiram imensas exposições científicas de vestígios de dinossáurios. Em Portugal, calhou descobrirem-se nessa altura vestígios de pegadas que não se conheciam antes, o que impulsionou a protecção e divulgação das outras, já antes conhecidas. Descobriu-se Carenque e a Pedreira do Galinha e ficou a saber-se mais da Lourinhã e da Praia Grande. Passou o viajante na Pedreira do Galinha, depois destes anos todos de espera, com grande expectativa. E a expectativa foi correspondida pela grandeza do local, bem como o foi pela forma como está organizada a visita. As instalações deste Monumento Natural (assim classificado em 1996) são eficazes, embora modestas. Além da bilheteira, há uma pequena loja, com bebidas frescas e serviços sanitários. Talvez a grandeza do local merecesse renovação e modernização.

Palácio da Música Catalã, Barcelona

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Há poucos ícones mais representativos do orgulho catalão do que o Palau de la Musica Catalana, sede do Orfeó Catalá . O Orfeó foi fundado no fim do século XIX, como forma de dar continuidade ao tradicional canto popular catalão, cantado por músicos amadores, que na época estava em declínio. Escabeçou esta iniciativa o maestro compositor catalão Luís Millet, que conseguiu com o desenvolvimento do Orfeó renovar e dar mais vigor à música vocal regional. Mais tarde, o próprio Orfeó , já próspero, comprou um conjunto de edifícios velhos, no popular bairro de Sant Pére . Para renovaro local, encomendou ao arquitecto catalão Francesc Domenec i Muntaner o projecto de uma nova sala de espectáculos. Este percurso está pois indelevelmente marcado pelo cunho autonomista e nada poderia dar mais voz a este orgulho que a escolha de um arquitecto de aqui e de um estilo que nasceu na Catalunha. De facto, o Palau , uma impressionante demonstração de criatividade, é uma das manifestações arquitectóni

Marte em Agosto

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Recebeu o viajante uma inflamada mensagem de correio electrónico (como provavelmente tu, leitor), apelando para o seguinte: Marte, o planeta vermelho, está a passar perto da Terra e atinge o ponto mais próximo no dia 27 de Agosto. Por isso, ficará mais brilhante e parecerá, no céu, uma segunda Lua Cheia. Dizia ainda a dita mensagem que, por razões decorrentes da sua órbita, Marte iria passar apenas a 56 milhões de quilómetros da Terra, o que já não acontecia há 60 mil anos, razão pela qual o fenómeno tinha sido visto pela última vez pelos “neandertais”. E mais: só voltaria a ser assim em 2287. Estranhou o viajante, por não se prever Lua Cheia para esta semana. Pelo contrário, hoje mesmo, lá pelas seis da tarde, conseguiu ver que a Lua saia da fase de Lua Nova e iniciava o percurso para Quarto Crescente (estava ainda bem alta no céu, àquela hora). Por outro lado, daqui a 2287 faltam menos de 60 mil anos… Virou o viajante o nariz para o céu e viu Marte – ou pelos menos acredita ser Mart

Museu da Electricidade, Lisboa

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Não saindo de ao pé de casa, em visita de domingo de manhã, descobriu o viajante o Museu da Electricidade de Lisboa, na antiga Central Tejo, à beira-rio. Fica na Avenida de Brasília, entre a linha-férrea de Cascais e o Tejo. O edifício onde está instalado é incontornável, até pela sua dimensão, na frente ribeirinha da capital. O museu está aberto de terça-feira a domingo, das 10 às 18 horas. O conjunto actual é o resultado de obras de recuperação profundas, que terminaram em 2005 e deixaram ao viajante duas fantásticas visitas: por um lado, à central eléctrica, tal como ela seria em tempos em que ali se produzia energia; por outro, à cave, onde foram instalados equipamentos didácticos, destinados aos mais novos. Estes últimos constituem um museu interactivo, dos modernos, orientado para a percepção do fenómeno da electricidade, para a segurança e para as diversas formas de produzir e de utilizar a electricidade na vida moderna. Quanto ao edifício, tem a patine dos velhos edifícios d

Vale do Reno, Alemanha

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Bacharach ( www.bacharach.de ), Junho de 2009

Museu do Ar, Alverca

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Aviões, cockpits , viagens aéreas e travessias épicas ou grandes combates aéreos, são temas claramente masculinos. Cheiram a óleo, a fumo e a motores ruidosos, tudo transpirando adrenalina. É este o ambiente que se encontra no Museu do Ar, da Força Aérea Portuguesa, em Alverca, às portas de Lisboa. Revisitou-o agora o viajante, no ano em que faz 40 anos (foi oficialmente inaugurado a 1 de Julho de 1969). Aquilo que encontrou, foi um ambiente modernizado e muito acolhedor. O Museu do Ar é um museu pequeno, caseiro e familiar. Mas nem por isso modesto ou desinteressante. Além de muita informação histórica sobre o passado da Força Aérea Portuguesa, disponibiliza vários modelos de aviões comerciais e, sobretudo, de combate. Destacam-se réplicas de modelos emblemáticos, como por exemplo o Cruzeiro do Sul (gémeo do Santa Cruz), no qual Gago Coutinho e Sacadura Cabral atingiram o Brasil, depois de atravessarem o Atlântico Sul, partindo de Lisboa. O Museu do Ar é um destino familiar. Tem vi

Pastéis de nata, República Checa

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Cesky Krumlov ( www.ckrumlov.cz ) é uma fantástica vila medieval, no sul da República Checa, classificada como Património da Humanidade pela UNESCO. Rodeia-a o rio Vltava (que mais abaixo, no seu curso, banhará Praga), o qual contorna as antigas e altaneiras muralhas, modernizadas ao longo da sua história, que remonta ao século XIII. Estas muralhas encerram um altivo Castelo, a evocar o livro escrito por Franz Kafka (embora a propósito de uma cadeia montanhosa um pouco mas a sul, na Roménia). Em frente ao castelo, fica a vila, organizada em volta de uma praça central, como era habitual na Idade Média. Calhou o viajante escolher um hotel nessa praça ( www.dhotels.cz/hotel-grand/en ), a Nam. Svornosti . E calhou também tomar o pequeno-almoço na esplanada, que dá para a praça, num radioso dia de sol, que logo lhe deu boa disposição e vontade de perguntar ao empregado checo como raio se chamava, em checo, o bolo que lhe ofereciam, para adoçar a hora matinal. A aparência era inequivocamen

Obras no aeroporto da Portela, Lisboa

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Com eleições à porta, em tempo de crise, andam calados os defensores da urgente construção de um novo aeroporto para Lisboa. Calados, mas não esquecidos. Bem se recorda o viajante de que, além das promessas eleitorais e outras que tais, são vários os lóbis que defendem a decisão rápida do início de esta nova obra do regime. Que será para abrir portas em 2017. Ou quando muito um ano depois. Compreende o viajante o esmagamento em que vive o aeroporto da Portela. Na verdade, a sua localização é-lhe muitíssimo conveniente, mas percebe que está mesmo na cidade, provoca ruído e poluição e, sobretudo, dizem que está saturado. O que já não compreende, neste contexto, é a razão que terá levado à realização, neste verão de 2009, de vultosas obras de alargamento do terminal de passageiros. Fisicamente, a aparência para quem as vê é a de que duplicarão a dimensão da aerogare. E no site na ANA, nada consta. Ficam as imagens.

Ilha Berlenga, Peniche

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Atravessou, o viajante, o mar entre Peniche e o arquipélago das Berlengas, em dia claro de sol. Ao longe, logo após sair da barra de Peniche e depois de ter rodeado pelo sul a sua península rochosa, foi fácil avistar a ilha , com a sua cor encarniçada, dada pela proeminência do granito rosa. Nestas condições, a chegada ao molhe de abrigo brindou o viajante com águas marinhas das mais bonitas de Portugal, de verde-esmeralda intenso e exuberante, límpidas e transparentes, a deixarem-se atravessar pelo sol que atingia o fundo de areia. Mas isto nada significou - nem significa em geral -, quanto à bonomia da meteorologia na ilha. Na curta estadia, de meia jornada em tempo de verão, além do sol rutilante, agressivo e destemperado (não há sombras, na ilha), caiu nas orelhas do viajante uma chuva miudinha, trazida por um banco de neblina que aqui chegou, vindo do mar aberto. No mesmo dia, houve muito calor, chuva e muito frio, com poucas horas de diferença. As visitas de turistas começam e